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Como fortalecer um vínculo com sua criança com autismo

Ao fortalecer o vínculo com sua criança com autismo você poderá ajudá-la ainda mais a desenvolver as suas habilidades de comunicação e interação social.

Veja abaixo três passos simples para você sentir maior apreciação em suas interações e construir ou fortalecer um vínculo com sua criança com autismo:

Primeiro passo

Observe a atividade favorita de sua criança (uma atividade que não apresente comportamentos indesejados como choro, gritos, agressões, destruição de materiais ou qualquer atividade que ponha em risco a integridade física da pessoa, de outros ou dos materiais). Ela gosta de alinhar objetos, pular na cama, rodar em círculos, fazer sons com sua boca ou com objetos, desenhar, construir uma torre, falar sobre dinossauros ou sobre algum personagem? Observe a atividade e faça com ela. Corra com ela, pule, deite-se no chão e alinhe os carros com ela. Se ela estiver utilizando objetos na atividade e não quiser compartilhá-los com você, encontre objetos similares para utilizá-los da mesma forma que ela. Faça o que ela estiver fazendo mesmo que a atividade pareça uma tolice sem propósito. Se ela quiser a sua ajuda, a ajude! A princípio, não tente guiar ou direcionar, apenas siga a criança.

Segundo passo

Enquanto você acompanha a criança na atividade dela, procure envolver-se genuinamente com a atividade. Desapegue-se de quaisquer outros pensamentos para que você possa estar “presente” na atividade. Não pense no que as outras pessoas iriam pensar se elas vissem você correndo e balançando as suas mãos. Permita-se brincar como a sua criança! Se você não consegue ou não se sente à vontade para fazer exatamente o que ela faz, faça o que você conseguir ou se sentir à vontade para fazer. Por exemplo, se você está com a perna machucada e a criança está pulando na cama elástica, você pode acompanhá-la do lado de fora da cama elástica balançando seu corpo e braços no mesmo ritmo que ela. O importante é estar confortável na atividade.

Terceiro passo

Uma vez envolvido na atividade, comece a procurar uma forma de apreciar esta experiência e a criança que você está acompanhando. Você pode notar o entusiasmo de sua criança e sentir-se grato por ela ter encontrado uma atividade que ela claramente gosta. Você pode prestar atenção aos estímulos sensoriais interessantes ou prazerosos que a atividade traz para você – o que você sente no seu corpo ao fazer a atividade, como você vê as coisas durante a atividade, ou algum som que você ouve. Você pode sentir-se grato pela companhia da criança. Encontre algo em relação a esta atividade que você consegue genuinamente apreciar. Daí foque neste sentimento de apreciação enquanto você continua a seguir sua criança. Esteja consciente de como você se sente neste estado de apreciação e gratidão enquanto você acompanha sua criança na atividade escolhida por ela.

Que tal experimentar os três passos acima com a sua criança e depois contar para a gente como você se sentiu? Acha que essas dicas podem ser úteis para os seus familiares e amigos? Então, ajude-nos a compartilhá-las pelas redes sociais clicando nos ícones abaixo.

Quer aprender mais sobre a abordagem relacional, lúdica e motivacional da Inspirados pelo Autismo para ajudar a sua criança com autismo? Participe de nossos cursos e aprenda mais estratégias práticas para aplicar no dia a dia com sua criança com autismo.

Garotinha com autismo é nova personagem de app da Vila Sésamo

Garotinha com autismo é nova personagem de app criado pela Vila Sésamo

O programa infantil Vila Sésamo e seus divertidos personagens Garotinha com autismo é nova personagem de app da Vila Sésamoganharam uma incrível novidade: Julia, uma garotinha com autismo que agora faz parte do grupo de “muppets” que compõe o universo da Vila Sésamo.

A personagem Julia surgiu a partir da campanha Sesame Street and Autism: See Amazing in All Children, que tem como objetivo promover o conhecimento e a conscientização sobre o autismo entre crianças, adolescentes e adultos. O foco da campanha é ajudar famílias de crianças com dois a cinco anos por meio de recursos digitais.

Entre as iniciativas da campanha está o lançamento de um app com download gratuito (na Língua Inglesa) com vídeos contendo vivências das famílias, cartões de rotina diária criados para facilitar as tarefas do dia a dia, e um livro com histórias que pode ser utilizado por pais, profissionais, cuidadores e instituições educacionais que apoiam pessoas com autismo.

As aventuras envolvendo Julia e os demais personagens da Vila Sésamo retratam de forma lúdica e carinhosa as características da personagem e oferecem dicas sobre como interagir e se relacionar com as crianças com autismo. O livro com histórias,  por exemplo, explica aos amiguinhos de Julia que vão chegando como às vezes ela pode se expressar e brincar de uma forma singular.

O aplicativo e os vídeos on-line explicam como o autismo se manifesta a partir da perspectiva de uma criança com autismo, e “Isto é o que faz o nosso projeto tão único” disse a Dra. Betancourt, vice-presidente da US Social Impact, à revista americana People. Ela ainda ressalta que, desenvolvendo os conteúdos a partir do ponto de vista de uma criança, fica mais fácil ensinar aos seus pares como entender comportamentos como balançar as mãos ou fazer ruídos para expressar emoção, empolgação ou infelicidade. Isso torna as crianças mais confortáveis e cria um ambiente mais inclusivo.

A campanha deseja ressaltar, contudo, muito mais as similaridades entre as crianças como um todo do que diferenças entre elas, promovendo o respeito, a tolerância e a união. Para a Dra. Betancourt, “Nosso objetivo é levar adiante o que todas as crianças têm em comum, e não suas diferenças.” Para isso, as histórias envolvendo a personagem Julia buscam destacar também os pontos em comum entre as crianças, em vez de se concentrar apenas nas diferenças.

Assista ao vídeo musical (em inglês) de abertura da campanha, chamado The Amazing Song, que mostra como cada criança é única e especial em sua própria maneira:

Para conhecer mais sobre o projeto, você poderá assistir a outros vídeos, acessar o livro com histórias ou ver os cartões de rotina diária (todos em inglês).

Leia mais sobre aplicativos voltados ao bem-estar e ao desenvolvimento de crianças com autismo em nosso blog! Temos um post sobre aplicativos para telefones celulares voltados para os sistemas Android e Apple.

Você poderá compreender melhor a sua criança com autismo e saber como ajudá-la em sua rotina diária capacitando-se em nossos cursos.  Vem aí os novos cursos da Inspirados pelo Autismo para 2016, aguardem!

Quer contar sobre a nova personagem Julia do Vila Sésamo aos seus amigos? Então, nos ajude a divulgar esse post compartilhando-o em suas redes sociais.

Como escolher uma escola para a sua criança com autismo?

Listamos abaixo 5 questionamentos que podem ajudar no momento de escolher uma instituição de ensino regular para a sua criança ou adolescente com autismo:

Ponto 1: como a escola se posiciona em relação a receber a criança ou adolescente com autismo?

Embora seja garantida pela legislação, a inclusão de pessoas com autismo no ensino regular vem se desenvolvendo aos poucos no Brasil. Ou seja, embora a Lei 12.764 tenha reforçado os direitos das pessoas com autismo ao ensino regular na Educação Básica e no Ensino Profissionalizante, muitas escolas ainda estão se capacitando e aprendendo sobre o autismo. Não é raro encontrarmos professores que estão recebendo, pela primeira vez, um aluno com o diagnóstico, sendo que, muitas vezes, o processo de inclusão ocorre num esforço conjunto entre professores, pais e os próprios alunos. Então, o que fazer diante desse cenário? Primeiramente, você poderá conversar com profissionais e outros pais em sua região. Depois, você poderá fazer um levantamento das escolas existentes e visitar cada instituição para tentar perceber como está se desenvolvendo o processo de inclusão em cada escola.  E o que pode fazer uma escola se destacar frente às demais? O respeito pela criança ou adolescente com autismo, o desejo genuíno em auxiliar no desenvolvimento daquele aluno, a flexibilidade para trabalhar as adaptações que se fizerem necessárias no ambiente escolar e a capacidade de articular um trabalho em conjunto, dentro da própria escola (com a diretoria e coordenação pedagógica, professores, mediadores e profissionais do atendimento especializado) e fora da escola (com pais e com os outros profissionais que auxiliam a criança) são aspectos importantes. A possibilidade de envolver os demais alunos da classe e seus pais no projeto de inclusão também é um ponto a ser considerado (por exemplo, poderão ser realizadas conversas com os coleguinhas e com seus pais sobre formas de colaborar e conviver com o aluno com autismo na sala de aula e nas dependências da escola). Ou seja, você pode não encontrar entre as escolas da sua cidade uma instituição que já esteja totalmente preparada para receber a sua criança ou adolescente com autismo, mas esteja atento ao posicionamento demonstrado pela escola e por sua equipe. Temos recebido muitos profissionais de escolas que estão participando de nossos cursos para saber como lidar com seus primeiros alunos com autismo, o que tem sido fantástico! São professores que estão buscando entender mais sobre o autismo e sobre as características daquele aluno em específico, para elaborar a partir daí um plano de ensino que seja adaptado e eficaz. Temos acompanhado também muitos pais que encontraram escolas receptivas e com uma atitude bastante positiva frente ao aluno, e que estão compartilhando com estas escolas os conhecimentos já adquiridos sobre o autismo: não tem sido incomum partir dos próprios pais a iniciativa de dividir com a escola livros, filmes e materiais que auxiliem a inclusão do aluno e sua permanência na escola no dia a dia. Há pais que chegam a inscrever professores e educadores em cursos para que eles aprofundem seus conhecimentos sobre o autismo, demonstrando um grande esforço e empenho no processo de inclusão dos seus filhos.

Ponto 2: a escola encontrará meios que possibilitem manter um diálogo constante com a família e com os profissionais que auxiliam a criança ou adolescente fora da instituição de ensino?

Se você já tem em mente algumas escolas que parecem adequadas à sua criança ou adolescente com autismo, cabe então averiguar se os profissionais dessa escola estão motivados para uma comunicação constante com vocês pais e com os outros profissionais que acompanham a pessoa com autismo. Qual a importância dessa comunicação? Antes de tudo, a comunicação possibilita a troca de informações que podem ser cruciais para o cotidiano do aluno na escola. Quais são as sensibilidades do aluno? Quais são os interesses e motivações desse aluno? Como auxiliar o aluno diante de uma sobrecarga sensorial? Quais tratamentos o aluno vem fazendo e quais aspectos têm sido trabalhados nesses tratamentos? O espectro do autismo é amplo de maneira tal que uma criança com autismo pode ser bastante diferente da outra. Ou seja, para que aquela criança ou adolescente possa se adaptar à escola, será necessário que a escola atente-se às suas necessidades individuais. O fato de a escola ou de o professor já ter tido uma experiência prévia com outro aluno com autismo não garante o sucesso na inclusão de um novo aluno, pois os sintomas do autismo podem se manifestar de formas diferentes entre as pessoas com o diagnóstico. Além disso, uma mesma pessoa com autismo pode passar por períodos de maior sensibilidade sensorial, pode demonstrar mudanças em seus padrões de comportamento devido a dietas e tratamentos biomédicos e pode ainda ter altos e baixos em seu continuum de aprendizados, devido ao funcionamento de seu corpo e ao seu estilo próprio de aprendizagem. Logo, se houver uma troca constante de informações, maiores as chances de a inclusão do aluno alcançar mais sucesso. Essa troca de informações pode ainda assumir um papel vital ao fortalecer o vínculo de confiança entre a escola e os pais. E como promover esse diálogo? Através de reuniões periódicas na escola e também do contato mais diário por meio de anotações detalhadas e cuidadosas na agenda do aluno, em ambos os sentidos – tanto os pais e profissionais podem comunicar à escola alterações e fatos observados no dia a dia, como a escola também pode explicitar comportamentos e acontecimentos desenrolados em seus turnos. A comunicação pode ajudar todas as pessoas que auxiliam a criança ou adolescente com autismo a se antecipar e estar mais bem preparados para eventuais momentos de crise, como também pode ajudar a alcançar e reforçar a aquisição de habilidades e sua generalização para os distintos ambientes. Ou seja, a comunicação é um aspecto vital e é bastante importante conversar com a escola sobre maneiras de propiciar a troca constante de informações.

Ponto 3: a escola tem a intenção de promover a interação entre o professor regente, o professor auxiliar/mediador e o profissional do atendimento especial da criança ou adolescente com autismo?


Pessoas com autismo podem ter uma forma de aprender diferente. Elas tendem a absorver melhor informações visuais, podem conseguir lidar com mais facilidade com atividades fragmentadas em pequenas etapas e podem ser extremamente talentosas em áreas específicas, como as que envolvem a memorização de fatos e de sequências numéricas. Devido às características de seu sistema sensorial, o aluno com autismo pode precisar de momentos de pausa e de exercícios, massagens e movimentos. É papel do professor auxiliar/mediador intermediar a relação do aluno com autismo com o professor regente e com a classe e, devido à importância que essa intermediação assume, recomendamos que seja averiguado e discutido com a escola como a interação entre professor auxiliar/mediador e o professor regente ocorrerá. Nas escolas que oferecem um atendimento especializado no contra turno, as estratégias de ensino desenvolvidas pelos profissionais do atendimento especial também devem estar alinhadas às necessidades identificadas em sala de aula regular e aos desafios atuais do aluno. Você poderá procurar saber como a coordenação pedagógica da escola planeja estruturar a relação de sua própria equipe, e como será a integração do mediador com os profissionais da escola.

Ponto 4: a escola considera proporcionar adaptações físicas na classe para a criança ou adolescente com autismo?

Como escolher uma escola para criança com autismo
Um projeto de inclusão deve levar em conta tanto o esforço do aluno em se adaptar à escola, bem como da escola em se adaptar ao aluno. No caso das pessoas com autismo, as adaptações podem incluir aspectos físicos do ambiente escolar, assim como aspectos ligados à metodologia de ensino. Quanto aos aspectos físicos do ambiente escolar, conhecer as características do aluno e tentar minimizar os estímulos sensoriais que podem afetar a sua permanência na escola são os primeiros passos para uma inclusão bem sucedida. Antes de tudo, porém, é necessário conversar com a escola e antecipar possíveis mudanças, que podem ser implementadas conforme os sinais que a criança ou adolescente mostrar no período de adaptação à escola. Estas mudanças podem englobar a posição do aluno na sala (mais próximo do quadro e da professora regente, ou num local mais calmo e silencioso da classe, conforme as suas necessidades), o modelo de mesa e carteira (que poderão ficar mais confortáveis com inclinações diferentes ou com acessórios como almofadas), o uso de quadros de rotinas e de outros instrumentos de apoio visual, a criação de um espaço ninho (onde a criança possa se retirar quando precisar equilibrar-se sensorialmente), etc. Os pais poderão compartilhar adaptações que já são feitas em casa e pensar junto da escola em como implementá-las na classe.

Ponto 5: a escola está disposta a oferecer uma plano pedagógico individualizado para a criança ou adolescente com autismo?


A adaptação da escola não se limita aos aspectos físicos. Muitas vezes é preciso encontrar formas diferentes de atrair a atenção e propiciar engajamento nas tarefas em classe. Pode ser necessário também adaptar o método de ensino, personalizando para aquele aluno a exposição aos conteúdos que estão sendo trabalhados pela turma. Os interesses  e as motivações do aluno podem ser habilmente utilizados para impulsionar a sua participação em atividades acadêmicas. Logo, deve-se investigar se escola está disposta a oferecer um plano de ensino personalizado para o aluno com autismo.

Quer saber mais sobre como escolher uma escola para a sua criança com autismo?

Uma série de reportagens publicadas pela Revista Escola sobre a inclusão escolar de pessoas com autismo ressalta que as instituições de ensino passam por um momento de “construção” e que o processo de inclusão está sendo desenvolvido no dia a dia, o que reforça a necessidade de parceria com os pais. Em um vídeo mostrado nesta mesma série de reportagens, o processo de inclusão do aluno Matheus de 14 anos em uma escola pública é comentado por sua mãe, suas professoras e suas colegas de classe. A professora Márcia Martinelli conta no vídeo, por exemplo, como ela usou o interesse de Matheus pelos números e pelas placas de carro e a sua grande habilidade em memorizá-los para neutralizar os barulhos e a agitação da classe, mantendo Matheus focado dentro da sala. Acesse essa série de reportagens e conheça mais sobre a experiência de Matheus.

No blog Lagarta Vira Pulpa escrito por Andréa, mãe do Theo, há uma relação com indicação de escolas em vários estados do Brasil. Veja as instituições recomendadas pelo blog de Andréa em sua região e troque informações com outros pais e profissionais!

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E para conhecer os nossos cursos especiais sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e sobre as nossas estratégias para Inclusão Escolar, clique aqui.

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Aprendizado social com ajuda de coleguinhas da mesma idade colabora para o desenvolvimento de pessoas com autismo na escola

 

Um novo estudo publicado nos EUA pelo Journal of Autism and Developmental Disorders mostra a eficácia de se promover brincadeiras em grupo de crianças com 5 a 6 anos idade. Durante o estudo, os grupos foram organizados estimulando-se a interação de uma criança no espectro do autismo junto de coleguinhas de desenvolvimento típico.

A recém-publicada pesquisa documenta a existência de benefícios duradouros em programas que recrutam crianças fora do espectro do autismo no jardim de infância e nas primeiras séries do ensino fundamental para ajudar a ensinar habilidades sociais para os colegas que têm autismo. As sessões contendo atividades lúdicas aconteceram no contraturno da escola.

Os pesquisadores começaram propondo as estratégias de intervenção da rede de colegas aos professores, fonoaudiólogos e assistentes de sala de aula. A equipe da escola passou então a supervisionar grupos de brincadeiras que incluíam um aluno com autismo emparelhado com dois ou três colegas com desenvolvimento típico.

As crianças com autismo abrangidas pelo estudo tinham habilidades de comunicação suficientemente desenvolvidas para seguir instruções simples e fazer pedidos com frases contendo ao menos duas a três palavras.

Os grupos de brincadeiras duraram, em média, meia hora e aconteciam três vezes por semana. Após a introdução de um conceito como, por exemplo, o de partilha de objetos, os professores pediam aos colegas de desenvolvimento típico que ajudassem a criança com autismo a fazer o compartilhamento de uma maneira amigável. Por exemplo, durante um jogo que envolvia a partilha de um brinquedo, um dos colegas podia sustentar uma pequena placa ao aluno com autismo dizendo “Por favor, empresta isso?”, ou “Aqui vai”.

Desta forma, as crianças praticaram habilidades sociais tais como fazer requisições, fazer comentários e usar termos como “por favor” e “obrigado”. Os grupos de brincadeiras aconteceram durante os primeiros seis meses do jardim de infância e os primeiros seis meses do ensino fundamental.

Ao todo, 56 crianças com autismo participaram do programa. Para efeito de comparação, os pesquisadores também acompanharam o desenvolvimento social de um grupo de controle contendo 39 crianças com autismo que receberam apenas os serviços padrões de educação especial da escola.

Para descobrir se as crianças estavam usando suas novas habilidades sociais fora dos grupos de brincadeiras, os pesquisadores observaram as suas interações com outros colegas em outras situações. Eles gravaram tais observações em, pelo menos, quatro ocasiões, incluindo o fim do primeiro ano.

“Descobrimos que as crianças que participaram da rede social não só fizeram progressos significativos na comunicação social durante a intervenção, mas também fizeram muito mais iniciações com os seus pares em geral”, afirma Debra Kamps, pesquisadora e diretora da University of Kansas Center for Autism Research and Training.

Para certificar-se de que suas medições foram objetivas, os pesquisadores usaram listas padronizadas de comportamentos indicativos de comunicação social. Eles também pediram aos professores que completassem questionários sobre o comportamento dos alunos.

Os resultados mostraram que as crianças com autismo que participaram dos grupos de brincadeiras em pares iniciaram significativamente mais interações sociais com os colegas do que as crianças do grupo de controle. As crianças que participaram do programa também demonstraram maior desenvolvimento da linguagem e de conversas apropriadas.

Finalmente, as avaliações dos professores sobre as habilidades sociais das crianças que participaram do programa mostraram melhorias significativas no desenvolvimento das habilidades sociais e no comportamento em sala de aula.

Como mais uma prova da eficácia dos grupos de brincadeiras com colegas, muitos dos professores continuaram a usar estas estratégias em suas salas de aula, ilustra Dra. Kamps. “Nós sabemos como fazer isso, e nossa pesquisa nos mostrou que não é tão difícil ensinar as pessoas a fazê-lo”, conclui.

“É emocionante ver estudos que continuam a demonstrar a eficácia das intervenções que incorporam colegas em práticas de tratamento”, comenta Lucia Murillo, diretora-assistente de pesquisa em educação da Autism Speaks, instituição que publicou em seu site uma matéria em inglês sobre a nova pesquisa. Lucia Murillo lembra que as crianças com autismo envolvidas no estudo tinham níveis de linguagem de moderados a elevados e que, por isso, é importante reconhecer que os mesmos resultados podem não se aplicar a todas as crianças no espectro do autismo.

Você já tentou ajudar pessoas com autismo na escola em brincadeiras em grupos? Conte para a gente!

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Irmãos com autismo têm mais diferenças que similaridades, aponta artigo do jornal NY Times

A maioria dos irmãos com diagnóstico de autismo não compartilha os mesmos fatores de risco genéticos e podem ser também bastante diferentes em seus comportamentos e atitudes, segundo noticia um novo estudo divulgado pelo jornal NY Times. De acordo com a publicação, estes resultados surpreenderam muitos pais e médicos.

No novo estudo, publicado pela Revista Nature Medicine, os cientistas analisaram material genético de 85 famílias que tinham duas crianças com autismo. Foi empregado um método chamado sequenciamento completo do genoma, que, diferentemente de outras metodologias, mapeia inteiramente o volume dos recipientes e verifica cada tipo biológico, qualquer “vírgula fora do lugar” ou letra transposta.

Os pesquisadores focaram suas análises em aproximadamente 100 pequenas falhas genéticas associadas ao desenvolvimento do autismo. Eles descobriram que em torno de 30% dos 85 pares de irmãos participantes do estudo compartilhavam as mesmas mutações genéticas, e cerca de 70% não. Os pares de irmãos que compartilhavam as mesmas pequenas falhas genéticas tendiam a ser mais parecidos no que se refere às habilidades sociais e hábitos do que os pares em que as pequenas falhas genéticas eram distintos.

Os resultados do novo estudo evidenciam a grande diversidade existente no autismo, que pode ser presente mesmo nos indivíduos mais proximamente aparentados. Os resultados apontam ainda que os cientistas terão de analisar dezenas de milhares de outras pessoas para poderem ter em mãos dados mais consistentes sobre as bases biológicas do autismo.

Especialistas que analisaram o artigo publicado na Revista Nature Medicine encorajam mudanças na prática clínica, a partir dos resultados levantados no estudo. No exterior, alguns hospitais usam a análise do perfil genético de irmãos mais velhos com autismo para tentar entender uma nova criança com o transtorno, ou podem usar a análise do perfil genético do irmão mais velho para aconselhar os pais sobre a probabilidade de eles terem outra criança com autismo. Este procedimento pode não ser tão informativo, disseram os autores do estudo.

Para ilustrar a importância dos resultados do novo estudo, o jornal NY Times conta a história de Valerie South, uma enfermeira que vive em Toronto. Os filhos de Valerie, Cameron, de 20 anos, e Thomas, de 14 anos, têm autismo severo (em uma família de quatro ou mais, as probabilidades de existirem duas crianças com autismo é cerca de uma em 10.000). Em 1998, Valerie e seu marido consultaram médicos para saber quais os riscos de eles terem outra criança com autismo – naquela época, eles tinham Cameron e um outro filho mais velho, Mitchell, que é neurotípico. Eles foram informados que as chances de eles terem uma nova criança com autismo eram pequenas e que, se isso acontecesse, não seria um caso de autismo severo. Eles tiveram então Thomas, que têm o mesmo diagnóstico de autismo que Cameron, mas que é bem diferente do irmão em seu comportamento. A mãe conta que enquanto Thomas se dirige a estranhos, Cameron recua. Thomas ama o seu iPad, enquanto Cameron não demonstra interesse por computadores. O novo estudo provê boas justificativas biológicas para estas diferenças e pode colocar de lado previsões como as recebidas por Valerie antes de ela e seu marido terem Thomas.

“O estudo nos leva a considerar que mapeamentos genéticos podem não nos ajudar tanto a fazer previsões como pensávamos”, afirma Helen Tager-Flusberg, neurocientista do desenvolvimento na Universidade de Boston, que não esteve envolvida na produção do novo estudo.

Outros especialistas não envolvidos no estudo dizem que os resultados são importantes e convincentes. “O estudo é bem delineado e o resultado final é de alguma forma surpreendente, e reitera a complexidade dos fatores genéticos subjacentes ao autismo” diz Dr. Yong-hui Jiang, um professor associado do departamento de pediatria e neurobiologia na Universidade Escola de Medicina Duke. Para o jornal NY Times, o relatório é um dos principais resultados vindos de uma iniciativa em larga-escala financiada pelo Autism Speaks, um grupo de defesa e estudos sediado nos EUA.

Sabia mais sobre o autismo e sobre os tratamentos existentes em nosso site.

Você encontrará artigos sobre outras pesquisas recentes na área do autismo em nosso blog.

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Revista americana Time publica estudo sobre o diagnóstico do autismo

Ao longo dos últimos anos nos EUA, as estatísticas têm apontado para um número crescente de pessoas diagnosticadas com autismo. Mas, apesar do crescente número de diagnósticos, tanto nos EUA como em muitos outros países, os motivos que levam a esse aumento na quantidade de crianças diagnosticadas ainda não estão claros e vêm sendo debatidos pela comunidade científica internacional.

Há cientistas que alegam que fatores ambientais têm ocasionado o surgimento de mutações genéticas raras, elevando o surgimento dos casos de autismo no mundo. Outros cientistas apontam que o aumento no número de crianças com autismo sendo diagnosticadas teria relação com aumento da idade dos seus pais. E existem ainda aqueles que acreditam que a emergência de um crescente número de casos do autismo deve-se, simplesmente, ao fato de que a comunidade médica tem tido mais facilidade em diagnosticar o transtorno. Em consonância com esta terceira via de pensamento, a Revista Time publica estudo sobre o diagnóstico do autismo e divulga uma pesquisa recente apresentada no periódico científico JAMA Pediatrics, que reforça a tese de que o aumento do número de casos de autismo deve-se em parte às mudanças no processo de diagnóstico.

No estudo mencionado na reportagem da Time, 677.915 crianças dinamarquesas nascidas entre 1980 e 1991 foram acompanhadas e monitoradas por pesquisadores até obterem o diagnóstico de autismo – as que não obtiveram o diagnóstico foram acompanhadas até o final do estudo, que encerrou-se em dezembro de 2011. Os pesquisadores atentaram-se às mudanças que ocorreram antes e depois de 1994, já que, neste ano, a Dinamarca alterou os critérios para diagnósticos psiquiátricos e o autismo passou a ser percebido como um espectro de transtornos. Os resultados obtidos pelos pesquisadores indicaram que um número maior de crianças foi diagnosticado com autismo a partir de 1995 e, então, a equipe estimou que 60% do aumento no número de casos de autismo diagnosticados naquele país pode ser atribuído às mudanças nos critérios do diagnóstico que foram lá implementadas.

De acordo com a Revista Time, embora as conclusões do estudo refiram-se à Dinamarca, nos EUA, assim como em outros países, mudanças similares nos critérios de diagnóstico também aconteceram nos últimos anos. A reportagem menciona que em maio de 2013 a Associação Americana de Psiquiatria divulgou novos critérios para o diagnóstico do autismo através de uma reformulação no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Segundo as diretrizes anteriores estabelecidas no Manual, as crianças analisadas deveriam atender seis dos doze critérios listados para poderem ser diagnosticadas com o autismo (ou com a Síndrome de Asperger). Atualmente, o mesmo Manual estabelece que os distúrbios devem ser enquadrados em uma categoria única (que passou a ser denominada “transtornos do espectro do autismo”), sendo que os critérios necessários ao diagnóstico tornaram-se mais específicos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, estima que cerca de uma em 68 crianças norte-americanas está no espectro do autismo, o que é 30% maior do que as estimativas feitas pelo órgão em 2012. Stefan Hansen, da Universidade de Aarhus na Dinamarca (e autor do estudo recentemente publicado) afirma que este aumento pode relacionar-se com uma maior consciência pública acerca do autismo. Para Stefan, o fato de as pessoas se tornarem mais conscientes sobre o termo autismo ao longo do tempo faz com que os pais acabem levando os seus filhos para serem examinados com mais frequência.

A comunidade científica concorda que mais pesquisas são necessárias para entender como outros fatores podem estar contribuindo para o aumento dos casos de autismo diagnosticados em todo o mundo. O CDC fez um anúncio recente de que, ao longo dos próximos quatro anos, serão investidos mais de US $ 20 milhões para acompanhar a prevalência do transtorno do espectro do autismo entre as crianças nos EUA. A reportagem menciona que, com um acompanhamento melhor da prevalência do autismo, a esperança é que a comunidade científica e as famílias afetadas possam compreender cada vez mais o surgimento do transtorno.

Leia mais artigos sobre o autismo publicados na Revista Time acessando a página da publicação na internet (na Língua Inglesa). Você também pode saber mais sobre o autismo e sobre os tratamentos para o autismo em nosso site. Participe dos nossos cursos e saiba como ajudar sua criança, adolescente ou adulto com autismo a desenvolver suas habilidades sociais.

Compartilhe o novo estudo sobre o diagnóstico do autismo através das suas redes sociais clicando nos ícones abaixo. Envie também os seus comentários sobre o nosso artigo aqui no blog, deixando sua mensagem no campo a seguir.

15 dicas para ajudar seu aluno com autismo

Seguem as nossas 15 dicas para ajudar seu aluno com autismo. É importante notar que não é preciso implementar todas as dicas para todos os alunos. Cada aluno é único, e o que funciona para um aluno com autismo talvez não funcione para outro.

1 – Aposte na comunicação visual – prefira explicar e ilustrar conteúdos apoiando-se em figuras, quadros, fotos, objetos reais e demonstrações físicas.

2 – Opte por dividir as atividades, exercícios e tarefas em partes – em vez de pedir que o aluno faça, por exemplo, cinco operações matemáticas ou escreva dez frases de uma vez, sugira primeiro que ele comece com duas ou três.

3 – Comece pelas tarefas mais fáceis e deixe as tarefas mais complexas para o final – isso eleva a autoestima do aluno e o estimula a continuar engajado na atividade. Você pode também optar por começar com atividades que você já sabe que o aluno gosta mais, e ir introduzindo aos poucos as atividades que ele tem mais resistência.

4 – Forneça instruções claras e diretas e use palavras concretas – evite enunciados e solicitações longas e abstratas. Em vez de fazer perguntas abertas, ofereça duas alternativas e deixe que o aluno escolha a que deseja. Você poderá usar ainda músicas, gestos, objetos e personagens para facilitar a comunicação e tornar as interações com os professores e os demais alunos mais divertidas.

5 – Inclua acessórios na rotina – elabore quadros de rotinas visuais e relógios para acompanhar a marcação do tempo e antecipar Cartaz para Projetos de Inclusão Escolar – 15 Dicas para Alunos com Autismoa transição de atividades.

6 – Preveja e antecipe as mudanças na rotina – invista em explicações e avisos sobre as mudanças. Leve o aluno antes para conhecer um novo espaço ou uma nova situação e observe se ele se sente confortável com a novidade.

7 – Seja um modelo social e convide os outros alunos a também agirem dessa forma – dê exemplos de respostas sociais esperadas em situações cotidianas e mostre claramente as emoções que as pessoas sentem em determinadas situações.

8 – Invista na troca de informações com a família e com os outros profissionais que auxiliam o aluno – mantenha anotações detalhadas na agenda diária do aluno e converse com a família sobre habilidades adquiridas e desafios encontrados no dia a dia.

9 – Observe a ocorrência de sobrecarga sensorial – ofereça exercícios físicos, massagens ou objetos de conforto de forma a auxiliar o processamento sensorial.

10 – Identifique os interesses e motivações do aluno – use esses interesses e motivações para despertar  a atenção para as atividades, para facilitar o engajamento nas tarefas e para manter o aluno focado numa tarefa quando a classe estiver mais agitada.

11 – Prepare alternativas para as atividades – planeje um “plano B”, ou seja, uma forma alternativa de apreender determinado conteúdo ou de executar determinada atividade.

12 – Acredite no potencial do aluno – procure soluções criativas para verificar se o aluno tem absorvido o conhecimento, especialmente nos casos dos alunos que ainda não utilizam a comunicação verbal.

13 – Troque questões abertas por questões fechadas (como as de múltipla escolha) e incorpore desenhos, esquemas visuais e ilustrações às questões e explicações.

14 – Use histórias sociais, de preferência ilustradas ou reproduzidas teatralmente, para explicar situações sociais mais complexas como as festas da escola, a chegada das férias ou a troca de professores – todas estas situações podem ser antecipadas, explicadas e ensaiadas através destas histórias sociais.

15 – Não tenha medo de errar – tente encontrar os caminhos que funcionam melhor com cada aluno, lembrando que as crianças com autismo podem diferir bastante entre si.

Quer conhecer experiências de alunos com autismo na escola? Leia a série de reportagens publicadas na Revista Escola sobre o projeto de inclusão do aluno Matheus.

Veja o nosso post com uma imagem ilustrativa das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo. Você mesmo poderá imprimir um cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora.

Gostou das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo? Compartilhe com os seus amigos e colegas de trabalho o nosso artigo pressionando os ícones abaixo (temos ícones para o Facebook, Google+, Twitter e outras redes sociais).

Será um prazer também ler os seus comentários ou suas próprias dicas para alunos com autismo – por exemplo, alguma coisa que funcionou para seu filho ou aluno. Deixe as suas dicas, opiniões e perguntas aqui mesmo, escrevendo no campo a seguir.

Aluno com autismo na escola – história de persistência!

No último fim de semana, Fernanda – uma moça com 21 anos diagnosticada com espectro do autismo aos 11 – fez as provas do Enem. Fernanda compareceu ao campus da Uninove em São Paulo para prestar os exames e com eles obter um certificado de conclusão do ensino médio, possibilidade que lhe fora concedida após intermediação junto ao Ministério da Educação (MEC). O MEC concedeu à Fernanda uma autorização para que sua nota no Enem sirva como certificado de conclusão do ensino médio. Assim como muitos outros jovens, Fernanda quer também lutar pelo seu sonho de aprimorar sua capacitação. Após a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio, o curso que Fernanda tem em vista é o de web designer.

Aluno com autismo na escola - história de sucesso!

Reportagens publicadas em diferentes sites, como os do Jornal O Globo e do Uol, contam a história da jovem e destacam que, para ela e para a sua família, o fato de estar fazendo a prova é, por si só, uma vitória. Fernanda estava confiante em relação aos exames e sentia-se vitoriosa. Sua mãe, Regiane, estava muito emocionada. Regiane contou à um dos veículos de comunicação que elas enfrentaram diversos desafios na educação de Fernanda e que, devido às dificuldades no processo de adaptação nas escolas públicas, ela teve parte de sua escolarização feita em escolas especializadas particulares (onde ela estudou com bolsas) e em outras entidades que atendem pessoas com autismo. Regiane afirmou que se empenhou muito em busca de tratamentos e de educação especializada para a filha, tendo auxiliado Fernanda também em casa durante o período escolar, em disciplinas como história e geografia. A arte terapia e a própria habilidade de Fernanda para desenhar, que foi desenvolvida de forma autodidata, foram aproveitadas ao longo de sua trajetória para impulsionar o seu aprendizado e para facilitar a comunicação já que, segundo Regiane, Fernanda passou por períodos em que empregava pouco a linguagem verbal.

Fernanda, que aos quatros anos de idade já fazia ilustrações no programa Paint, levou alguns de seus desenhos ao campus no dia das provas do Enem e disse querer estudar para poder dar vida às suas criações. Para isso, Fernanda quer aprender animação gráfica e dublagem e também aprender a fazer desenhos em 2D e 3D, frutificando a inspiração que ela colhe em desenhos, em filmes e na realidade ao seu redor.

Durante os dias das provas do Enem, Fernanda afirma que tudo transcorreu bem. Ela contou com a ajuda de dois assistentes da equipe do Enem – um ledor e um transcritor – que possibilitaram a adaptação das provas, trazendo acessibilidade ao processo de avaliação. Fernanda quer que sua experiência sirva de exemplo para outras pessoas com autismo, mostrando que todos devem sentir-se motivados a participar dos exames. As provas longas demandaram de Fernanda muita dedicação e paciência. O tema da radiação, presente em uma das questões, chamou sua atenção, por ser um assunto de seu interesse. Outro ponto alto dos exames foi uma questão de história ilustrada com quadrinhos da Turma da Mônica.

A trajetória de Fernanda e a notícia sobre a sua participação no Enem nos fazem pensar:  como ajudar um aluno com autismo em seu processo educacional? Você conhece alguma história inspiradora ou alguma trajetória de persistência de algum aluno com autismo na escola? Conte para a gente! Compartilhe também conosco e com outros pais e profissionais que acessam o nosso blog experiências que deram certo com as pessoas com autismo com as quais você se relaciona, em relação ao processo educacional.

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Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.