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Almoço de família com criança com autismo

Dicas para festas de fim de ano para pessoas com autismo – parte 1

Preparamos algumas dicas especiais para que a sua criança, adolescente ou adulto com autismo possa aproveitar as festividades do final do ano ao máximo e desfrutar deste momento em família.

Antecipação

Fogos de artificio e crianças com autismoPara que a pessoa com autismo possa se preparar para as festas e a rotina do fim de ano, você poderá lhe mostrar um calendário e contar que estamos em dezembro e que as festividades ocorrerão no fim do mês.

Mostre quantas semanas ou dias faltam, explique onde, quando e com quem vocês estarão, e use elementos visuais para rememorar a ocasião. Você poderá usar figuras de revistas ou da internet alusivas ao Natal e o Réveillon, mostrar fotos de anos passados ou colocar músicas que lembrem festas anteriores.

Explique à pessoa com autismo quais as diferenças entre as festividades anteriores e a prevista para esse ano, para que ela não espere encontrar exatamente a mesma comemoração (local, rota, presentes, comidas e pessoas podem variar de um ano para outro, certo?).

Transmita empolgação e confiança em relação aos eventos e explique que eles são momentos especiais para estarmos junto da família!

Repita essa antecipação nas semanas seguintes, para que a pessoa com autismo esteja preparada.

Preparação

Na véspera das festas, vocês poderão tornar a proximidade dos eventos mais concreta, e a pessoa com autismo poderá lhe ajudar a escolher a decoração e os presentes. Em vez de bolas de natal mais frágeis e outros adornos que exigirão muitos cuidados, você poderá optar por objetos alternativos, feitos de plástico ou materiais mais resistentes.

Os preparativos poderão tornar-se até uma atividade divertida entre vocês. Pense em coisas que a sua pessoa com autismo gosta de fazer e veja como encaixar isso numa atividade relacionada às festas. Por exemplo, se a sua criança gosta de desenhar, ela pode confeccionar desenhos para os familiares, que podem ser dobrados e enrolados com fitas e colocados debaixo da árvore de Natal. Confeccionar e preparar pequenos presentes pode ser uma maneira interessante de incentivar a socialização com os outros membros da família: use a simplicidade e abuse da criatividade, lembrando que a experiência será válida se envolver alguma coisa que a criança realmente goste de fazer.

Se a criança gosta de determinados personagens, vocês poderão usá-los como parte da decoração, ou você poderá vestir-se como o personagem que, junto com a criança, tem a missão de arrumar a casa para a chegada dos outros familiares.

Vocês também poderão escolher juntos uma roupa motivadora e confortável e já deixá-la separada, para que a criança, adolescente ou adulto saiba que o dia está de fato chegando.

Barulho de fogos de artifício para crianças com autismoNa passagem do ano, na maioria dos lugares, temos inevitavelmente os fogos de artifício. Para que a pessoa com autismo fique mais tranquila frente a este estímulo, você poderá prepará-la, explicando o motivo e o momento em que as pessoas soltam fogos (por exemplo, estão felizes com a chegada do novo ano) e mostrando imagens ou vídeos de fogos e festas de Réveillon no Youtube (sem o áudio ou com o volume bem baixo, caso a criança já tenha receio quanto ao barulho). No dia da festa, vocês poderão pensar em usar um grande fone de ouvido, daqueles que cobrem toda a orelha (veja foto ao lado) e escolher uma música que a criança goste para colocar já nos minutos anteriores à hora da virada do ano. Vocês poderão buscar também um local mais isolado para os minutos de foguetório. Esse local pode ser um cômodo mais protegido da casa ou mesmo o carro da família que, com os vidros fechados, poderá abafar os ruídos externos. Caso a criança goste de alguma dessas ideias, deixe tudo previamente explicado para ela, isso pode tranquilizá-la!

Troque mensagens e converse previamente com sua família, amigos e com os demais convidados da festa. Enalteça as conquistas e desenvolvimentos recentes de sua criança e explique os atuais desafios. Isso pode ser importante para o dia da festa, pois vocês saberão enquanto grupo o que fazer para prevenir ou lidar com determinadas situações.

No dia da festa

Amoço de família com criança com autismoVocê poderá criar um quadro visual do dia da festa, com todos os acontecimentos. Por exemplo, você pode usar imagens da criança tomando banho, colocando a roupa já escolhida, entrando no carro e chegando na casa da vovó. Pode acrescentar que vocês encontrarão os tios, primos e avós, que comerão na mesa e que só depois abrirão os presentes. Use fotos e desenhos que facilitem a compreensão dos episódios.

Sabemos que muitas pessoas com autismo têm grande sensibilidade sensorial, então, lembre-se destas sensibilidades e busque adaptar o máximo quanto possível o ambiente da festa. Tem algum alimento cujo odor ou textura incomoda a criança? Como serão os ruídos? Se for possível, deixe estabelecido um espaço ninho (ou seja, um cômodo na casa onde ocorrerá a festa) que poderá conter menos estímulos sensoriais e ser usado para que a criança descanse ou se acalme, se ela precisar. Você pode levar alguns objetos de conforto, como brinquedos ou quaisquer outras coisas de que a sua criança goste e alocá-los nesse espaço, para que ela tenha um ambiente alternativo ao da festa. A ideia não é que a pessoa com autismo deixe de participar da festividade, mas sabemos que a rotina dela estará alterada e o que o ambiente estará repleto de novos estímulos, então queremos que ela se sinta segura e confortável sabendo que terá um espaço mais tranquilo, se precisar dele.

Caso a sua criança esteja fazendo uma dieta ou tenha restrições alimentares, uma ideia é preparar cuidadosamente os seus alimentos e tê-los à mão na hora da festa. Você poderá escolher as receitas que a sua criança mais gosta ou tentar preparar seus alimentos de forma que eles se pareçam com os quem serão servidos para o resto da família: todo mundo estará aproveitando a parte gastronômica das festividades e não queremos que a pessoa com autismo fique de fora!

Se você sabe que, mesmo preparando os alimentos de sua criança para que sejam muito similares em aparência e sabor em relação aos outros que serão oferecidos na festa, ela provavelmente tentará experimentar os alimentos que não pode ingerir, neste caso procure alimentar sua criança antes de ir à festa ou antes da hora da refeição da família. Alguns pais de crianças com autismo utilizam a alternativa de sediar as festividades de sua família de forma a ter mais controle em relação ao ambiente físico, ao número de pessoas convidadas e à própria comida que será servida.

Procure tornar a experiência das festividades de final de ano uma experiência menos desafiadora para você e para sua criança. Ao invés de forçar a criança a usar uma roupa nova que ela não quer vestir, permita que ela escolha a roupa, mesmo que seja a mesma roupa que ela tem usado regularmente há meses! O conforto de sua criança é mais importante do que o que os outros vão pensar sobre a vestimenta dela na festa. Quanto mais confortável a criança estiver, mais calma ela poderá ficar para lidar com os desafios das festas e para participar da diversão.

Lembre-se de apreciar e comemorar comportamentos e iniciativas positivas de sua criança, adolescente e adulto! Não deixe que o foco esteja apenas em conter eventuais comportamentos inadequados e valorize os talentos e as habilidades que a pessoa com autismo demonstrar!

Festeje!

Veja mais dicas sobre as festas do final de ano para pessoas com autismo.

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Família cozinhando

Dicas para festas de fim de ano para pessoas com autismo – parte 2

As festas de fim de ano são momentos de integração com familiares e amigos, mudanças na rotina e muitas novidades. Encontramos um artigo muito inspirador da Alicia Burns, mãe do Marco, e gostaríamos de compartilhar um pouco da história deles com vocês.

Alicia conta que nas festas de fim de ano ela e a família costumam viajar por muitos quilômetros, ficar em casas de parentes e entrar em contato com os avós, tios e primos de Marco. Para que seu filho Marco possa sentir-se confortável nesse período, Alicia já vinha aplicando algumas ideias práticas, tais como:

  • incluir o Marco na preparação da viagem, por exemplo, no planejamento da viagem e na preparação das malas;
  • propiciar previsibilidade dos acontecimentos, explicando a Marco quem estará nas festas, para onde eles irão e que tipo de coisas farão;
  • preparar alimentos sem glúten e sem caseína para compartilhar com a família;
  • informar a família sobre as atuais habilidades e desafios do desenvolvimento de Marco, para que todos possam ajudar.

Além disso, Alicia já tinha recebido a recomendação de encontrar um papel específico para Marco durante as festas, para que ele pudesse se integrar à reunião em família de uma forma participativa, para que os familiares o vissem sob um novo ponto de vista, e para que o próprio Marco se sentisse menos ansioso e mais autoconfiante.

Esse papel poderia ser, por exemplo, ajudar os parentes com seus casacos quando eles chegassem ao local da festa (Alicia mora no Hemisfério Norte e lá faz frio durante o fim de ano). Outras possibilidades eram Marco ajudar na colocação da mesa de jantar, ajudar a encher os copos das pessoas com água ou a fazer um brinde durante a ceia.

Acontece que Alicia não estava muito segura sobre essa ideia de dar a Marco um papel específico e pré-determinado durante a festa. Ela tentou colocar essa ideia em prática por muitos anos, sugerindo que Marco assumisse um papel especial durante as festas em família, mas o que ela notava é que a iniciativa acabava gerando o efeito oposto, com Marco sentindo-se mais ansioso e menos conectado com as pessoas presentes.

Foi então que Alicia percebeu que os momentos mágicos em que Marco poderia integrar-se com os avós, tios, primos e primas aconteciam justamente quando ela deixava de lado os planos e técnicas pré-concebidas para integrá-lo. Alicia foi percebendo também com o tempo que de fato as situações em grupo eram verdadeiramente desafiadoras para Marco, e exigiam uma nova abordagem, uma nova forma de oferecer suporte e encorajamento a Marco, sem apegar-se às atividades planejadas. Surgiu então a ideia de usar uma abordagem criada por Julie Sando e que se chama “brincadeira natural”.

Nesse tipo de abordagem, a ideia é “criar espaço” para a participação da criança com autismo, em vez de criar papéis específicos para a criança desempenhar ao longo das festividades. É como se você oferecesse uma oportunidade de participação para a criança numa determinada atividade e estivesse aberto o suficiente para receber genuinamente qualquer tipo de resposta vinda dela.

Família cozinhandoAlicia nos dá alguns exemplos de como isso funcionou na prática nas festas de fim de ano de sua família. Ela conta que a família se reúne normalmente na cozinha para a preparação da comida, e que Marco gosta de ficar por ali (já que há tanta comida gostosa para beliscar). Numa dessas situações, Marco está próximo à cozinha, desenhando em seu computador. Alicia está começando a preparar um purê de batatas, e ela tem dois pratos com batatas cozidas que ela irá colocar no processador.

Alicia observa Marco, e realiza a sua tarefa devagar, com calma. Ela sabe que existem muitas chances de Marco se interessar em participar com ela do processo, pois ele já conhece essa atividade e costuma gostar de ajudar a colocar alimentos no processador. Contudo, Alicia diz que se sentirá bem mesmo se ele não participar, pois ela entende que Marco está numa brincadeira/atividade solitária naquele momento em seu computador, algo que todos nós fazemos em nosso dia a dia (além do mais, ela está feliz por ter o filho por perto, e isso já a satisfaz).

A irmã de Alicia também está na cozinha. Ela está cortando alguns legumes. Seguindo a mesma ideia da brincadeira natural, a irmã de Alicia coloca um outro talher junto de uma segunda tábua de cozinha, caso Marco queira ajudá-la com os legumes. Marco decide juntar-se à tia, não para cortar os legumes, mas para experimentar alguns. A irmã de Alicia decide então fazer o mesmo que Marco e, juntos, eles começam a provar alguns dos legumes já cortados. A irmã de Alicia pega um pouco do molho que ela já havia preparado para os legumes e os dois experimentam um pouco da comida, fazendo uma brincadeira/atividade em paralelo.

Enquanto todos ajudam na cozinha, a prima de Marco, com quem ele costuma ter bastante afinidade, está arrumando alguns biscoitos. Ela abre o primeiro pacote e o despeja numa tigela. Isso chama a atenção dele. A prima então “cria espaço” para Marco na atividade, e deixa disponível um segundo pacote de biscoitos para que ele possa fazer o mesmo que ela, caso deseje. Depois, a prima de Marco começa a colocar os biscoitos num prato, e eles alternam a arrumação dos biscoitos. Para possibilitar a participação de Marco na atividade, sua prima coloca os biscoitos vagarosamente, faz pausas aqui e ali, e age de uma maneira divertida e brincalhona, sempre abrindo espaço para que Marco possa integrar-se espontaneamente na atividade. Marco e sua prima estão no que Julie Sando chama de brincadeira ou atividade associativa. Quando Marco participa o suficiente da arrumação dos biscoitos e deseja parar, ele volta ao seu computador e à sua atividade solitária de desenhar.

A vantagem de “criar espaço” para a criança nas atividades em vez de dar a ela um papel específico durante as festividades é que, quando determinada atividade termina, não se tem aquela sensação de, “E agora, o que eu faço?” Além disso, ao criar o espaço para a criança, ela se sente mais livre para engajar-se na atividade e para deixá-la de lado, de acordo com seu próprio interesse e nível de conforto.

Alicia resume outras características e possíveis benefícios desse tipo de abordagem:

  • a criação de espaço (ou de oportunidade) para sua criança com autismo é um estilo de ação – essa forma de agir pode ser usada em qualquer lugar e a qualquer hora. Ela possibilita que os adultos possam agir de forma espontânea e flexível;
  • é fácil criar um modelo desse tipo de abordagem e compartilhá-lo com os parentes, desde que eles consigam captar “o espírito da coisa”. Os familiares e amigos, mantendo-se calmos e atentos, podem observar as situações, criar pausas e estar abertos a quaisquer respostas que venham da criança;
  • a criação do espaço possibilita que a criança com autismo tome a iniciativa, o que pode ser um grande aprendizado para ela. Com o tempo, a criança pode tornar-se mais confiante ao tomar a iniciativa em situações sociais;
  • a criação do espaço é uma abordagem que reduz a ansiedade de todas as pessoas presentes nas festividades, e propicia um clima com menos pressão e menos expectativas entre os familiares;
  • a criação do espaço permite que a criança aprenda através da observação do ambiente, o que Julie Sando denomina de “brincadeira de espectador“.

Você gostou da história de Alicia e de Marco e acha que ela pode ser útil para a sua criança com autismo nas festas de ano novo que se aproximam? Conte para nós!

Para saber mais sobre como ajudar as crianças com autismo nas festas de fim de ano, leia também o nosso artigo com dicas práticas sobre como lidar com as mudanças na rotina, o barulho e os fogos de artifício.

Para ler o artigo original em inglês sobre a história de Alicia e Marco, acesse a Revista Autism File de dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Participe de um de nossos cursos sobre como promover o bem-estar e o desenvolvimento de pessoas com autismo.

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Dicas para festas para crianças com autismo: o dia da festa

Depois de toda a preparação para a festa, finalmente chegou o grande dia. (Veja nossa página sobre a antecipação e a preparação para festas para crianças com autismo.)

Você poderá criar um quadro visual do dia da festa, com todos os acontecimentos. Por exemplo, você poderá usar imagens da criança tomando banho, colocando a roupa já escolhida, entrando no carro e chegando ao local da festa. Você poderá acrescentar que vocês encontrarão os amigos, tios, primos e avós, que comerão coisas gostosas e que abrirão os presentes (caso a festa em questão seja o aniversário da pessoa com autismo ou o Natal). Use fotos e desenhos que facilitem a compreensão dos episódios.

Sabemos que muitas pessoas com autismo têm diferentes padrões de sensibilidade sensorial, então, lembre-se destas sensibilidades e busque adaptar o máximo quanto possível o ambiente da festa. Tem algum alimento cujo odor ou textura incomoda a criança? Como serão os ruídos? Se for possível, deixe estabelecido um espaço ninho (ou seja, um cômodo na casa onde ocorrerá a festa) que poderá conter menos estímulos sensoriais e ser usado para que a criança descanse ou se acalme, se ela precisar. Você pode levar alguns objetos de conforto, como brinquedos ou quaisquer outras coisas de que a sua criança goste e alocá-los nesse espaço, para que ela tenha um ambiente alternativo ao da festa. A ideia não é que a pessoa com autismo deixe de participar da festividade, mas sabemos que a rotina dela estará alterada e o que o ambiente estará repleto de novos estímulos, então, queremos que ela se sinta segura e confortável sabendo que terá um espaço mais tranquilo, se precisar dele.

Caso a sua criança esteja fazendo uma dieta ou tenha restrições alimentares, uma ideia é preparar cuidadosamente os seus alimentos e tê-los à mão na hora da festa. Você poderá escolher as receitas que a sua criança mais gosta ou tentar preparar seus alimentos de forma que eles se pareçam com os quem serão servidos para o resto da família: todo mundo estará aproveitando a parte gastronômica das festividades e não queremos que a pessoa com autismo fique de fora!

Se você sabe que, mesmo preparando os alimentos de sua criança para que sejam muito similares em aparência e sabor em relação aos outros que serão oferecidos na festa, ela provavelmente tentará experimentar os alimentos que não pode ingerir, neste caso procure alimentar sua criança antes de ir à festa ou antes da hora da refeição da família. Alguns pais de crianças com autismo utilizam a alternativa de sediar as festividades de sua família de forma a ter mais controle em relação ao ambiente físico, ao número de pessoas convidadas e à própria comida que será servida.

Procure tornar as festividades uma experiência menos desafiadora para você e para sua criança. Ao invés de forçar a criança a usar uma roupa nova que ela não quer vestir, permita que ela escolha a roupa, mesmo que seja a mesma roupa que ela tem usado regularmente há meses! O conforto de sua criança é mais importante do que o que os outros vão pensar sobre a vestimenta dela na festa. Quanto mais confortável a criança estiver, mais calma ela poderá ficar para lidar com os desafios das festas e para participar da diversão.

Lembre-se de apreciar e comemorar comportamentos e iniciativas positivas de sua criança, adolescente e adulto! Não deixe que o foco esteja apenas em conter eventuais comportamentos inadequados e valorize os talentos e as habilidades que a pessoa com autismo demonstrar!

Festeje!

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Dicas para festas para pessoas com autismo: antecipação e preparação

Uma das dificuldades enfrentadas por pessoas dentro do espectro de autismo é lidar com os imprevistos das festas de familiares, de amigos ou de seus próprios aniversários. Segue abaixo algumas dicas para festas para pessoas com autismo.

Para que a pessoa com autismo possa se preparar para festas, você poderá lhe mostrar um calendário e contar os dias até a festividade. Mostre quantas semanas ou dias faltam, explique onde, quando e com quem vocês estarão, e use elementos visuais para rememorar a ocasião. Você poderá usar figuras de revistas ou da internet, mostrar fotos de outras festas ou colocar músicas que lembrem festas anteriores.

Explique à pessoa com autismo quais as diferenças entre as festividades anteriores e a prevista para esse ano, para que ela não espere encontrar exatamente a mesma comemoração (local, rota, presentes, comidas e pessoas podem variar de uma festa para outro, certo?).

Transmita empolgação e confiança em relação aos eventos e explique que eles são momentos especiais para estar junto da família e dos amigos!

Repita essa antecipação com frequência, para que a pessoa com autismo esteja preparada.

Na véspera da festa, vocês poderão tornar a proximidade do evento mais concreta, e a pessoa com autismo poderá lhe ajudar a escolher os enfeites, as roupas e o presente. Em vez de enfeites mais frágeis e outros adornos que exigirão muitos cuidados, você poderá optar por objetos alternativos, feitos de plástico ou materiais mais resistentes.

Os preparativos poderão tornar-se até uma atividade divertida entre vocês. Pense em coisas que a pessoa com autismo gosta de fazer e veja como encaixar isso numa atividade relacionada à festa. Por exemplo, se a sua criança gosta de desenhar, ela pode confeccionar desenhos para os familiares, que podem ser dobrados, enrolados com fitas e dados de presente. Confeccionar e preparar as lembrancinhas pode ser uma maneira interessante de incentivar a socialização com os outros membros da família: use a simplicidade e abuse da criatividade, lembrando que a experiência será válida se envolver alguma coisa que a pessoa realmente goste de fazer.

Se a criança gosta de determinados personagens, vocês poderão usá-los como parte da decoração, ou você poderá vestir-se como o personagem que, junto com a criança, tem a missão de arrumar a casa para a chegada dos amigos e outros familiares.

Vocês também poderão escolher juntos uma roupa motivadora e confortável e já deixá-la separada, para que a criança, adolescente ou adulto saiba que o dia está de fato chegando.

Em algumas festas temos os fogos de artifício. Para que a pessoa com autismo fique mais tranquila frente a este estímulo, você poderá prepará-la, explicando o motivo e o momento em que as pessoas soltam fogos e mostrando imagens ou vídeos de fogos e festas de Réveillon no Youtube (sem o áudio ou com o volume bem baixo, caso a criança já tenha receio quanto ao barulho). No dia da festa, vocês poderão pensar em usar um grande fone de ouvido, daqueles que cobrem toda a orelha e escolher uma música que a criança goste para colocar durante os fogos. Vocês poderão buscar também um local mais isolado para os minutos de foguetório. Esse local pode ser um cômodo mais protegido da casa ou mesmo o carro da família que, com os vidros fechados, dentro da garagem, poderá abafar os ruídos externos. Caso a criança goste de alguma dessas ideias, deixe tudo previamente explicado para ela, pois isso pode tranquilizá-la!

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Veja nossa página sobre dicas para festas para pessoas com autismo: o dia da festa.

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Rolar para cima

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.