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Os desafios sociais em “O Amor no Espectro”

A Netflix lançou um documentário/seriado chamado “Amor no Espectro”. Nele, os espectadores acompanham 7 jovens dentro do espectro do autismo vivenciando os desafios de encontrar um par amoroso.

A cada episódio aprendemos mais sobre o PROCESSAMENTO de pessoas no espectro através de experiências vividas por Michael, Chloe, Maddi, Kelvin, Mark, Olivia e Andrew, e mais do que isso, vemos muitos mitos caírem por terra.

7 aprendizados sobre pessoas com autismo

Vamos listar para vocês 7 aprendizados que podem ser adquiridos neste seriado observando os jovens com autismo.

  1. Pessoas possuem processamento, interesses, estilos de aprendizado e formas de se expressar no mundo que são diferentes. Somos todos únicos e, quanto a pessoas dentro do espectro, não poderia ser diferente.
  2. Pessoas com autismo têm dificuldade de interagir, isso não significa que elas não queiram.
  3. Pessoas com autismo, possuem empatia e emoções. Podem ter dificuldade no componente cognitivo das emoções, ou seja, sentem, mas podem ter dificuldade de demonstrar suas emoções conforme os padrões sociais.
  4. Mesmo em casos leves, as dificuldades sociais e sensoriais podem ser extremamente desafiadoras. O fato de ter um autismo leve não significa que a pessoa não necessite de adaptações.
  5. Crianças com autismo crescem, desejam ter relacionamentos amorosos e necessitam de apoio para suas necessidades.
  6. Todo ser humano pode aprender, independentemente da idade. Então, a estimulação das habilidades sociais continua na fase adulta em seus novos desafios.
  7. A necessidade de autorregulação é uma característica do processamento, não vale a pena batalhar contra os comportamentos de autorregulação. Uns vão precisar de uma cobra, outros pular, outros repetir palavras e falar dos mesmos assuntos.

 

Amor no Espectro da Netflix
Imagem da Netflix

Os casais com autismo retratados na série

Além dos desafios vivenciados por jovens em busca do amor, o seriado nos mostra o dia a dia de dois casais, Thomas e Ruth, Jimmy e Sharnae, todos diagnosticados no espectro do autismo. Algumas características são marcantes na forma com que eles vivenciam o amor:

  • a ausência de jogos sociais tão frequentes em relacionamentos entre pessoas neurotípicas;
  • o “sincericídio” relacionado às suas reais intenções em um relacionamento;
  • o que é dito é dito abertamente sem mensagens implícitas;
  • a ausência ou um grau muito pequeno de malícia/filtro social – o que é demonstrado quando os membros do casal respondem às perguntas do documentarista com total honestidade sobre as características do parceiro ou de si mesmo.

Os dois casais da série que já estão em um relacionamento estável têm muito a ensinar a pessoas neurotípicas. Demonstram admiração e respeito pelos hiperfocos dos parceiros, pelas áreas de interesses e talentos do outro, pela necessidade de autorregulação de cada um. Isso só é possível quando desenvolvemos a habilidade de empatia, quando conseguimos nos colocar no lugar do outro para compreender as necessidades do outro, e os dois casais demonstram uma bonita empatia em diversas situações.

Desafios de um pensamento rígido

Já em relação às dificuldades, um dos e aprendizados dos jovens retratados na série é lidar com eventos imprevistos ou que saem do planejamento original. Jimmy preparou uma surpresa para sua namorada, um jantar romântico onde faria o pedido de casamento. Os dois estavam prestes a sair para o jantar quando Jimmy se deu conta que não havia trazido meias azuis que combinariam com seu terno azul. O detalhe da meia bastou para que ele não conseguisse ir adiante com seus planos até que comprasse meias azuis.

A rigidez do pensamento de Jimmy naquele momento está relacionada à sua dificuldade no desenvolvimento da flexibilidade cognitiva. A flexibilidade cognitiva é uma habilidade que nos permite reconhecer que existem formas diferentes para resolver os problemas, ela nos ajuda a visualizar alternativas às situações que não acontecem como esperado, nos ajudam a mudar nossos planos, estratégias, métodos e formas de fazer as coisas buscando soluções para diversos conflitos mentais ou situações cotidianas como as vivenciadas por Jimmy. Com a flexibilidade cognitiva, o cérebro consegue deixar de pensar em algo (hiperfoco) e pensar rapidamente em outra coisa; consegue também considerar a perspectiva, os interesses e as necessidades do outro na avaliação de uma situação.

Amor no Espectro da Netflix
Imagem da Netflix

Habilidades sociais para a interação

Enquanto acompanhamos os participantes da série na busca por conexão humana, notamos como as habilidades sociais são essenciais para se criar e manter essa conexão. Além da flexibilidade cognitiva, observamos nas tentativas de interação dos participantes como são importantes as habilidades de comunicação verbal (expressar e compreender as nuances da comunicação) e comunicação não verbal (o uso e a compreensão de expressões faciais, contato visual, gestos e sinais sutis sociais como quando olhamos para o celular ou desfocamos o olhar em uma interação demonstrando desinteresse por determinado assunto). O grau de dificuldade em adquirir essas habilidades influencia fortemente a construção de amizades e de relacionamentos amorosos. A coragem e persistência dos participantes da série para desenvolver essas habilidades na frente das câmeras é imensamente inspiradora.

E você, assistiu a ” Amor no Espectro”? Compartilhe conosco seu maior aprendizado acompanhando os desafios amorosos dos jovens com autismo.

Para mais informações sobre como iniciar e construir interações com pessoas com autismo, acesse nossos artigos sobre Autismo e responsividade, e Motivação instrínseca na aprendizagem.

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Por Jaqueline França

Consultora Sênior Trainer da Inspirados pelo Autismo

Comportamentos indesejados e autismo

O que é um comportamento indesejado?

 

Antes de falar sobre como respondemos aos comportamentos indesejados, faz-se necessário definir o que é um comportamento indesejado.

São aqueles que, em geral se enquadram em 3 grandes áreas:

  • Comportamentos agressivos, tanto autoagressivos como heteroagressivos, e comportamentos que colocam em risco a segurança e saúde das pessoas;
  • Comportamentos que põem em risco a integridade de materiais e/ou do ambiente;
  • Comportamentos que infringem limites que são impostos pelo meio, como por exemplo tirar a roupa em locais públicos, ou gritar palavras repetidamente durante a aula na escola impedindo que os colegas ouçam o professor.

É importante pensarmos sobre esta definição, e pensarmos que o comportamento indesejado, é indesejado para quem? Pois não consideramos comportamentos indesejados os movimentos de isolamento e/ou repetitivos da pessoa autismo, desde que os mesmos não se enquadrem nos itens acima.

Por exemplo, o comportamento de girar a roda do carrinho, se é um comportamento que não prejudica a criança, o objeto ou as pessoas ao redor, não consideramos um comportamento indesejado. Temos outras formas de responder ao comportamento solitário da pessoa de girar a roda do carrinho, que cativam a vontade dela de interagir conosco. Para mais informações sobre como iniciar e construir interações com pessoas com autismo, acesse nossos artigos sobre Autismo e responsividade, e Motivação instrínseca na aprendizagem.

Definido o que são comportamentos indesejados, agora podemos ressaltar que todo comportamento existe por um motivo, tem um porquê, e cabe a nós investigar.

 

Investigando os porquês do comportamento indesejável

 

Recomendamos uma “investigação gentil”, sem julgamento sobre os comportamentos observados, pois assim vamos nutrir pensamentos que produzirão respostas mais eficazes na intervenção. Por exemplo, imagine o seguinte comportamento, a pessoa com autismo quebra de forma recorrente brinquedos e em seguida fica fazendo movimentos repetitivos com as pequenas peças. Esse comportamento pode ter diferentes motivos para ocorrer, diferentes funções. Vamos investigar.

 

Função do comportamento: autorregulação

 

Podemos escolher investigar de forma gentil o motivo do comportamento, sem julgamento, analisando o que aconteceu antes: a criança estava brincando sozinha, em nenhum momento falei com ela ou percebi comunicações dela na minha direção. E o que aconteceu depois: a criança ficou mexendo de forma repetitiva nas pequenas peças, como se fizesse uma “chuva”, buscando movimentos que produzissem múltiplos sons e imagens. Ao fazer este comportamento ela pareceu estar minimamente confortável. Após esta análise percebemos que a criança não teve a intenção de comunicar algo para nós e nem de buscar a nossa atenção, ou seja, ela pode estar buscando uma autorregulação com as ferramentas que tem.

Diante desta hipótese o que podemos fazer? Oferecer brinquedos e/ou materiais que tenham a mesma essência de estímulos que ela busca (por exemplo, peças de lego que são pequenas e coloridas), assim estaremos investindo em uma estratégia preventiva ao comportamento indesejado. Neste caso, também será importante realizar um monitoramento da criança, de modo que o adulto não permita que ela destrua os brinquedos, ao mesmo tempo em que oferecerá alternativas com objetos que também sejam motivadores, e que possivelmente levem a interações.

Notem como é fundamental investigar a função do comportamento, e de forma gentil, se tivéssemos julgado este comportamento de quebrar os brinquedos como “desnecessário”, “falta de respeito com meu esforço”, “uma afronta”, “criança mal-criada, que não dá valor ao que tem”, provavelmente não conseguiríamos investigar a causa do comportamento e tão pouco elaborar uma estratégia eficaz.

 

Função do comportamento: comunicação

 

É importante salientar que, não estamos dizendo que todos os comportamentos de quebrar brinquedos têm esta mesma função de autorregulação. E para deixar bem claro, vou narrar o mesmo comportamento sob uma circunstância diferente. Minha criança quebra os brinquedos e faz movimentos repetitivos com as peças. Nesta circunstância, investigando de forma gentil o motivo do comportamento, sem julgamento, analiso o que aconteceu antes: a criança havia pedido para usar o celular do adulto e o mesmo lhe disse “Não!”. Em seguida, a criança começou a quebrar o brinquedo mais próximo. E o que aconteceu depois: a criança ficou mexendo de forma repetitiva nas pequenas peças, com expressão de raiva e/ou desconforto, e quanto mais você falava com ela, mais ela intensificava a ação de quebrar e mexer nas peças.

Após esta análise, percebemos que a criança fez o comportamento indesejado de quebrar o brinquedo com a função de comunicação, pois o comportamento foi realizado após a criança receber uma negativa (um limite). É como se fosse um protesto comunicativo dela na sua direção. Devemos pensar e lembrar que, a criança está fazendo o melhor que pode com o seu atual desenvolvimento para lidar com a frustração de receber uma negativa e com seus desejos e necessidades.

Pensando desta forma, seremos mais empáticos e teremos uma resposta mais eficaz. Explicaremos que não entendemos o porquê desta ação, uma vez que, mesmo que ela quebre algo ela não vai conseguir o usar o celular naquele momento. Com esta explicação calma e clara, a criança perceberá que esta não é uma comunicação eficaz, que não trará benefícios para ela.

Ao mesmo tempo, é super importante demonstrarmos apreciação e realizarmos uma resposta rápida às comunicações desejáveis dela, principalmente quando ela lidar bem com um limite. Apreciar e responder com entusiasmo à flexibilidade dela também é possível! Por exemplo, a criança lhe pede o celular e você diz que não pode lhe emprestar naquele instante, mas que ela pode ver TV. Se ela aceita sua alternativa (mesmo sem esboçar sorrisos), você pode agradecer e rapidamente ligar a TV, dizendo o quanto você fica feliz quando a criança aceita suas ideias.

 

Função do comportamento: busca de reações dos outros

 

E para ratificarmos a importância da análise do precursor do comportamento e de sua função, vamos pensar no mesmo comportamento indesejado, a pessoa com autismo quebra brinquedos. Investigarmos de forma gentil o motivo do comportamento, sem julgamento, analisando o que aconteceu antes: a criança estava buscando iniciar uma interação com os adultos da forma possível para ela, aproximando-se sem gestos e palavras específicas e claras. Os adultos não percebiam esta aproximação física como um ato comunicativo e seguiam suas programações ignorando a criança. E o que aconteceu depois: após a criança quebrar o brinquedo, os adultos se aproximaram dela e lhe deram atenção, tanto explicando que ela não poderia fazer isso, como tentando ensiná-la a brincar com os brinquedos.

Após esta análise, percebemos que a criança fez o comportamento indesejado de quebrar o brinquedo com a função de “buscar reação”, pois ela nota a partir da resposta dos adultos que, nos momentos em que ela quebra algo recebe porções de tempo e atenção, ela quase controla a casa usando um “controle remoto” em que quebra coisas e todos se mobilizam ao seu redor.

Para responder a este comportamento sugerimos que você minimize sua atenção e expressão quando ela quebrar o brinquedo: aproxime-se de forma calma, imponha claramente um limite explicando que ela não pode quebrar os brinquedos, e guarde o brinquedo. Não ofereça uma grande reação emotiva, pois isso poderia ser interessante para a criança e poderia gratificar seu comportamento oferecendo a atenção desejada por ela.

Já que o que a criança quer é atenção, procure dar atenção de qualidade a ela quando ela demonstrar querer sua atenção utilizando alguma comunicação desejável. Por exemplo, quando ela se aproximar de você, tocar gentilmente em você, olhar para você, der um objeto para você, falar sons ou palavras e frases mesmo que você não compreenda totalmente, responda com entusiasmo e expressividade para manter a interação e gratificar a iniciativa social da criança. Assim a criança perceberá que não precisa quebrar brinquedos para ter a atenção do adulto, pode conseguir a atenção quando se aproxima e indica isso de forma desejável.

 

Revisando…

 

Então, recomendamos que, diante de um comportamento indesejado, você:

  • seja um “detetive gentil”, investigue o que aconteceu antes, durante e depois do comportamento, sem julgar o que a pessoa está fazendo.
  • identifique se o comportamento tem função de autorregulação, comunicação ou buscar reações dos outros.
  • construa uma resposta específica baseada na função do comportamento.

Para saber mais sobre como lidar com comportamentos indesejados das pessoas com autismo, assista a seguir à nossa live que foi realizada por Jaqueline França e Vanessa Maioral.

 

 

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Por Lincoln Macedo

Consultor Sênior Trainer da Inspirados pelo Autismo

Autismo e motivação intrínseca na aprendizagem

Você já deve ter escutado a seguinte frase: O cérebro precisa ser emocionado para aprender. Pois bem, não vamos falar de estrutura de cérebro agora, mas é preciso saber que além de promover conexão genuína, está no cérebro uma das principais justificativas que nos fazem oferecer brincadeiras onde a motivação é intrínseca.

Mas o que é motivação?

Motivação é um dos pilares da nossa abordagem e se refere a propor atividades onde haja o envolvimento voluntário da pessoa com autismo. Queremos que a pessoa esteja inspirada e motivada pela interação social e para isso utilizamos algumas técnicas e estratégias que possibilitam que a pessoa com autismo esteja mais ativa na interação e tenha mais motivos para interagir conosco. Por exemplo: demonstrar afinidades de interesse, ser expressivo, utilizar todos os instrumentos do corpo, voz, expressão facial, ser agradável e respeitoso, oferecer comemorações às iniciativas sociais da criança – como olhares, sons, palavras e participações físicas. Usar adereços, óculos, pintura facial e ou chapéus divertidos também são ferramentas que podem estimular a motivação das pessoas com autismo.

Essas técnicas nos ajudam a nos conectar com a pessoa com autismo. Queremos mais do que propor oportunidades de aprendizagem: queremos inspirar pessoas com autismo a desejar mais interações sociais. Logo, fazemos convites divertidos para brincar. E convites não são uma ordem, são convites.

Motivação intrínseca e motivação extrínseca

Antes de falarmos sobre motivação intrínseca, gostaria de falar sobre a motivação extrínseca.

Motivação extrínseca é quando nós, adultos, solicitamos algo à criança diante da condição de que se ela fizer, ela ganhará algo externo. Geralmente o que a criança irá ganhar não tem conexão com a atividade corrente. Por exemplo: Se ela comer os legumes, ganhará sorvete de sobremesa; ou se fizer o dever de casa, poderá jogar vídeo game. Em nenhum desses exemplos nosso objetivo é ajudar a criança a compreender os benefícios e gostar de comer legumes, ou entender e compreender a necessidade e importância do dever de casa.

Vou compartilhar com vocês uma situação pessoal que me ajudou muito a perceber como a motivação intrínseca é a chave para o aprendizado e também nos oportuniza liberdade para desenvolver nosso potencial.

Eu fiz prova de direção duas vezes. Na primeira vez cheguei toda animada, e quando encontrei o fiscal, logo cumprimentei e não tive nenhuma resposta, ele apenas disse “pode começar”. Nenhum sorriso, cumprimento e nenhuma possibilidade de conexão. Resultado: eu sabia dirigir, mas o medo tomou conta e eu afoguei o carro 2 vezes. No segundo exame, quando encontrei um outro fiscal, ele logo perguntou meu nome, e sabendo que eu havia falhado uma vez, logo expressou que eu conseguiria dessa vez. Descobri que ele é avó de um garotinho com autismo, e logo essa afinidade de interesse entre nós tornou a nossa interação muito agradável para ambos. Realizei a prova com  o mesmo empenho da primeira vez, mas dessa vez existia algo diferente, o processo foi muito prazeroso e agradável, o que permitiu que eu entrasse em contato com memórias afetivas positivas, e minha performance me levou a um bom resultado.

 Quando associamos os desafios sociais da pessoa aos seus interesses e ações motivadoras, estamos promovendo e construindo memória afetiva em relação àquele aprendizado. O que nos leva a mais tentativas, respostas espontâneas e generalização de habilidades para outros contextos.

Retomando o exemplo da criança que não queria comer legumes, podemos tornar o ato de comer legumes mais motivador, oferecendo um modelo de alguém que come o legume e fica muito forte, feliz e saudável, e até mesmo associar com ações motivadoras. Por exemplo: quando eu como a cenoura eu fico forte e posso fazer cosquinha na minha criança, ou fico forte para ajuda-la a pular na bola de pilates.

Eu também posso também tornar o momento de fazer o dever de casa muito prazeroso para minha criança ao incorporar o seu personagem preferido e ajudá-la no dever. Fazer variações na voz, na expressão facial, usar chapéus e óculos fazem parte da composição da atividade. Comer legumes e fazer o dever de casa podem ser atividades nas quais a motivação é intrínseca quando ajudamos a criança a ter prazer e gostar da atividade por si, não necessitando de reforçadores externos.

É importante destacar a importância de se usar motivação intrínseca, principalmente nos estágios iniciais de desenvolvimento da criança com autismo, visto que ela pode apresentar como característica o interesse maior por objetos do que por pessoas ou por interações sociais, e utilizar estratégias de motivação extrínseca pode a longo prazo reforçar essa lógica.

Na live a seguir, Vanessa Maioral e Lincoln Macedo conversam sobre elementos que podem ajudar a pessoa com autismo a estar mais motivada durante as atividades realizadas com familiares, profissionais e amigos.

 

Esperamos que essas dicas possam ser úteis e inspiradoras para vocês que estão próximos de pessoas com autismo. Se quiserem saber mais sobre motivação intrínseca e autismo, acompanhe nossas redes sociais pelo Facebook e pelo Instagram.

Por Jaqueline França

Consultora Sênior Trainer da Inspirados pelo Autismo

Autismo e responsividade

O que é responsividade?

Ser responsivo significa ser uma pessoa que responde aos sinais sociais e as iniciativas sociais de forma positiva. De forma mais detalhada, podemos dizer que responsividade é a capacidade de responder rapidamente de modo adequado à situação em questão, validando a comunicação do outro de forma respeitosa. Quando eu sou responsivo eu ofereço qualidade na resposta, ou seja, eu respondo às necessidades físicas, psicológicas e emocionais do outro de forma carinhosa. Eu presto atenção aos sinais, sendo um ouvinte atento ou um telespectador animado.

Um exemplo prático de responsividade seria quando a criança emite um som não claro como “auá” para pedir água e nós respondemos com uma apreciação (por exemplo “Obrigada por falar ‘Auá’ para pedir água”) e rapidamente oferecemos o copo com água. A forma como respondemos essa criança mostra para ela que somos responsivos e estamos prontos a atender suas iniciativas claras ou não claras.

Quais os benefícios da responsividade quando nos relacionamos com pessoas com autismo?

Uma das perguntas mais comuns que nos fazem é:  Quais as vantagens de ser uma pessoa responsiva? E o que costumamos responder é que sendo responsivos, somos o modelo no processo de desenvolvimento, ou seja, a pessoa no espectro do autismo aprende e reproduz o nosso comportamento, porque ela percebe que estamos ali para aumentar o vínculo afetivo, por consequência criamos mais empatia.

A responsividade pode estar presente mesmo em momentos de comportamentos indesejados. Muitas vezes, a pessoa com autismo está em crise – sendo apontada por muitos como um comportamento de birra – e nós não entendemos qual é o MOTIVO. De forma calma e clara, falamos que estamos ali para ajudar e que gostaríamos muito de entender o porque ela está chorando. Podemos também oferecer conforto emocional e até mesmo espaço físico, se necessário e dessa forma, reforçamos a sensação de segurança da pessoa com autismo e podemos ajudá-la a gerenciar melhor suas emoções.

Criar interesses em comum também é um benefício da responsividade, pois os interesses trazem mais repertório de engajamento numa sessão lúdica, por exemplo. E é esse engajamento que irá abrir as portas para o aprendizado de novas habilidades e contribui para o desenvolvimento da pessoa com autismo.

Para concluir, uma ótima reflexão que nos ajuda a visualizar como a responsividade pode ser uma ferramenta poderosa no desenvolvimento de pessoas com autismo, é quando nos lembramos que mesmo pessoas neurotípicas se sentem muito mais compelidas a se envolver em atividades quando sentem que suas necessidades e demandas são acolhidas com compreensão e afeto.  Nunca devemos esquecer que a vida floresce mais bela quando sentimos que as pessoas nos entendem, nos validam e nos amam.

Lincoln Macedo e Jaqueline França dão dicas nesta live da Inspirados pelo Autismo sobre como ser responsivo com sua criança com autismo.

Esperamos que essas dicas possam ser úteis e inspiradoras para vocês que estão próximos de pessoas com autismo. Se quiser saber mais sobre responsividade e autismo, acompanhe nossas redes sociais pelo Facebook e pelo Instagram.

Por Vanessa Maioral

Consultora Sênior Trainer da Inspirados pelo Autismo

Autismo infantil

Nova pesquisa reforça descobertas para o diagnóstico do autismo infantil a partir da análise de líquidos cerebrais

Autismo infantil
Ressonância magnética de um bebê de seis meses diagnosticado com TEA aos dois anos (à direita) e cérebro de um bebê neurotípico (à esquerda). Carolina Institute for Developmental Disabilities (UNC-Chapel Hill)

Uma nova pesquisa publicada na revista Biological Psychiatry apresenta resultados que podem significar avanços no diagnóstico do autismo infantil a partir da análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor. O estudo foi conduzido por pesquisadores do UC Davis MIND Institute, da Universidade da Carolina do Norte (UNC), junto a outras instituições americanas.

Segundo a pesquisa, a distribuição alterada de líquido cefalorraquidiano em crianças pode prever se elas vão desenvolver o transtorno do espectro autista (TEA). A análise do líquido cefalorraquidiano por meio de ressonâncias magnéticas consiste num possível marcador precoce capaz de indicar chances de desenvolvimento do autismo em bebês a partir dos seis meses de idade.

“Normalmente, o autismo é diagnosticado quando a criança tem dois ou três anos de idade e começa a mostrar sintomas comportamentais, atualmente não há marcadores biológicos precoces”, afirma David Amaral, diretor de pesquisa do UC Davis MIND Institute. Para David Amaral, “a existência de uma alteração na distribuição de fluido cerebrospinal que podemos ver em ressonâncias magnéticas tão cedo quanto seis meses é uma descoberta importante.”

Produzido pelo cérebro, o líquido cefalorraquidiano tem a função de absorver os impactos, evitando assim que o cérebro se choque com o crânio. O papel do líquido cefalorraquidiano, porém, pode ir mais além de seu papel como amortecedor cerebral. Estudos recentes têm mostrado que este líquido pode ter uma função no controle da migração neural e de outros mecanismos associados ao desenvolvimento cerebral, como a eliminação de moléculas “danosas”.

Para Mark Shen, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, “O líquido cefalorraquidiano é como o sistema de filtragem no cérebro. À medida que o LCR circula pelo cérebro, ele elimina partículas de resíduos que, de outra forma, se acumulariam. Acreditamos que o LCR extra-axial é um sinal precoce de que o líquido cefalorraquidiano não está sendo filtrado e drenado quando deveria. O resultado é que poderia haver um acúmulo de neuro-inflamação que não está sendo eliminada.”

O novo estudo confirma os resultados de pesquisa anteriormente realizada no MIND Institute em que foi observado em lactentes com aumento do líquido cefalorraquidiano no espaço subaracnóideo (perto do perímetro do cérebro) um maior risco de desenvolver o autismo. O presente estudo procurou validar os resultados anteriores em uma amostra maior de bebês no Infant Brain Imaging Study (IBIS), uma rede nacional de pesquisa de instituições como a UNC, a Washington University, o Children’s Hospital da Filadélfia e a University of Washington.

Para testar se o líquido cefalorraquidiano pode indicar risco aumentado de desenvolvimento do transtorno do espectro autista, os pesquisadores examinaram ressonâncias magnéticas de 343 bebês aos 6, 12 e 24 meses de idade. Neste grupo, 221 bebês tinham irmãos mais velhos com autismo e, portanto, tinham maior risco de desenvolver o transtorno. Os outros 122 sujeitos não tinham antecedentes familiares.

Os bebês que mais tarde desenvolveram o TEA apresentaram significativamente mais líquido cefalorraquidiano subaracnóide aos seis meses do que aqueles que não desenvolveram o transtorno. Entre os bebês de alto risco, aqueles que foram diagnosticados com autismo tiveram 18% mais do LCR subaracnóide. Estas medidas predisseram autismo no grupo de alto risco com cerca de 70% de precisão.

“Quanto mais líquido cefalorraquidiano extra-axial presente aos seis meses, mais graves os sintomas de autismo quando as crianças foram diagnosticadas aos 24 meses de idade”, observou Shen.

Os pesquisadores explicam, contudo, que determinar biomarcadores para o autismo, ou qualquer desordem, pode ser um processo complicado. Muitas vezes, os resultados iniciais dos estudos não são replicados em pesquisas subsequentes. O fato de o estudo atual confirmar a descoberta anterior é um passo significativo no processo de determinação de biomarcadores para o autismo, embora ainda existam muitas perguntas não respondidas sobre essa questão. Por exemplo, os pesquisadores não sabem se o acúmulo de LCR contribui para o autismo ou se é simplesmente um efeito de outra causa ainda desconhecida.

Além disso, o biomarcador não é “sensível” o suficiente para dizer com certeza se uma criança vai desenvolver autismo. No entanto, a ligação aparente entre o aumento do líquido cefalorraquidiano e o autismo pode ter um impacto clínico significativo. Em última análise, com mais estudos nessa área, acredita-se que o líquido cefalorraquidiano poderia ajudar a avaliar o risco de uma criança desenvolver TEA e, possivelmente, outros distúrbios neurológicos.

Compartilhe essa nova descoberta científica com seus familiares, amigos e colegas de trabalho e ajude na disseminação de informações sobre o autismo.

Quer saber mais sobre o autismo? Leia sobre o TEA em nosso site e encomende o livro “Dez Coisas que Toda Criança com Autismo Gostaria que Você Soubesse”, de autoria de Ellen Notbohm.

Nova metodologia orienta pais no tratamento de crianças com autismo com resultados positivos, afirma recente pesquisa britânica

 

Recente pesquisa publicada pelo jornal médico The Lancelot sobre nova metodologia que orienta pais no tratamento precoce de crianças com autismo tem resultados surpreendentes, trazendo melhorias no desenvolvimento das crianças, inclusive a longo prazo.

Isto é o que afirma também o jornal britânico The Guardian, que considera os resultados da nova pesquisa um avanço potencial no tratamento de crianças com autismo, beneficiando milhares de famílias.

Realizado no Reino Unido, o estudo envolveu 152 crianças de dois a quatro anos com autismo, muitas delas diagnosticadas com autismo severo e grandes dificuldades de comunicação. As crianças foram divididas em dois grupos, um grupo de controle e um grupo que recebeu a intervenção. As crianças do grupo de controle tiveram acesso às terapias tradicionais para o autismo, enquanto o segundo grupo recebeu o tratamento em estudo, denominado Preschool Autism Communication Trial (PACT).

Ao longo da pesquisa, os pais foram treinados para entender melhor as suas crianças e saber como interagir com elas. Os pais frequentaram duas vezes por semana, durante seis meses, uma clínica em que eram filmados em sessões com seus filhos, junto a uma caixa de brinquedos. Os pais participaram das sessões e depois assistiram aos vídeos destas sessões para reconhecer oportunidades de interação a partir de sinais das crianças mostrados nas gravações feitas. Por exemplo, alguns desses sinais seriam a criança oferecer um brinquedo ou fazer um som que poderia ser interpretado como um pedido oral. Logo, se uma criança oferecia um brinquedo, o pai era orientado a retribuir essa ação. Se a criança dissesse uma palavra, o pai poderia repetir essa palavra e acrescentar algo mais. Os pais foram orientados a dar continuidade a essas práticas em casa, no dia a dia.

Os primeiros resultados da nova terapia puderam ser notados pelos pesquisadores no final do primeiro ano de tratamento. O impacto mais significativo da terapia, entretanto, foi observado ao longo dos seis anos seguintes. Na fase inicial da pesquisa, 50% das crianças no grupo controle que não receberam o novo tratamento e 55% das crianças que participaram da nova terapia foram diagnosticadas com autismo severo. As crianças do grupo que recebeu a intervenção, contudo, obtiveram melhora em seu quadro, com a diminuição de parte dos sintomas. Na conclusão do estudo, 63% das crianças no grupo de controle foram diagnosticas com autismo severo, em comparação com 46% das crianças do grupo que recebeu a intervenção.

Segundo os pesquisadores, a comunicação das crianças com seus pais foi aprimorada no final dos seis anos do estudo. Os pais relataram também melhorias nas relações de seus filhos com autismo com outras crianças, na comunicação social e nos comportamentos repetitivos. Não foram observadas mudanças significativas, contudo, quanto aos comportamentos indesejados ou aos quadros de depressão e de ansiedade nas crianças com autismo, sendo que, nestes casos, as crianças ainda precisariam de muito apoio durante seu desenvolvimento.

“A vantagem desta abordagem em relação a uma intervenção direta entre o terapeuta e a criança é que ela tem potencial para afetar a vida cotidiana da criança”, afirmou o professor Jonathan Green, da Universidade de Manchester, que conduziu o estudo. “Nossas descobertas são encorajadoras, pois representam uma melhora nos principais sintomas de autismo anteriormente vistos como muito resistentes à mudança. 

Para o Professor Jonathan Green,“Isso não é uma cura, no sentido de que as crianças que demonstraram melhorias ainda mostrarão os sintomas remanescentes em uma extensão variável, mas sugere que trabalhar com os pais para interagir com seus filhos desta maneira pode levar a melhorias nos sintomas a longo prazo.”

Na reportagem publicada pela rede britânica BBC sobre a pesquisa, Louisa, mãe de Frank, conta que foi possível notar, paulatinamente, que as crianças começaram a expandir suas habilidades de comunicação durante o tratamento. “Você percebe coisas que não perceberia em tempo real. Coisas como esperar, dar a Frank tempo o bastante para se comunicar e comentar em vez de questioná-lo, de forma a não pressioná-lo para responder.” Louisa ainda comenta, “A equipe que me ofereceu o treinamento para aprimorar minhas habilidades confiava na minha percepção sobre o que mais interessava o meu filho.”

Tracey, mãe de Aaron, conta que os pesquisadores a encorajaram a brincar do que o filho gostava de brincar e a permitir que ele guiasse a brincadeira. Quando assitiam ao vídeo da brincadeira, os pesquisadores sugeriam para Tracey ações que em momentos similares promoveriam as habilidades sociais de Aaron.

Já para Adumea, mãe de Kofi, outra criança que também participou do estudo, “O poder dessa terapia é o fato de que se estende além da hora que você passa na sala do terapeuta porque vai para dentro de casa. É implantada na vida familiar e no jeito como você se comunica com seus filhos”. Adumea ainda ressalta, “E, como disse o Professor Green, isso envolve a vida familiar e a maneira como você se comunica com seus filhos e, a partir do que você aprende com isso, você pode então dizer às escolas: ‘Isto está funcionando, tente isso’ “.

A Inspirados pelo Autismo foca em orientar os pais de crianças com autismo para que eles promovam as habilidades sociais de seus filhos, inclusive em atividades da vida diária em casa. Promovemos cursos de três dias para pais e profissionais para ensinar técnicas práticas para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo em áreas como comunicação, flexibilidade, comportamentos indesejados e atividades de vida diária. Oferecemos também cursos específicos sobre educação inclusiva que podem capacitar pais, professores e demais profissionais a apoiar projetos de inclusão escolar para pessoas com autismo. Leia em nosso site depoimentos sobre os nossos cursos e participe conosco!

Apoios visuais produzidos por um casal de pais ajudam crianças com autismo nas tarefas do dia a dia

Adriana Godoy é mãe, cantora profissional e uma pessoa super inspirada que, junto ao marido desenhista, elaborou uma série com excelentes apoios visuais para ajudar pessoas com autismo em seu dia a dia.

Chamados pelo casal de desenhos roteirizados, os materiais são uma eficaz ferramenta para ajudar pessoas com a autismo a compreender e internalizar situações cotidianas.

Segundo os autores, o uso dos desenhos roteirizados pode ajudar pessoas com autismo a organizar ideias e planejar atividades, colaborando para minimizar comportamentos indesejados e facilitando a autonomia, a aquisição de habilidades e o desenvolvimento das funções cognitivas.

Os desenhos roteirizados podem ser baixados gratuitamente no site Autismo Projeto Integrar e então podem ser impressos pelas famílias e profissionais em suas próprias impressoras. Os desenhos roteirizados estão divididos em categorias como higiene (banho, escovação dos dentes, corte de unhas e de cabelo, uso do vaso sanitário), cotidiano (acordar, ir para escola, vestir, despir, dormir), comportamento (cuspir, morder, se jogar no chão) e inclusão escolar (férias, aulas da semana, agenda de aulas, etc.).

Conheça mais sobre a trajetória da Adriana e de sua família assistindo a palestra que ela conduziu durante o evento TEDx. Nessa palestra, Adriana estabelece uma interessante analogia entre o universo da música e o mundo do autismo e leva a importantes reflexões sobre como de fato podemos integrar as pessoas com autismo na escola e na sociedade:

Conheça os desenhos roteirizados do Autismo Projeto Integrar e curta a fanpage do projeto no Facebook! Acessando o blog do projeto é possível também se cadastrar para receber os informativos.

Conte para nós quais desenhos foram mais úteis para você e como eles ajudaram a criança, adolescente ou adulto com autismo próximo a você! Compartilhe essa notícia com seus familiares e amigos e divulgue o trabalho do Autismo Projeto Integrar!

Lembramos que as imagens existentes no blog do Autismo Projeto Integrar têm direitos reservados, distribuição gratuita e foram produzidos por Neimer Gianvechio. Para mais informações sobre o projeto, por favor, entre em contato com a Adriana.

Formas de pensamento e autismo

Vídeos de Temple Grandin ajudarão você a entender melhor o pensamento das pessoas com autismo

Muitos pais e profissionais que convivem com pessoas com autismo já ouviram falar em Temple Grandin. Esta norte-americana, hoje uma jovem senhora com 68 anos, foi diagnosticada com autismo na década de 50. Ao longo de sua fantástica trajetória de vida, Temple Grandin escreveu livros, inspirou filmes e tem figurado como uma importante porta-voz sobre o autismo no mundo.

Temple Grandin foi capaz de superar suas dificuldades para tornar-se uma das mais bem sucedidas profissionais no universo das pessoas com características do espectro do autismo nos EUA. Ela não só dedicou parte de sua vida a disseminar informações e novas ideias sobre o autismo, mas também tornou-se PhD em Zootecnia, sendo considerada uma das mais célebres e revolucionárias Zootecnistas no segmento de manejo agropecuário – Temple Grandin implantou novas práticas no manejo do gado, por exemplo, a partir das observações que ela fez sobre o comportamento e a percepção espacial que estes animais têm em relação ao meio que os circunda.

Temple Grandin já foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes no mundo, segundo a revista americana Times, e continua em atividade: ela lançou recentemente o livro “O Cérebro Autista” e mantém atualizado um rico e detalhado site (na Língua Inglesa) sobre sua história, suas crenças e suas colaborações para a melhoria na qualidade de vida das pessoas com autismo.

Nos dois vídeos abaixo (legendados na Língua Portuguesa) Temple Grandin oferece um relato emocionante sobre a sua vida e a sua carreira. Ela menciona o filme rodado recentemente em sua homenagem, fala como superou suas dificuldades na infância e conta com carinho especial como o seu professor de ciências foi capaz de impulsionar seu desenvolvimento e seu aprendizado na escola ao compreender sua forma de pensamento e ao apostar em seus pontos fortes.

Os vídeos vão ajudar você a compreender as diferentes formas de pensamento existentes (e a entender como todas essas formas de pensamento são importantes para a nossa sociedade), além de chamar a atenção de pais, professores e profissionais para a necessidade de aproveitar os interesses e motivações das pessoas com autismo para construir interações e auxiliá-las a desenvolver as suas habilidades e a alcançar todas as suas potencialidades. Veja:

O que você achou da palestra de Temple Grandin no TED? Convide os seus amigos e familiares a assistir essa palestra e a aprender sobre os diferentes tipos de pensamento existentes!

Saiba mais sobre o livro “O Cérebro Autista”, de autoria de Temple Grandin, e conheça também em nosso site outras publicações sobre autismo que vão ajudar você a obter mais conhecimento sobre este importante assunto.

Rolar para cima

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.