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Almoço de família com criança com autismo

Dicas para festas de fim de ano para pessoas com autismo – parte 1

Preparamos algumas dicas especiais para que a sua criança, adolescente ou adulto com autismo possa aproveitar as festividades do final do ano ao máximo e desfrutar deste momento em família.

Antecipação

Fogos de artificio e crianças com autismoPara que a pessoa com autismo possa se preparar para as festas e a rotina do fim de ano, você poderá lhe mostrar um calendário e contar que estamos em dezembro e que as festividades ocorrerão no fim do mês.

Mostre quantas semanas ou dias faltam, explique onde, quando e com quem vocês estarão, e use elementos visuais para rememorar a ocasião. Você poderá usar figuras de revistas ou da internet alusivas ao Natal e o Réveillon, mostrar fotos de anos passados ou colocar músicas que lembrem festas anteriores.

Explique à pessoa com autismo quais as diferenças entre as festividades anteriores e a prevista para esse ano, para que ela não espere encontrar exatamente a mesma comemoração (local, rota, presentes, comidas e pessoas podem variar de um ano para outro, certo?).

Transmita empolgação e confiança em relação aos eventos e explique que eles são momentos especiais para estarmos junto da família!

Repita essa antecipação nas semanas seguintes, para que a pessoa com autismo esteja preparada.

Preparação

Na véspera das festas, vocês poderão tornar a proximidade dos eventos mais concreta, e a pessoa com autismo poderá lhe ajudar a escolher a decoração e os presentes. Em vez de bolas de natal mais frágeis e outros adornos que exigirão muitos cuidados, você poderá optar por objetos alternativos, feitos de plástico ou materiais mais resistentes.

Os preparativos poderão tornar-se até uma atividade divertida entre vocês. Pense em coisas que a sua pessoa com autismo gosta de fazer e veja como encaixar isso numa atividade relacionada às festas. Por exemplo, se a sua criança gosta de desenhar, ela pode confeccionar desenhos para os familiares, que podem ser dobrados e enrolados com fitas e colocados debaixo da árvore de Natal. Confeccionar e preparar pequenos presentes pode ser uma maneira interessante de incentivar a socialização com os outros membros da família: use a simplicidade e abuse da criatividade, lembrando que a experiência será válida se envolver alguma coisa que a criança realmente goste de fazer.

Se a criança gosta de determinados personagens, vocês poderão usá-los como parte da decoração, ou você poderá vestir-se como o personagem que, junto com a criança, tem a missão de arrumar a casa para a chegada dos outros familiares.

Vocês também poderão escolher juntos uma roupa motivadora e confortável e já deixá-la separada, para que a criança, adolescente ou adulto saiba que o dia está de fato chegando.

Barulho de fogos de artifício para crianças com autismoNa passagem do ano, na maioria dos lugares, temos inevitavelmente os fogos de artifício. Para que a pessoa com autismo fique mais tranquila frente a este estímulo, você poderá prepará-la, explicando o motivo e o momento em que as pessoas soltam fogos (por exemplo, estão felizes com a chegada do novo ano) e mostrando imagens ou vídeos de fogos e festas de Réveillon no Youtube (sem o áudio ou com o volume bem baixo, caso a criança já tenha receio quanto ao barulho). No dia da festa, vocês poderão pensar em usar um grande fone de ouvido, daqueles que cobrem toda a orelha (veja foto ao lado) e escolher uma música que a criança goste para colocar já nos minutos anteriores à hora da virada do ano. Vocês poderão buscar também um local mais isolado para os minutos de foguetório. Esse local pode ser um cômodo mais protegido da casa ou mesmo o carro da família que, com os vidros fechados, poderá abafar os ruídos externos. Caso a criança goste de alguma dessas ideias, deixe tudo previamente explicado para ela, isso pode tranquilizá-la!

Troque mensagens e converse previamente com sua família, amigos e com os demais convidados da festa. Enalteça as conquistas e desenvolvimentos recentes de sua criança e explique os atuais desafios. Isso pode ser importante para o dia da festa, pois vocês saberão enquanto grupo o que fazer para prevenir ou lidar com determinadas situações.

No dia da festa

Amoço de família com criança com autismoVocê poderá criar um quadro visual do dia da festa, com todos os acontecimentos. Por exemplo, você pode usar imagens da criança tomando banho, colocando a roupa já escolhida, entrando no carro e chegando na casa da vovó. Pode acrescentar que vocês encontrarão os tios, primos e avós, que comerão na mesa e que só depois abrirão os presentes. Use fotos e desenhos que facilitem a compreensão dos episódios.

Sabemos que muitas pessoas com autismo têm grande sensibilidade sensorial, então, lembre-se destas sensibilidades e busque adaptar o máximo quanto possível o ambiente da festa. Tem algum alimento cujo odor ou textura incomoda a criança? Como serão os ruídos? Se for possível, deixe estabelecido um espaço ninho (ou seja, um cômodo na casa onde ocorrerá a festa) que poderá conter menos estímulos sensoriais e ser usado para que a criança descanse ou se acalme, se ela precisar. Você pode levar alguns objetos de conforto, como brinquedos ou quaisquer outras coisas de que a sua criança goste e alocá-los nesse espaço, para que ela tenha um ambiente alternativo ao da festa. A ideia não é que a pessoa com autismo deixe de participar da festividade, mas sabemos que a rotina dela estará alterada e o que o ambiente estará repleto de novos estímulos, então queremos que ela se sinta segura e confortável sabendo que terá um espaço mais tranquilo, se precisar dele.

Caso a sua criança esteja fazendo uma dieta ou tenha restrições alimentares, uma ideia é preparar cuidadosamente os seus alimentos e tê-los à mão na hora da festa. Você poderá escolher as receitas que a sua criança mais gosta ou tentar preparar seus alimentos de forma que eles se pareçam com os quem serão servidos para o resto da família: todo mundo estará aproveitando a parte gastronômica das festividades e não queremos que a pessoa com autismo fique de fora!

Se você sabe que, mesmo preparando os alimentos de sua criança para que sejam muito similares em aparência e sabor em relação aos outros que serão oferecidos na festa, ela provavelmente tentará experimentar os alimentos que não pode ingerir, neste caso procure alimentar sua criança antes de ir à festa ou antes da hora da refeição da família. Alguns pais de crianças com autismo utilizam a alternativa de sediar as festividades de sua família de forma a ter mais controle em relação ao ambiente físico, ao número de pessoas convidadas e à própria comida que será servida.

Procure tornar a experiência das festividades de final de ano uma experiência menos desafiadora para você e para sua criança. Ao invés de forçar a criança a usar uma roupa nova que ela não quer vestir, permita que ela escolha a roupa, mesmo que seja a mesma roupa que ela tem usado regularmente há meses! O conforto de sua criança é mais importante do que o que os outros vão pensar sobre a vestimenta dela na festa. Quanto mais confortável a criança estiver, mais calma ela poderá ficar para lidar com os desafios das festas e para participar da diversão.

Lembre-se de apreciar e comemorar comportamentos e iniciativas positivas de sua criança, adolescente e adulto! Não deixe que o foco esteja apenas em conter eventuais comportamentos inadequados e valorize os talentos e as habilidades que a pessoa com autismo demonstrar!

Festeje!

Veja mais dicas sobre as festas do final de ano para pessoas com autismo.

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Família cozinhando

Dicas para festas de fim de ano para pessoas com autismo – parte 2

As festas de fim de ano são momentos de integração com familiares e amigos, mudanças na rotina e muitas novidades. Encontramos um artigo muito inspirador da Alicia Burns, mãe do Marco, e gostaríamos de compartilhar um pouco da história deles com vocês.

Alicia conta que nas festas de fim de ano ela e a família costumam viajar por muitos quilômetros, ficar em casas de parentes e entrar em contato com os avós, tios e primos de Marco. Para que seu filho Marco possa sentir-se confortável nesse período, Alicia já vinha aplicando algumas ideias práticas, tais como:

  • incluir o Marco na preparação da viagem, por exemplo, no planejamento da viagem e na preparação das malas;
  • propiciar previsibilidade dos acontecimentos, explicando a Marco quem estará nas festas, para onde eles irão e que tipo de coisas farão;
  • preparar alimentos sem glúten e sem caseína para compartilhar com a família;
  • informar a família sobre as atuais habilidades e desafios do desenvolvimento de Marco, para que todos possam ajudar.

Além disso, Alicia já tinha recebido a recomendação de encontrar um papel específico para Marco durante as festas, para que ele pudesse se integrar à reunião em família de uma forma participativa, para que os familiares o vissem sob um novo ponto de vista, e para que o próprio Marco se sentisse menos ansioso e mais autoconfiante.

Esse papel poderia ser, por exemplo, ajudar os parentes com seus casacos quando eles chegassem ao local da festa (Alicia mora no Hemisfério Norte e lá faz frio durante o fim de ano). Outras possibilidades eram Marco ajudar na colocação da mesa de jantar, ajudar a encher os copos das pessoas com água ou a fazer um brinde durante a ceia.

Acontece que Alicia não estava muito segura sobre essa ideia de dar a Marco um papel específico e pré-determinado durante a festa. Ela tentou colocar essa ideia em prática por muitos anos, sugerindo que Marco assumisse um papel especial durante as festas em família, mas o que ela notava é que a iniciativa acabava gerando o efeito oposto, com Marco sentindo-se mais ansioso e menos conectado com as pessoas presentes.

Foi então que Alicia percebeu que os momentos mágicos em que Marco poderia integrar-se com os avós, tios, primos e primas aconteciam justamente quando ela deixava de lado os planos e técnicas pré-concebidas para integrá-lo. Alicia foi percebendo também com o tempo que de fato as situações em grupo eram verdadeiramente desafiadoras para Marco, e exigiam uma nova abordagem, uma nova forma de oferecer suporte e encorajamento a Marco, sem apegar-se às atividades planejadas. Surgiu então a ideia de usar uma abordagem criada por Julie Sando e que se chama “brincadeira natural”.

Nesse tipo de abordagem, a ideia é “criar espaço” para a participação da criança com autismo, em vez de criar papéis específicos para a criança desempenhar ao longo das festividades. É como se você oferecesse uma oportunidade de participação para a criança numa determinada atividade e estivesse aberto o suficiente para receber genuinamente qualquer tipo de resposta vinda dela.

Família cozinhandoAlicia nos dá alguns exemplos de como isso funcionou na prática nas festas de fim de ano de sua família. Ela conta que a família se reúne normalmente na cozinha para a preparação da comida, e que Marco gosta de ficar por ali (já que há tanta comida gostosa para beliscar). Numa dessas situações, Marco está próximo à cozinha, desenhando em seu computador. Alicia está começando a preparar um purê de batatas, e ela tem dois pratos com batatas cozidas que ela irá colocar no processador.

Alicia observa Marco, e realiza a sua tarefa devagar, com calma. Ela sabe que existem muitas chances de Marco se interessar em participar com ela do processo, pois ele já conhece essa atividade e costuma gostar de ajudar a colocar alimentos no processador. Contudo, Alicia diz que se sentirá bem mesmo se ele não participar, pois ela entende que Marco está numa brincadeira/atividade solitária naquele momento em seu computador, algo que todos nós fazemos em nosso dia a dia (além do mais, ela está feliz por ter o filho por perto, e isso já a satisfaz).

A irmã de Alicia também está na cozinha. Ela está cortando alguns legumes. Seguindo a mesma ideia da brincadeira natural, a irmã de Alicia coloca um outro talher junto de uma segunda tábua de cozinha, caso Marco queira ajudá-la com os legumes. Marco decide juntar-se à tia, não para cortar os legumes, mas para experimentar alguns. A irmã de Alicia decide então fazer o mesmo que Marco e, juntos, eles começam a provar alguns dos legumes já cortados. A irmã de Alicia pega um pouco do molho que ela já havia preparado para os legumes e os dois experimentam um pouco da comida, fazendo uma brincadeira/atividade em paralelo.

Enquanto todos ajudam na cozinha, a prima de Marco, com quem ele costuma ter bastante afinidade, está arrumando alguns biscoitos. Ela abre o primeiro pacote e o despeja numa tigela. Isso chama a atenção dele. A prima então “cria espaço” para Marco na atividade, e deixa disponível um segundo pacote de biscoitos para que ele possa fazer o mesmo que ela, caso deseje. Depois, a prima de Marco começa a colocar os biscoitos num prato, e eles alternam a arrumação dos biscoitos. Para possibilitar a participação de Marco na atividade, sua prima coloca os biscoitos vagarosamente, faz pausas aqui e ali, e age de uma maneira divertida e brincalhona, sempre abrindo espaço para que Marco possa integrar-se espontaneamente na atividade. Marco e sua prima estão no que Julie Sando chama de brincadeira ou atividade associativa. Quando Marco participa o suficiente da arrumação dos biscoitos e deseja parar, ele volta ao seu computador e à sua atividade solitária de desenhar.

A vantagem de “criar espaço” para a criança nas atividades em vez de dar a ela um papel específico durante as festividades é que, quando determinada atividade termina, não se tem aquela sensação de, “E agora, o que eu faço?” Além disso, ao criar o espaço para a criança, ela se sente mais livre para engajar-se na atividade e para deixá-la de lado, de acordo com seu próprio interesse e nível de conforto.

Alicia resume outras características e possíveis benefícios desse tipo de abordagem:

  • a criação de espaço (ou de oportunidade) para sua criança com autismo é um estilo de ação – essa forma de agir pode ser usada em qualquer lugar e a qualquer hora. Ela possibilita que os adultos possam agir de forma espontânea e flexível;
  • é fácil criar um modelo desse tipo de abordagem e compartilhá-lo com os parentes, desde que eles consigam captar “o espírito da coisa”. Os familiares e amigos, mantendo-se calmos e atentos, podem observar as situações, criar pausas e estar abertos a quaisquer respostas que venham da criança;
  • a criação do espaço possibilita que a criança com autismo tome a iniciativa, o que pode ser um grande aprendizado para ela. Com o tempo, a criança pode tornar-se mais confiante ao tomar a iniciativa em situações sociais;
  • a criação do espaço é uma abordagem que reduz a ansiedade de todas as pessoas presentes nas festividades, e propicia um clima com menos pressão e menos expectativas entre os familiares;
  • a criação do espaço permite que a criança aprenda através da observação do ambiente, o que Julie Sando denomina de “brincadeira de espectador“.

Você gostou da história de Alicia e de Marco e acha que ela pode ser útil para a sua criança com autismo nas festas de ano novo que se aproximam? Conte para nós!

Para saber mais sobre como ajudar as crianças com autismo nas festas de fim de ano, leia também o nosso artigo com dicas práticas sobre como lidar com as mudanças na rotina, o barulho e os fogos de artifício.

Para ler o artigo original em inglês sobre a história de Alicia e Marco, acesse a Revista Autism File de dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Participe de um de nossos cursos sobre como promover o bem-estar e o desenvolvimento de pessoas com autismo.

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Material para ajudar pessoa com autismo a usar o vaso sanitário

Material de apoio visual para ajudar crianças a usar o vaso sanitário

Sabemos que apoios visuais podem ajudar bastante as nossas crianças, adolescentes e adultos com autismo na realização de suas tarefas no dia a dia. Por isso, elaboramos cartazes ilustrativos para ajudar meninas e meninos a usar o banheiro!

Material para ajudar pessoa com autismo a usar o vaso sanitário

 

 

 

 

 

 

 

 

Os cartazes contêm um passo a passo que poderá orientar as crianças, adolescentes e adultos com autismo na utilização do vaso sanitário. Os cartazes poderão ser afixados em casa, nas escolas, em clínicas e instituições.

Sugerimos que os cartazes sejam colocados na horizontal, com a sequência do passo a passo começando na esquerda e terminando na direita. Temos quatro tipos de cartazes:

  • um cartaz para as meninas;
  • um cartaz para os meninos que fazem o xixi e o cocô sentados;
  • dois cartazes para os meninos que fazem xixi em pé e cocô sentado (nesse caso, temos um cartaz para o xixi e outro cartaz para o cocô).

Para baixar gratuitamente, clique aqui.

Você poderá imprimir o seu cartaz ilustrativo usando a sua impressora no formato “paisagem” e clicando no link acima.

Após afixar o cartaz no banheiro, seria fantástico convidar a sua criança para conhecer as ilustrações e acompanhá-la com empolgação e entusiasmo nas primeiras tentativas, comemorando sempre as iniciativas e tentativas dela!

Você poderá também tornar-se um modelo e encenar de forma divertida e engraçada a observação do cartaz e a execução do passo a passo no banheiro, para que a sua criança visualize como seguir a sequência na prática. Os personagens, músicas e temas favoritos de sua criança poderão também ser levados ao banheiro e utilizados na encenação!

Recomende os novos materiais de apoio para ajudar crianças a usar o vaso sanitário aos seus amigos e colegas pelas redes sociais clicando nos ícones abaixo.

Leia mais dicas sobre como ajudar crianças com autismo a usar o vaso sanitário em nosso blog!

Para conhecer os cursos sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e aprender estratégias práticas para auxiliar a vida diária das pessoas com autismo, clique aqui.

Atividade para desenvolver a leitura, a escrita e a motricidade fina – voando com o Patati Patatá

Interesses:

Os personagens do programa Patati Patatá e balançar na rede.

Metas principais:

Desenvolver a motricidade fina e também a leitura e a escrita, através da associação da palavra escrita com a ação.

Ação motivadora (o papel do adulto):

A ação motivadora é balançar a criança na rede de forma divertida, cantando a música do programa do Patati Patatá.

Solicitação (o papel da criança):

A criança ligar o pontilhado na horizontal, indo do ponto inicial até a figura do avião (embaixo da figura, colocar a palavra VOAR), para que dessa forma a criança “ligue” o avião novamente para “voar” (o voo será o balanço na rede).

Estrutura da atividade:

Explique para a sua criança que vocês voarão no avião com os personagens do Patati Patatá. Antes mesmo de convidar a criança para entrar na rede, coloque um boneco dentro para que ela visualize de forma clara a ação motivadora de “voar”. Você poderá cantar a música do Patati Patatá de forma entusiasmada, tornando a brincadeira ainda mais atraente para a criança, por exemplo: “Quem quer VOAR nesse avião levanta a mão? Eu! Quem quer VOAR? Eu! Levanta a mão! Com Patati, com Patatá vou viajar, a alegria de VOAR está no ar…”. Exagere no momento em que falar a palavra “voar”.

Depois de alguns minutos oferecendo os voos na rede de forma animada, sem realizar nenhuma solicitação da criança, realize uma pausa e, fazendo suspense, diga: “O avião parou de VOAR, mas para que ele volte a VOAR, eu posso pegar essa canetinha e ligar esses pontos”.  O adulto então mostra que ligando os pontos num quadro branco ou num cartaz, que deve ser afixado no quarto, o avião volta a voar. No quadro ou cartaz, prepare um ponto para ser o início, pode ser um círculo vermelho, por exemplo, ou ainda uma foto de sua criança. Do outro lado, na direção do pontilhado na horizontal, a linha chegará na figura de um avião e, acima dele, terá escrito a palavra VOAR. A palavra escrita deve estar em destaque, pois ela é a representação da ação motivadora em questão, o avião voltará a “voar” rapidamente com o Patati Patatá!

Quando sua criança já estiver altamente conectada, demonstrando querer mais da ação motivadora de “voar”, diga que acabou a gasolina do avião, demonstrando estar fraco e sem forças para fazer o avião voar. Neste momento, convide sua criança para “ligar” o avião novamente fazendo o “liga-liga” com a caneta no quadro ou no cartaz. Dessa forma, você estará estimulando a motricidade fina dela, ajudando no processo de leitura e escrita e fazendo a associação da palavra com a ação motivadora oferecida na brincadeira, que é “voar”.

Variações:

Nessa atividade para desenvolver a leitura, a escrita e a motricidade fina, podemos ajustar o grau do desafio quando a criança já consegue ligar os pontos no quadro ou no cartaz com facilidade e constância e solicitar que ela passe a escrever algumas das letras da palavra VOAR. O adulto adaptaria a atividade substituindo os pontilhados no quadro ou no cartaz por espaços onde a criança poderia copiar ou escrever as letras da palavra VOAR. Por exemplo, o adulto pode pedir que a criança escreva a primeira letra da palavra (ex. – __O A R). Ou o adulto poderá pedir que a criança escreva as vogais (ex. V _ _ R). À medida que a criança for desenvolvendo a capacidade de escrever as letras, o adulto pode então pedir que ela escreva ou copie a palavra inteira. Se sua criança estiver em um estágio em que se beneficiaria de desenhar uma linha livre (sem pontilhado), linhas onduladas ou em zigue-zague até a figura do avião antes de começar a escrever as letrinhas, adapte o grau do desafio da atividade de acordo.

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns dos ciclos pequenas variações na ação motivadora, por exemplo, oferecer balanços na rede com diferentes intensidades e durações, ou acompanhadas de efeitos engraçados (pode acontecer uma pequena turbulência, ou o avião pode passar sobre algum local de interesse da criança e ela poderá observar esse local da janela da aeronave). Caso a criança tenha interesse na ideia de “voar”, o adulto pode oferecer voos de avião usando outros materiais, como tapetes, cobertores e lycras, movendo a criança de forma divertida e cheia de suspense pelo quarto. Se nossa criança não se interessa por “voar” naquele momento, podemos manter a mesma estrutura da brincadeira e oferecer uma ação motivadora diferente, como por exemplo, um passeio de carro (usando uma caixa) ou um passeio a cavalo (levando a criança para passear de cavalinho em suas costas).

Caso a criança não se interesse pelos personagens Patati Patatá, podemos manter a atividade original e modificar os personagens de acordo com os interesses dela, por exemplo, utilizando personagens de outros desenhos ou filmes (o adulto poderá usar máscaras, fantasias e fantoches desses outros personagens).

Se a criança se interessa por balançar na rede e pelo Patati Patatá, mas desejamos trabalhar uma meta diferente como, por exemplo, ajudar a criança a participar fisicamente em uma atividade interativa, podemos manter a brincadeira, mas modificar o papel da criança na atividade. Ao invés de solicitarmos que ela ligue os pontos para pedir por nossa ação, explicamos e mostramos a ela que ela pode tocar em determinadas áreas do quarto ou organizar um grupo de objetos em seus compartimentos para que voltemos a fazer balançá-la na rede. Ainda na área de participação física, podemos balançar a criança na rede e, de repente, simular que o avião ficou sem gasolina, e então pedirmos que a criança “abasteça” o avião com uma mangueira (ou qualquer outro objeto similar) para que continuemos a balançá-la na rede.

(Atividade elaborada pela consultora da Inspirados pelo Autismo Fernanda Nascimento)

Conte para nós como você tem ajudado a sua criança a ler e escrever! Gostou dessa atividade para desenvolver a leitura, a escrita e a motricidade fina? Então compartilhe-a com os seus amigos. Leia outros exemplos de atividades interativas em nosso site, e veja como desenvolver habilidades como comunicação, contato visual, atenção compartilhada, entre outras.

Aprenda a criar atividades interativas e a conduzir sessões divertidas com sua criança participando de nossos cursos. Veja alguns de nossos novos cursos para o primeiro semestre de 2016. Em janeiro de 2016, realizaremos na cidade de Rio Claro, SP, um curso sobre a Inclusão Escolar de Crianças com Autismo.

Como ensinar uma criança com autismo a somar

Como ensinar matemática para crianças com autismo

Interesses:Como ensinar uma criança com autismo a somar

Dar voltas pelo quarto de brincar em cima de um tecido, simulando um voo de avião.

Metas principais:

Aprendizado de matemática (operações de adição).
Participação em brincadeira simbólica.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto leva a criança para dar voltas pelo quarto de brincar sobre um tecido simulando um divertido e emocionante voo de avião pelo quarto de brincar. O avião pousará próximo a um supermercado, onde a criança e o adulto poderão fazer compras, como ilustrado no vídeo abaixo.

Solicitação (o papel da criança):

A criança poderá escolher os produtos do supermercado e depois será motivada a somar a quantidade de produtos escolhidos.

Estrutura da atividade:

Como iniciar a atividade com entusiasmo?

O adulto usa empolgação para convidar a criança para dar voltas ou giros pelo quarto sobre um tecido, como se estivesse num voo de avião. O avião voará pelo quarto diversas vezes e o adulto pode explicar à criança que quando o avião estacionar, eles terão chegado a um supermercado (mais motivador ainda se for a representação de um supermercado que a criança conhece e gosta de frequentar em sua cidade).

O adulto então estabelece uma atividade cíclica em que ele leva a criança para dar voltas pelo quarto no tecido.  Após 1 a 5 voltas, o adulto afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a levar a criança para dar voltas novamente, repetindo diversos ciclos sem pedir nada à criança, apenas fazendo a ação motivadora de graça, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante.

Como fazer uma solicitação divertida?

O adulto poderá se divertir com a criança enquanto a leva pelos voos no quarto e, quando notar que a criança está altamente conectada, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto pode anunciar animadamente que eles chegaram ao supermercado.

O adulto poderá mostrar para a criança um cartaz com alguns produtos de supermercado afixados. Ao elaborar o cartaz e os produtos, você poderá escolher bebidas e comidas que a sua criança goste. O adulto então explica que eles vão poder escolher algumas bebidas e algumas comidas, destacando estes itens do cartaz e colocando-os em cima de outro cartaz menor. Neste cartaz menor, poderão existir campos em branco (por ex.: ___ + ___ = ___).

O adulto ajudará a criança a contar a quantidade de itens de bebidas e a quantidade de itens de comida. Cada quantidade será anotada pelo adulto nos campos do cartaz menor. Depois, o adulto e a criança farão a operação de adição, contando todos os itens selecionados e chegando à soma total dos itens escolhidos.  A soma total também será anotada no cartaz menor.

A solicitação para que a criança destaque os itens de supermercado do cartaz e depois realize a contagem e a soma dos mesmos é feita através de um convite animado, e não uma ordem. As tentativas da criança de escolher os produtos, de contá-los e somá-los são então comemoradas carinhosamente pelo adulto.

Após realizarem a primeira compra no supermercado, o adulto convida animadamente a criança para uma nova volta pelo quarto, e um novo ciclo da brincadeira se inicia.

É possível realizar a atividade com dois adultos facilitadores e uma criança?

Esta atividade poderá ser realizada entre um adulto facilitador e uma criança e, dependendo do estágio de desenvolvimento da criança, a atividade poderá sim ser também conduzida por dois adultos facilitadores.

As consultoras da Inspirados pelo Autismo Fernanda Nascimento e Jaqueline França conduziram uma sessão a três usando esta atividade. As duas consultoras juntas levaram a criança para dar a volta de avião pelo quarto, e comemoram com entusiasmo todas as participações da criança na brincadeira.

Uma das vantagens de realizar sessões a três é que, enquanto um adulto pode conduzir a atividade, o outro pode ser um modelo social para a criança de como agir na brincadeira, facilitando a compreensão e o engajamento na atividade. O adulto que conduz a atividade pode então dar explicações ao outro facilitador e e celebrar a participação dele na brincadeira, motivando a criança a também realizar as tentativas.

Acesse o vídeo abaixo para assistir a um trecho da sessão realizada pelas nossas consultoras com essa atividade interativa:

Variações:

Quando a criança já consegue somar as duas categorias de produtos com facilidade, podemos ajustar o grau do desafio desta atividade criando mais categorias a serem somadas. Por exemplo, em vez de somar duas categorias (alimentos e bebidas), o adulto pode convidar a criança a somar três ou quatro tipos de produtos diferentes, aumentando o “carrinho” de compras. O cartaz menor poderá então ter o formatos ___ + ___ + ___  = ___ ou ___ + ___ + ___ + ___= ___.

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora como, por exemplo, o adulto mostrar que o avião está voando em diferentes altitudes, enfrentando uma tempestade, passando por cima de cidades ou voando em câmera lenta. Caso vocês estejam realizando uma sessão a três, a criança pode ser inicialmente levada por um adulto só, e então o outro adulto facilitador pode ser anunciado, entrar no quarto com uma fantasia diferente e seguir no voo com a criança em direção ao supermercado. O adulto pode ainda cantar músicas ou representar personagens que a criança goste enquanto a leva para dar voltas de avião pelo quarto.

Se a criança se interessar por dar giros pelo quarto, mas nós desejarmos trabalhar a meta de número-adição associada a uma meta diferente, como, por exemplo, a comunicação verbal expressiva, podemos pedir que a criança fale o número de itens de cada categoria de produtos, nomeie cada produto ou que ajude o adulto a contar o número de voltas dadas pelo quarto no avião.

Já se a meta for aumentar ainda mais a participação da criança na brincadeira simbólica, podemos oferecer o “passeio pela cidade” (no quarto) de diferentes modalidades – de avião (em cima do tecido), à cavalo (com a criança de “cavalinho” nas costas do adulto), de carro (o adulto pode levar a criança dentro de uma caixa), etc. O adulto também pode criar situações específicas, por exemplo: Imagine que vamos assistir a um filme em casa, então que comidas e bebidas vamos comprar no supermercado? Ou vamos imaginar que nossa família vai para o clube, o que a gente vai levar do supermercado para o lanche? Podemos também convidar a criança a expandir o jogo simbólico e continuar a trabalhar a matemática pagando com dinheiro de brincadeirinha o valor final da compra e receber do caixa o troco.

Se a nossa criança não se interessar por dar voltas no quarto, podemos manter a mesma estrutura e meta da brincadeira e oferecer ações motivadoras diferentes como, por exemplo, cócegas, massagens, pular na cama elástica, pular na bola de Pilates, etc. Nossa experiência tem nos mostrado que algumas crianças apreciarão por si só a experiência de simular uma compra no supermercado e, nesse caso, olhar o cartaz e escolher os produtos já serão ações motivadoras empolgantes e interessantes para elas.

Compartilhe essa atividade sobre como ensinar matemática para crianças com autismo através das redes sociais. Veja também outras atividades interativas em nosso site!

As consultoras Fernanda e Jaqueline e toda a Equipe da Inspirados pelo Autismo agradecem à família pela cessão do vídeo e pela possibilidade de compartilhá-lo em nosso site.

Como ajudar crianças com autismo a desenvolver a comunicação verbal

Como ajudar crianças com autismo no desenvolvimento da comunicação

Como ajudar crianças com autismo a desenvolver a comunicação verbalSaiba como ajudar crianças com autismo no desenvolvimento da comunicação lendo as nossas novas atividades interativas e assistindo aos fantásticos vídeos que disponibilizamos a seguir! Veja como a consultora da Inspirados pelo Autismo adapta a temática de brincadeira “Voar no Avião” a duas crianças em diferentes estágios do desenvolvimento de habilidades:

Voando no avião (na rede)

Interesses:

Os personagens do desenho animado dos Backyardigans e balançar na rede.

Metas principais:

Comunicação verbal (responder perguntas iniciadas com o pronome “Quem”).
Desenvolver período de atenção compartilhada de 15 min ou mais.

Ação motivadora (o papel do adulto):

A ação motivadora é ser balançado na rede pelo adulto, o que simula a sensação de voar num avião.  Os personagem dos Backyardigans acompanham a criança no voo do avião, tornando a atividade ainda mais interessante para ela.

Solicitação (o papel da criança):

A criança responde às perguntas do adulto, perguntas essas sempre iniciadas com o pronome “Quem”.  O adulto perguntará sobre algum personagem específico dos Backyardigans e aguardará que a criança observe as imagens coladas à parede e identifique cada personagem pela sua cor, respondendo então o nome do personagem que voará de avião com ela.

Estrutura da atividade:

O adulto fixa na parede do quarto algumas informações sobre a atividade para a criança. Em um papel tamanho A4, o adulto escreve a pergunta: Quem vai voar no avião?, destacando com uma cor diferente a palavra “Quem”. O adulto também fixa imagens coloridas relacionadas ao desenho dos Backyardigans, tais como cenas do desenho, e fotos individuais e coloridas de cada um de seus personagens (os personagens podem ser colocados lado a lado). É importante que fique bem claro nas fotos dos personagens uma cor específica, pois a cor será utilizada pela criança para identificar o personagem da vez. O adulto deve escrever ainda, em tiras de papel, as perguntas: “Quem é azul?”, “Quem é amarelo?”, e assim por diante (uma pergunta para cada personagem do desenho). As tiras de papel com as perguntas podem ser colocadas numa caixa ou numa sacola.

Depois, com uma voz e uma postura divertidas e apresentado-se com empolgação e entusiamo, o adulto explica à criança que eles vão voar de avião com os personagens dos Backyardigans. Se a criança se interessar pela atividade, o adulto a balança na rede por algum tempo, podendo aproveitar esse momento para cantar músicas dos Backyardigans ou para fazer algum suspense sobre quem serão os personagens do desenho que voarão com a criança no avião. O adulto se diverte com a criança por alguns minutos, sem realizar nenhum solicitação específica, apenas interagindo com ela e modelando a pergunta “Quem?” . Por exemplo, o adulto pode dizer: “Que gostoso voar no avião. Você sabe quem vai voar no avião com a gente? Os Backyardigans!”.

O adulto então estabelece uma atividade cíclica em que ele balança a criança na rede por alguns momentos, afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a balançá-la novamente, mantendo a brincadeira sem pedir nada em troca à criança, apenas fazendo a ação motivadora, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante. A modelagem da pergunta “Quem?” permanece durante todos os ciclos, ou seja, o adulto continua perguntando para a criança usando palavra “Quem” enquanto a balança na rede e enquanto faz cada pausa com suspense.

Quando a criança encontrar-se altamente motivada pela ação do adulto, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto sorteia uma pergunta usando as tiras de papel e passa a solicitar durante a pausa da ação que a criança se aproxime das imagens afixadas na parede e responda qual personagem dos Backyardigans irá voar no avião. Para isso, o adulto explica previamente à criança que cada personagem tem uma cor específica e então pergunta: “Quem é azul?, esperando que a criança associe a cor à determinado personagem e pronuncie o seu nome (o adulto mostra os apoios visuais afixados na parede para auxiliar a criança nesse momento a realizar a associação cor – personagem).

Esta solicitação é uma pergunta animada e divertida, e não uma ordem.  O adulto reage às tentativas de resposta da criança de forma celebrativa e sempre animada, podendo voltar à oferecer a ação desejada por ela (balançar na rede) mesmo se a criança não acertar a resposta correta de primeira (nesse caso, o adulto pode dar dicas lembrando as cores de cada personagem ou apontando a cor do personagem na foto afixada na parede, ajudando mais claramente a criança a realizar essa associação e a responder da forma certa na próxima vez). Desta forma, o adulto mostra para a criança a função função específica das perguntas com “Quem” e a auxilia no desenvolvimento de sua comunicação verbal. Nos próximos ciclos da brincadeira, enquanto a criança continua altamente motivada, o adulto a estimula a responder às perguntas com “Quem” para os próximos personagens, de forma a comunicar o desejo dela pela continuidade da ação de balançar na rede.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade quando a criança já consegue responde às perguntas com “Quem” com facilidade e constância e solicitar que ela responda também a possíveis perguntas auxiliares, tais como “Quando?” ou “Como?”. Na atividade acima, o adulto adaptaria a atividade criando opções de resposta para as perguntas auxiliares por meio de pequenas fotos ilustrativas que também estariam afixadas na parede, próximo às perguntas auxiliares. Por exemplo, se a pergunta auxiliar for “Quando”, o adulto poderá dar opções de resposta como “Antes da escola”, “Depois do banho”, “Na hora do almoço”, “Ao meio dia”, “À noite”, etc. Se a pergunta for “Como”, o adulto pode preparar opções ilustradas como “Sentado”, “Tomando suco”, “Dormindo”, “Lendo um livro”, “Jogando um jogo”, “Ouvindo música”, etc.

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora, por exemplo, oferecer balanços na rede com diferentes intensidades e durações, ou acompanhadas de efeitos engraçados (pode acontecer uma pequena turbulência, ou o avião pode passar sobre algum local de interesse da criança e ela poderá observar esse local da janela da aeronave). Caso a criança tenha interesse, o adulto pode oferecer voos de avião usando outros materiais, como caixas, tapetes, cobertores e lycras, movendo a criança de forma divertida e cheia de suspense pelo quarto.

Caso a criança não se interesse pelos personagens do desenho dos Backyardigans, podemos manter a atividade original e modificar os personagens de acordo com os interesses dela, por exemplo, utilizando personagens de outros desenhos ou filmes.

Se a criança se interessa por balançar na rede e pelos Backyardigans, mas desejamos trabalhar uma meta diferente da comunicação verbal como, por exemplo, ajudar a criança a participar fisicamente em uma atividade interativa, podemos manter a brincadeira do voo de avião, mas modificar o papel da criança na atividade. Ao invés de solicitarmos que ela responda à pergunta “Quem?” para pedir por nossa ação, explicamos e mostramos a ela que ela pode tocar em determinadas áreas do quarto ou organizar um grupo de objetos em seus compartimentos para que voltemos a fazer balançá-la na rede. Ainda na área de participação física, podemos balançar a criança na rede e, de repente, simular que o avião ficou sem gasolina, e então pedirmos que a criança “abasteça” o avião com uma mangueira (ou qualquer outro objeto similar) para que continuemos a balançá-la na rede.

Se nossa criança não se interessa por balançar na rede naquele momento, podemos manter a mesma estrutura da brincadeira e oferecer uma ação motivadora diferente, como por exemplo, um passeio de carro (usando uma caixa) ou um passeio a cavalo (levando a criança para passear de cavalinho em suas costas).

A seguir apresentamos um vídeo da nossa consultora Jaqueline França realizando a atividade com Davi. Observe que a Jaqueline ajuda o Davi a rememorar a cor do primeiro personagem, e dali em diante, Davi já oferece as respostas dominando a associação cor-personagem. Para incrementar a atividade, Jaqueline faz suspense ao sortear cada pergunta e também possibilita que as fotos de cada personagem possa ser despregadas da parede e afixadas numa imagem maior, mostrando à criança todos os personagens que já estiveram no avião com ela ao longo da brincadeira, e permitindo também que a criança tenha uma participação física na atividade (afixar o personagem da vez entregue por Jaqueline na imagem maior, visualizando e contabilizando todos os personagens que já foram sorteados). Jaqueline se mantém atenta durante toda a interação e celebra o contato visual e as comunicações de Davi, além de acompanhá-lo cantando as músicas que ele vocaliza e respondendo quando Davi pergunta sobre quando eles vão sair.

 

Voando no avião (na lycra)

Interesses:

Ser rodado dentro da lycra, cócegas e suspense.

Metas principais:

Comunicação verbal (fazer o som de “o”).
Participação física na brincadeira (bater o martelo no dado).

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto roda a criança na lycra como se ela estivesse num voo de avião pelo quarto.

Solicitação (o papel da criança):

A criança bater três vezes com um martelo de brinquedo no dado para que o adulto a rode na lycra.

Estrutura da atividade:

O adulto explica para a criança que eles vão voar de avião pelo quarto. Se a criança mostrar-se interessada, o adulto fala que ela poderá sentar-se na lycra para que ele possa rodá-la alegremente pelo quarto como se a criança estivesse num voo de avião. Se a criança permitir a aproximação do adulto, ele a acomoda cuidadosamente na lycra e gira a criança sem pedir nada em troca, apenas roda a criança e emite de forma clara e precisa o som de “o”, que é a primeira vogal da palavra que nomeia a ação motivadora de ajudar a criança a “voar”. O adulto estabelece uma atividade cíclica em que ele roda a criança por alguns momentos, afasta-se fazendo suspense e, de forma previsível volta a rodá-la novamente, repetindo diversos ciclos sem pedir nada à criança, apenas fazendo a ação motivadora de graça, pausando por alguns segundos, fazendo a ação novamente, pausando, e assim por diante. A modelagem do som “o” permanece durante todos os ciclos, ou seja, o adulto continua fazendo para a criança o som do “o” enquanto a roda e enquanto faz cada pausa com suspense.

Quando a criança encontra-se altamente conectada e motivada pela ação de ser rodada na lycra pelo adulto, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto passa a solicitar durante a pausa da ação que a criança segure um martelo de brinquedo (ou qualquer outro objeto engraçado) e peça que ela bata três vezes no dado. O adulto pode explicar à criança, por exemplo, que o avião ficou sem gasolina ou que o avião parou em alguma cidade, para que ela então bata com o martelo no dado. Assim que a criança bater no dado, o adulto volta a oferecer a ação motivadora (caso a criança não bata no dado, o adulto pode ajudá-la inicialmente a fazê-lo e seguir oferecendo os voos nos avião logo depois). Enquanto repete esse ciclo, o adulto segue modelando continuamente o som “o”.

Quando o adulto perceber que a criança já está mais familiarizada com o som “o”, ele pode passar a solicitar, durante as pausas, que a criança tente emitir esse som (e, em seguida, também dê as três batidas com o martelo). Em relação ao som do “o”, o adulto estimula a criança a falar e responde a qualquer tentativa de fala com uma celebração e a volta da ação desejada por ela. Desta forma, o adulto mostra para a criança a função de sua participação física e de sua comunicação verbal, ou seja, o poder de seus gestos e sons durante a interação. Nos próximos ciclos da brincadeira, enquanto a criança continua altamente motivada, o adulto a estimula a falar o som e a seguir batendo com o martelo, de forma a comunicar o desejo dela pela continuidade da ação.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade quando a criança já consegue bater o martelo ou falar o som “o” com facilidade e constância e solicitar que ela bata numa cor ou marcação específica do dado, ou ainda que ela comece a falar não só o som do “o”, mas a combinação da primeira e da segunda vogal da palavra “voar”: “o-a”. O adulto passa a modelar “o-a” ao oferecer a ação para a criança e, na pausa da ação, solicita que ela fale aquela combinação de vogais.

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos inserir em alguns ciclos pequenas variações na ação motivadora, por exemplo, rodar em diferentes velocidades e alturas, ou receber cócegas e massagens após a aterrizagem do avião. O adulto pode encenar algum personagem de que a criança goste ao rodá-la na lycra, ou trazer objetos e fantoches para que estes tornem os voos na lycra mais divertidos para a criança.

Se a criança se interessa por rodar, mas desejamos trabalhar uma meta diferente da comunicação verbal ou desta modalidade de participação física podemos, por exemplo, ajudar a criança a aprender a apontar, modificando o papel da criança na atividade. Ao invés de solicitarmos que ela fale um “som” ou bata com o martelo no dado para pedir por nossa ação, explicamos e mostramos a ela que ela pode apontar para a figura de um avião ou apontar para um botão desenhado numa cartolina para que voltemos a rodá-la na lycra. Ainda poderíamos ajudá-la a aprender a ligar duas imagens, pedindo que ela trace com um lápis ou giz uma linha entre imagens coladas numa cartolina, para que então ela volte a ser rodada na lycra (as imagens na cartolina podem ser de duplas de personagens de desenhos ou filmes que a criança goste, ou qualquer dupla de imagens relacionadas a algum de seus interesses).

Se nossa criança não se interessa por rodar na lycra naquele momento, podemos manter a mesma estrutura da brincadeira e oferecer uma ação motivadora diferente, como por exemplo, cócegas ou massagens/carinho.

A seguir apresentamos um segundo vídeo da nossa consultora Jaqueline França, desta vez realizando a atividade similar do voo no avião com a Heloisa. Observe que a Jaqueline modela clara e repetidamente o som do “o”. Jaqueline celebra a participação física de Heloisa e os sons que ela emite. Quando percebe que Heloisa compreendeu bem o funcionamento da atividade e que ela está bastante motivada com a mesma, Jaqueline realiza uma solicitação persistente, concedendo o voo na lycra apenas quando Heloisa bate com o martelo no dado as três vezes. Carinhosamente, Jaqueline lembra Heloisa que para o avião voar, ela precisar dar três batidas com o martelo no dado.

 

Aprenda mais sobre a criação de atividades interativas participando de nosso Curso de Módulo 1 em São Paulo. Aprofunde seus conhecimentos em nossa abordagem participando do Curso de Módulo 2 e do Curso de Módulo 3 em São Paulo.

A consultora Jaqueline França, juntamente com outras cinco talentosas profissionais, fazem parte da Equipe da Inspirados pelo Autismo. Nossos consultores estão disponíveis para atender sua criança e auxiliar de forma personalizada a sua família em todos os estados do Brasil por meio de nossas consultorias presenciais.

Para obter mais ideias sobre atividades para crianças, adolescentes e adultos com autismo, recomendamos também o livro Brincar para Crescer, disponível para venda em nosso site.

Suas opiniões e ideias são muito importantes para nós. Deixe comentários, elogios, sugestões e ideias sobre as atividades para a nossa equipe e para os outros pais e profissionais que acessam o nosso blog.

* A Inspirados pelo Autismo tem autorização das famílias e dos profissionais relacionados aos vídeos disponibilizados acima no que se refere à sua veiculação em nosso blog e em nossos informativos. Agradecemos ternamente aos pais do Davi e da Heloisa por cederem a divulgação das imagens para compartilhar estratégias eficazes com outros pais e com profissionais.

Criança com autismo e leitura

Como ajudar uma criança com autismo a ler, escrever e interessar-se por matemática

 

Muitos pais enviaram perguntas sobre a estimulação de leitura, escrita e matemática nas sessões responsivas e divertidas em casa. Você pode trabalhar qualquer habilidade, inclusive de leitura, escrita e matemática quando sua criança estiver motivada e envolvida em uma interação social com você. Por exemplo, se sua criança gostar de:

  • Cócegas
  • Leitura
  • Passear de cavalinho
  • Canções
  • Vozes divertidas e atividades de imaginação
  • Dinossauros

Quando você estiver em uma atividade interativa utilizando qualquer um destes interesses acima, espere até que sua criança esteja realmente motivada e conectada, antecipando já com muita expectativa o clímax da parte mais divertida da atividade. Este é o momento ideal para solicitar algo na área das letras ou números, levando em conta o estágio de desenvolvimento de cada criança.

Como um exemplo, estou passeando com a criança no colo pelo quarto todo. Eu posso dar duas ou três voltas sem pedir nada para ela (fazendo pequenas pausas entre cada volta para aumentar ainda mais a expectativa). Quando eu perceber que a criança já está bem motivada (talvez apresente maior contato visual, expressão facial animada, sorridente, etc), eu posso solicitar que ela escreva a letra P no seu “bilhete de passear”, ou que ela faça um círculo em volta da figura de um cavalo (se eu estiver fingindo carregá-la como um cavalinho).

Em um outro exemplo, minha criança está interessada em dinossauros e eu estou fingindo ser um tiranossauro rex que a persegue pelo quarto. Eu pego um número 5 de plástico e digo que vou dar cinco passos gigantes de tiranossauro rex para pegá-la. Eu dou os 5 passos e faço rugidos de dinossauro. Daí eu digo que posso dar 7 passos gigantes para pegá-la. Peço que ela pegue o número 7 de plástico e o dê para mim antes de dar os passos. Eu ajusto a minha solicitação de acordo com o estágio de desenvolvimento de minha criança. Por exemplo, eu tenho 6 bolas de pingue-pongue e minha criança está interessada na atividade com o tema do tiranossauro rex. Eu posso fingir que as 6 bolas são ovos de dinossauro e que se ela estiver perto dos ovos o dinossauro vai rugir, persegui-la e fazer cócegas nela. Depois de fazer isso uma ou duas vezes sem demandar nada da criança para ajudá-la a ficar ainda mais motivada, eu posso pedir que ela divida os ovos por 2, por 3, etc.

Criança com autismo e leituraÉ claro que os interesses e motivações de cada criança serão diferentes. E o estágio de desafio a ser trabalhado com cada criança em relação a letras, números, escrita e leitura também será diferente. É por isso que é tão importante seguir as motivações de sua criança e entender que em muitas ocasiões talvez a sua criança não esteja interessada na atividade que você está propondo.

Se você gostou desse artigo sobre como ajudar uma criança com autismo a ler, escrever e interessar-se por matemática, compartilhe-o com os seus familiares e amigos pelas redes sociais! Conte também para a gente como você tem ajudado a sua criança com autismo a desenvolver habilidades de leitura, escrita e matemática. As suas sugestões e ideias podem inspirar muitos dos nossos leitores!

Lembrete: aprofunde os seus conhecimentos sobre a nossa abordagem e aprenda estratégias práticas para ajudar pessoas com autismo participando de nossos cursos.

Aprendizado social com ajuda de coleguinhas da mesma idade colabora para o desenvolvimento de pessoas com autismo na escola

 

Um novo estudo publicado nos EUA pelo Journal of Autism and Developmental Disorders mostra a eficácia de se promover brincadeiras em grupo de crianças com 5 a 6 anos idade. Durante o estudo, os grupos foram organizados estimulando-se a interação de uma criança no espectro do autismo junto de coleguinhas de desenvolvimento típico.

A recém-publicada pesquisa documenta a existência de benefícios duradouros em programas que recrutam crianças fora do espectro do autismo no jardim de infância e nas primeiras séries do ensino fundamental para ajudar a ensinar habilidades sociais para os colegas que têm autismo. As sessões contendo atividades lúdicas aconteceram no contraturno da escola.

Os pesquisadores começaram propondo as estratégias de intervenção da rede de colegas aos professores, fonoaudiólogos e assistentes de sala de aula. A equipe da escola passou então a supervisionar grupos de brincadeiras que incluíam um aluno com autismo emparelhado com dois ou três colegas com desenvolvimento típico.

As crianças com autismo abrangidas pelo estudo tinham habilidades de comunicação suficientemente desenvolvidas para seguir instruções simples e fazer pedidos com frases contendo ao menos duas a três palavras.

Os grupos de brincadeiras duraram, em média, meia hora e aconteciam três vezes por semana. Após a introdução de um conceito como, por exemplo, o de partilha de objetos, os professores pediam aos colegas de desenvolvimento típico que ajudassem a criança com autismo a fazer o compartilhamento de uma maneira amigável. Por exemplo, durante um jogo que envolvia a partilha de um brinquedo, um dos colegas podia sustentar uma pequena placa ao aluno com autismo dizendo “Por favor, empresta isso?”, ou “Aqui vai”.

Desta forma, as crianças praticaram habilidades sociais tais como fazer requisições, fazer comentários e usar termos como “por favor” e “obrigado”. Os grupos de brincadeiras aconteceram durante os primeiros seis meses do jardim de infância e os primeiros seis meses do ensino fundamental.

Ao todo, 56 crianças com autismo participaram do programa. Para efeito de comparação, os pesquisadores também acompanharam o desenvolvimento social de um grupo de controle contendo 39 crianças com autismo que receberam apenas os serviços padrões de educação especial da escola.

Para descobrir se as crianças estavam usando suas novas habilidades sociais fora dos grupos de brincadeiras, os pesquisadores observaram as suas interações com outros colegas em outras situações. Eles gravaram tais observações em, pelo menos, quatro ocasiões, incluindo o fim do primeiro ano.

“Descobrimos que as crianças que participaram da rede social não só fizeram progressos significativos na comunicação social durante a intervenção, mas também fizeram muito mais iniciações com os seus pares em geral”, afirma Debra Kamps, pesquisadora e diretora da University of Kansas Center for Autism Research and Training.

Para certificar-se de que suas medições foram objetivas, os pesquisadores usaram listas padronizadas de comportamentos indicativos de comunicação social. Eles também pediram aos professores que completassem questionários sobre o comportamento dos alunos.

Os resultados mostraram que as crianças com autismo que participaram dos grupos de brincadeiras em pares iniciaram significativamente mais interações sociais com os colegas do que as crianças do grupo de controle. As crianças que participaram do programa também demonstraram maior desenvolvimento da linguagem e de conversas apropriadas.

Finalmente, as avaliações dos professores sobre as habilidades sociais das crianças que participaram do programa mostraram melhorias significativas no desenvolvimento das habilidades sociais e no comportamento em sala de aula.

Como mais uma prova da eficácia dos grupos de brincadeiras com colegas, muitos dos professores continuaram a usar estas estratégias em suas salas de aula, ilustra Dra. Kamps. “Nós sabemos como fazer isso, e nossa pesquisa nos mostrou que não é tão difícil ensinar as pessoas a fazê-lo”, conclui.

“É emocionante ver estudos que continuam a demonstrar a eficácia das intervenções que incorporam colegas em práticas de tratamento”, comenta Lucia Murillo, diretora-assistente de pesquisa em educação da Autism Speaks, instituição que publicou em seu site uma matéria em inglês sobre a nova pesquisa. Lucia Murillo lembra que as crianças com autismo envolvidas no estudo tinham níveis de linguagem de moderados a elevados e que, por isso, é importante reconhecer que os mesmos resultados podem não se aplicar a todas as crianças no espectro do autismo.

Você já tentou ajudar pessoas com autismo na escola em brincadeiras em grupos? Conte para a gente!

Se você achou que esse post para ajudar pessoas com autismo na escola pode ser útil, divulgue-o aos seus familiares, colegas e amigos pelas redes sociais, clicando nos ícones abaixo.

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Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.