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Como escolher uma escola para a sua criança com autismo?

Listamos abaixo 5 questionamentos que podem ajudar no momento de escolher uma instituição de ensino regular para a sua criança ou adolescente com autismo:

Ponto 1: como a escola se posiciona em relação a receber a criança ou adolescente com autismo?

Embora seja garantida pela legislação, a inclusão de pessoas com autismo no ensino regular vem se desenvolvendo aos poucos no Brasil. Ou seja, embora a Lei 12.764 tenha reforçado os direitos das pessoas com autismo ao ensino regular na Educação Básica e no Ensino Profissionalizante, muitas escolas ainda estão se capacitando e aprendendo sobre o autismo. Não é raro encontrarmos professores que estão recebendo, pela primeira vez, um aluno com o diagnóstico, sendo que, muitas vezes, o processo de inclusão ocorre num esforço conjunto entre professores, pais e os próprios alunos. Então, o que fazer diante desse cenário? Primeiramente, você poderá conversar com profissionais e outros pais em sua região. Depois, você poderá fazer um levantamento das escolas existentes e visitar cada instituição para tentar perceber como está se desenvolvendo o processo de inclusão em cada escola.  E o que pode fazer uma escola se destacar frente às demais? O respeito pela criança ou adolescente com autismo, o desejo genuíno em auxiliar no desenvolvimento daquele aluno, a flexibilidade para trabalhar as adaptações que se fizerem necessárias no ambiente escolar e a capacidade de articular um trabalho em conjunto, dentro da própria escola (com a diretoria e coordenação pedagógica, professores, mediadores e profissionais do atendimento especializado) e fora da escola (com pais e com os outros profissionais que auxiliam a criança) são aspectos importantes. A possibilidade de envolver os demais alunos da classe e seus pais no projeto de inclusão também é um ponto a ser considerado (por exemplo, poderão ser realizadas conversas com os coleguinhas e com seus pais sobre formas de colaborar e conviver com o aluno com autismo na sala de aula e nas dependências da escola). Ou seja, você pode não encontrar entre as escolas da sua cidade uma instituição que já esteja totalmente preparada para receber a sua criança ou adolescente com autismo, mas esteja atento ao posicionamento demonstrado pela escola e por sua equipe. Temos recebido muitos profissionais de escolas que estão participando de nossos cursos para saber como lidar com seus primeiros alunos com autismo, o que tem sido fantástico! São professores que estão buscando entender mais sobre o autismo e sobre as características daquele aluno em específico, para elaborar a partir daí um plano de ensino que seja adaptado e eficaz. Temos acompanhado também muitos pais que encontraram escolas receptivas e com uma atitude bastante positiva frente ao aluno, e que estão compartilhando com estas escolas os conhecimentos já adquiridos sobre o autismo: não tem sido incomum partir dos próprios pais a iniciativa de dividir com a escola livros, filmes e materiais que auxiliem a inclusão do aluno e sua permanência na escola no dia a dia. Há pais que chegam a inscrever professores e educadores em cursos para que eles aprofundem seus conhecimentos sobre o autismo, demonstrando um grande esforço e empenho no processo de inclusão dos seus filhos.

Ponto 2: a escola encontrará meios que possibilitem manter um diálogo constante com a família e com os profissionais que auxiliam a criança ou adolescente fora da instituição de ensino?

Se você já tem em mente algumas escolas que parecem adequadas à sua criança ou adolescente com autismo, cabe então averiguar se os profissionais dessa escola estão motivados para uma comunicação constante com vocês pais e com os outros profissionais que acompanham a pessoa com autismo. Qual a importância dessa comunicação? Antes de tudo, a comunicação possibilita a troca de informações que podem ser cruciais para o cotidiano do aluno na escola. Quais são as sensibilidades do aluno? Quais são os interesses e motivações desse aluno? Como auxiliar o aluno diante de uma sobrecarga sensorial? Quais tratamentos o aluno vem fazendo e quais aspectos têm sido trabalhados nesses tratamentos? O espectro do autismo é amplo de maneira tal que uma criança com autismo pode ser bastante diferente da outra. Ou seja, para que aquela criança ou adolescente possa se adaptar à escola, será necessário que a escola atente-se às suas necessidades individuais. O fato de a escola ou de o professor já ter tido uma experiência prévia com outro aluno com autismo não garante o sucesso na inclusão de um novo aluno, pois os sintomas do autismo podem se manifestar de formas diferentes entre as pessoas com o diagnóstico. Além disso, uma mesma pessoa com autismo pode passar por períodos de maior sensibilidade sensorial, pode demonstrar mudanças em seus padrões de comportamento devido a dietas e tratamentos biomédicos e pode ainda ter altos e baixos em seu continuum de aprendizados, devido ao funcionamento de seu corpo e ao seu estilo próprio de aprendizagem. Logo, se houver uma troca constante de informações, maiores as chances de a inclusão do aluno alcançar mais sucesso. Essa troca de informações pode ainda assumir um papel vital ao fortalecer o vínculo de confiança entre a escola e os pais. E como promover esse diálogo? Através de reuniões periódicas na escola e também do contato mais diário por meio de anotações detalhadas e cuidadosas na agenda do aluno, em ambos os sentidos – tanto os pais e profissionais podem comunicar à escola alterações e fatos observados no dia a dia, como a escola também pode explicitar comportamentos e acontecimentos desenrolados em seus turnos. A comunicação pode ajudar todas as pessoas que auxiliam a criança ou adolescente com autismo a se antecipar e estar mais bem preparados para eventuais momentos de crise, como também pode ajudar a alcançar e reforçar a aquisição de habilidades e sua generalização para os distintos ambientes. Ou seja, a comunicação é um aspecto vital e é bastante importante conversar com a escola sobre maneiras de propiciar a troca constante de informações.

Ponto 3: a escola tem a intenção de promover a interação entre o professor regente, o professor auxiliar/mediador e o profissional do atendimento especial da criança ou adolescente com autismo?


Pessoas com autismo podem ter uma forma de aprender diferente. Elas tendem a absorver melhor informações visuais, podem conseguir lidar com mais facilidade com atividades fragmentadas em pequenas etapas e podem ser extremamente talentosas em áreas específicas, como as que envolvem a memorização de fatos e de sequências numéricas. Devido às características de seu sistema sensorial, o aluno com autismo pode precisar de momentos de pausa e de exercícios, massagens e movimentos. É papel do professor auxiliar/mediador intermediar a relação do aluno com autismo com o professor regente e com a classe e, devido à importância que essa intermediação assume, recomendamos que seja averiguado e discutido com a escola como a interação entre professor auxiliar/mediador e o professor regente ocorrerá. Nas escolas que oferecem um atendimento especializado no contra turno, as estratégias de ensino desenvolvidas pelos profissionais do atendimento especial também devem estar alinhadas às necessidades identificadas em sala de aula regular e aos desafios atuais do aluno. Você poderá procurar saber como a coordenação pedagógica da escola planeja estruturar a relação de sua própria equipe, e como será a integração do mediador com os profissionais da escola.

Ponto 4: a escola considera proporcionar adaptações físicas na classe para a criança ou adolescente com autismo?

Como escolher uma escola para criança com autismo
Um projeto de inclusão deve levar em conta tanto o esforço do aluno em se adaptar à escola, bem como da escola em se adaptar ao aluno. No caso das pessoas com autismo, as adaptações podem incluir aspectos físicos do ambiente escolar, assim como aspectos ligados à metodologia de ensino. Quanto aos aspectos físicos do ambiente escolar, conhecer as características do aluno e tentar minimizar os estímulos sensoriais que podem afetar a sua permanência na escola são os primeiros passos para uma inclusão bem sucedida. Antes de tudo, porém, é necessário conversar com a escola e antecipar possíveis mudanças, que podem ser implementadas conforme os sinais que a criança ou adolescente mostrar no período de adaptação à escola. Estas mudanças podem englobar a posição do aluno na sala (mais próximo do quadro e da professora regente, ou num local mais calmo e silencioso da classe, conforme as suas necessidades), o modelo de mesa e carteira (que poderão ficar mais confortáveis com inclinações diferentes ou com acessórios como almofadas), o uso de quadros de rotinas e de outros instrumentos de apoio visual, a criação de um espaço ninho (onde a criança possa se retirar quando precisar equilibrar-se sensorialmente), etc. Os pais poderão compartilhar adaptações que já são feitas em casa e pensar junto da escola em como implementá-las na classe.

Ponto 5: a escola está disposta a oferecer uma plano pedagógico individualizado para a criança ou adolescente com autismo?


A adaptação da escola não se limita aos aspectos físicos. Muitas vezes é preciso encontrar formas diferentes de atrair a atenção e propiciar engajamento nas tarefas em classe. Pode ser necessário também adaptar o método de ensino, personalizando para aquele aluno a exposição aos conteúdos que estão sendo trabalhados pela turma. Os interesses  e as motivações do aluno podem ser habilmente utilizados para impulsionar a sua participação em atividades acadêmicas. Logo, deve-se investigar se escola está disposta a oferecer um plano de ensino personalizado para o aluno com autismo.

Quer saber mais sobre como escolher uma escola para a sua criança com autismo?

Uma série de reportagens publicadas pela Revista Escola sobre a inclusão escolar de pessoas com autismo ressalta que as instituições de ensino passam por um momento de “construção” e que o processo de inclusão está sendo desenvolvido no dia a dia, o que reforça a necessidade de parceria com os pais. Em um vídeo mostrado nesta mesma série de reportagens, o processo de inclusão do aluno Matheus de 14 anos em uma escola pública é comentado por sua mãe, suas professoras e suas colegas de classe. A professora Márcia Martinelli conta no vídeo, por exemplo, como ela usou o interesse de Matheus pelos números e pelas placas de carro e a sua grande habilidade em memorizá-los para neutralizar os barulhos e a agitação da classe, mantendo Matheus focado dentro da sala. Acesse essa série de reportagens e conheça mais sobre a experiência de Matheus.

No blog Lagarta Vira Pulpa escrito por Andréa, mãe do Theo, há uma relação com indicação de escolas em vários estados do Brasil. Veja as instituições recomendadas pelo blog de Andréa em sua região e troque informações com outros pais e profissionais!

Compartilhe as nossas recomendações com os seus familiares, amigos e colegas nas redes sociais (você poderá usar os ícones das redes sociais existentes abaixo). Para enviar os seus comentários e perguntas sobre o artigo, escreva para a nossa equipe nos campos aqui do próprio blog.

E para conhecer os nossos cursos especiais sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e sobre as nossas estratégias para Inclusão Escolar, clique aqui.

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Pais recebem treinamento e conseguem ajudar crianças com autismo

Uma nova pesquisa realizada nos EUA envolvendo seis grandes universidades – entre elas a de Yale, Indiana e Ohio – e divulgada no Brasil pelo site do Jornal O Globo traz importantes resultados sobre a relação entre o treinamento dos pais e o desenvolvimento de suas crianças com o autismo.

O estudo, que foi patrocinado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), envolveu 180 crianças com idades entre 3 e 7 anos, com diagnósticos do espectro do autismo e demonstrando comportamentos indesejados considerados graves.

De forma aleatória, as crianças foram divididas em dois grupos. No primeiro deles, os seus pais receberam um treinamento com duração de 24 semanas, que incluía 11 sessões centrais, duas opcionais, dois controles telefônicos e duas visitas domiciliares. Estes pais puderam ter contato com estratégias específicas sobre como lidar com demonstrações de raiva e frustração, birras, agressividade e autoagressão.

No segundo grupo, os pais passaram por um processo educativo com duração também de 24 semanas, mas que incluiu 12 sessões e apenas uma visita domiciliar. A este grupo foram repassadas somente informações sobre o autismo, sem que fossem apresentadas orientações específicas quanto aos comportamentos indesejados.

Segundo Karen Bearss, do Marcus Autism Center e da Emory University School of Medicine e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, as sessões que ocorreram durante a intervenção usualmente reuniam um terapeuta e um dos pais. O ponto de partida no tratamento foi ajudar os pais a compreender por que razões as crianças com autismo se engajavam em comportamentos indesejados e qual função atribuíam a eles. As sessões envolveram também técnicas para prevenção dos comportamentos e para intervenção em situações específicas.

Os resultados do estudo, para Karen Bearss, indicaram uma melhora no comportamento das crianças em geral. Ou seja, ambos os grupos de crianças foram beneficiados pela capacitação de seus pais. Entre as crianças cujos pais receberam o treinamento mais completo, notou-se, contudo, uma clara melhora também quanto aos comportamentos específicos de isolamento e agressão.

Durante a realização da pesquisa, as crianças foram acompanhadas por um médico que não estava diretamente envolvido na aplicação do tratamento. Depois de seis meses de acompanhamento, foi possível notar que as crianças cujos pais receberam o treinamento mais completo demostraram uma melhora de 48% nos comportamentos de isolamento, frente a melhora de 32% entre aquelas cujos pais passaram apenas pelo processo educativo mais simplificado. No período final do tratamento, chegou a 70% o percentual de crianças cujos pais receberam treinamento demostrando respostas mais positivas ao ambiente, em contraste com 40% para o grupo cujos pais receberam apenas informações sobre o autismo. Os pais envolvidos no estudo, nos dois grupos, estiveram presentes em 90% das sessões, indicando que eles tinham um alto grau de envolvimento com a intervenção proposta.

O estudo, que foi recentemente divulgado no Journal of the American Medical Association, conclui então que um treinamento mais completo aos pais pode ser mais eficaz na redução de comportamentos indesejados e de isolamento de seus filhos do que um simples processo de informação, embora, em ambos os casos, a formação dos pais, por si só, já seja capaz de trazer algum tipo de benefício ao desenvolvimento das crianças. A pesquisa indicou ainda que a melhora observada nas crianças integrantes do estudo perdurou por até seis meses após o final das intervenções.

Você poderá assistir a um vídeo (em inglês) com os pesquisadores Lawrence Scahill e Karen Bearss em que eles descrevem em detalhes a concepção, a condução e os resultados do estudo.

Saiba mais a respeito de outros estudos sobre a eficácia do treinamento de pais para o desenvolvimento de suas crianças com autismo em nosso blog! Temos um post sobre como os pais podem ajudar a desenvolver a linguagem de suas crianças.

Você poderá compreender melhor os comportamentos de sua criança com autismo e saber como ajudá-la quanto aos comportamentos indesejados capacitando-se em nossos cursos. Em ambos os cursos, ensinamos pais e profissionais a lidar com comportamentos indesejados, atividades do dia a dia, desenvolvimento da linguagem, dentre outros tópicos.

Quer ajudar crianças com autismo em sua região? Então nos ajude a divulgar essa nova pesquisa compartilhando esse post em suas redes sociais.

Aprendizado social com ajuda de coleguinhas da mesma idade colabora para o desenvolvimento de pessoas com autismo na escola

 

Um novo estudo publicado nos EUA pelo Journal of Autism and Developmental Disorders mostra a eficácia de se promover brincadeiras em grupo de crianças com 5 a 6 anos idade. Durante o estudo, os grupos foram organizados estimulando-se a interação de uma criança no espectro do autismo junto de coleguinhas de desenvolvimento típico.

A recém-publicada pesquisa documenta a existência de benefícios duradouros em programas que recrutam crianças fora do espectro do autismo no jardim de infância e nas primeiras séries do ensino fundamental para ajudar a ensinar habilidades sociais para os colegas que têm autismo. As sessões contendo atividades lúdicas aconteceram no contraturno da escola.

Os pesquisadores começaram propondo as estratégias de intervenção da rede de colegas aos professores, fonoaudiólogos e assistentes de sala de aula. A equipe da escola passou então a supervisionar grupos de brincadeiras que incluíam um aluno com autismo emparelhado com dois ou três colegas com desenvolvimento típico.

As crianças com autismo abrangidas pelo estudo tinham habilidades de comunicação suficientemente desenvolvidas para seguir instruções simples e fazer pedidos com frases contendo ao menos duas a três palavras.

Os grupos de brincadeiras duraram, em média, meia hora e aconteciam três vezes por semana. Após a introdução de um conceito como, por exemplo, o de partilha de objetos, os professores pediam aos colegas de desenvolvimento típico que ajudassem a criança com autismo a fazer o compartilhamento de uma maneira amigável. Por exemplo, durante um jogo que envolvia a partilha de um brinquedo, um dos colegas podia sustentar uma pequena placa ao aluno com autismo dizendo “Por favor, empresta isso?”, ou “Aqui vai”.

Desta forma, as crianças praticaram habilidades sociais tais como fazer requisições, fazer comentários e usar termos como “por favor” e “obrigado”. Os grupos de brincadeiras aconteceram durante os primeiros seis meses do jardim de infância e os primeiros seis meses do ensino fundamental.

Ao todo, 56 crianças com autismo participaram do programa. Para efeito de comparação, os pesquisadores também acompanharam o desenvolvimento social de um grupo de controle contendo 39 crianças com autismo que receberam apenas os serviços padrões de educação especial da escola.

Para descobrir se as crianças estavam usando suas novas habilidades sociais fora dos grupos de brincadeiras, os pesquisadores observaram as suas interações com outros colegas em outras situações. Eles gravaram tais observações em, pelo menos, quatro ocasiões, incluindo o fim do primeiro ano.

“Descobrimos que as crianças que participaram da rede social não só fizeram progressos significativos na comunicação social durante a intervenção, mas também fizeram muito mais iniciações com os seus pares em geral”, afirma Debra Kamps, pesquisadora e diretora da University of Kansas Center for Autism Research and Training.

Para certificar-se de que suas medições foram objetivas, os pesquisadores usaram listas padronizadas de comportamentos indicativos de comunicação social. Eles também pediram aos professores que completassem questionários sobre o comportamento dos alunos.

Os resultados mostraram que as crianças com autismo que participaram dos grupos de brincadeiras em pares iniciaram significativamente mais interações sociais com os colegas do que as crianças do grupo de controle. As crianças que participaram do programa também demonstraram maior desenvolvimento da linguagem e de conversas apropriadas.

Finalmente, as avaliações dos professores sobre as habilidades sociais das crianças que participaram do programa mostraram melhorias significativas no desenvolvimento das habilidades sociais e no comportamento em sala de aula.

Como mais uma prova da eficácia dos grupos de brincadeiras com colegas, muitos dos professores continuaram a usar estas estratégias em suas salas de aula, ilustra Dra. Kamps. “Nós sabemos como fazer isso, e nossa pesquisa nos mostrou que não é tão difícil ensinar as pessoas a fazê-lo”, conclui.

“É emocionante ver estudos que continuam a demonstrar a eficácia das intervenções que incorporam colegas em práticas de tratamento”, comenta Lucia Murillo, diretora-assistente de pesquisa em educação da Autism Speaks, instituição que publicou em seu site uma matéria em inglês sobre a nova pesquisa. Lucia Murillo lembra que as crianças com autismo envolvidas no estudo tinham níveis de linguagem de moderados a elevados e que, por isso, é importante reconhecer que os mesmos resultados podem não se aplicar a todas as crianças no espectro do autismo.

Você já tentou ajudar pessoas com autismo na escola em brincadeiras em grupos? Conte para a gente!

Se você achou que esse post para ajudar pessoas com autismo na escola pode ser útil, divulgue-o aos seus familiares, colegas e amigos pelas redes sociais, clicando nos ícones abaixo.

Como ajudar uma criança com autismo na escola

Inclusão escolar: apresentando sua criança aos colegas e professores

A interação e a comunicação entre Como ajudar uma criança com autismo na escolaa criança, sua família e a comunidade escolar podem trazer muitos benefícios ao processo de inclusão. Isso é o que mostra a história de Mariana Caminha, mãe do Fabrício, de 04 anos. Ela criou um fantástico panfleto com informações carinhosas e dicas preciosas sobre o pequeno Fabrício. O intuito de Mariana é não só facilitar o processo de inclusão escolar do seu filho, mas também divulgar informações sobre o Transtorno do Espectro Autista à comunidade.

O panfleto contém uma linda foto de Fabrício, circundada por grupos de características que podem ser muito importantes em seu dia a dia na escola. Segundo o panfleto, entre os talentos e habilidades de Fabrício sua mãe destaca a sua coordenação motora, a sua capacidade para imitar, dar carinho, memorizar e mexer em aparelhos celulares. Entre seus interesses e motivações estão correr, pular, cantar, subir e descer ladeiras, piscinas e Disney. Ao se comunicar, a mãe explica que Fabrício usa “uh-ô” para suco e “a-uh-da” para ajuda, e ela também esclarece que ele gosta muito das vogais e compreende tudo que lhe é dito. A mãe ainda explica que Fabrício pode dar gritinhos de alegria, pode fazer birra quando contrariado, pode se assustar com cachorros, e tem dificuldades em dividir e permanecer sentado.

Mariana apresenta as informações sobre o filho de um jeito divertido, simpático e afetuoso no panfleto, e espera que o infográfico elaborado por ela possa ajudar outras crianças com autismo. Ela recomenda que o infográfico de cada criança seja editado, impresso e enviado aos pais dos coleguinhas de classe através de um envelope, podendo ser também encaminhado aos professores e à direção da escola da criança. O panfleto pode ser editado para cada criança a partir de um arquivo que pode ser solicitado à Mariana através do e-mail mcaminha@me.com.

Para conhecer melhor a iniciativa de Mariana, você poderá ler uma reportagem publicada no site do Jornal Correio Braziliense e acessar o perfil dela no Facebook através do “Doutores do TEA”.

Para ter mais ideias sobre como ajudar uma criança com autismo na escola, você poderá também imprimir e compartilhar com a comunidade da escola o nosso cartaz com 15 Dicas sobre Inclusão Escolar, ler um texto sobre o Estilo Responsivo na Inclusão de Crianças com Autismo e participar de um de nossos cursos.

15 ideias para alunos com autismo.

Cartaz com 15 ideias para a inclusão de estudantes com autismo

Um cartaz ilustrativo com 15 recomendações para a educação inclusiva de estudantes com autismo, sendo útil para pais, professores e profissionais. O cartaz poderá ser afixado em casa, nas escolas, em clínicas e instituições.

Você poderá imprimir o seu cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora e clicando aqui. Se desejar imprimir em uma gráfica, recomendamos que seja em papel couché formato A3.

Para conhecer os nossos cursos especiais sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e sobre as nossas estratégias para Inclusão Escolar, clique aqui.

Inscreva-se em um dos nossos cursos sobre autismo:

15 dicas para ajudar seu aluno com autismo

Seguem as nossas 15 dicas para ajudar seu aluno com autismo. É importante notar que não é preciso implementar todas as dicas para todos os alunos. Cada aluno é único, e o que funciona para um aluno com autismo talvez não funcione para outro.

1 – Aposte na comunicação visual – prefira explicar e ilustrar conteúdos apoiando-se em figuras, quadros, fotos, objetos reais e demonstrações físicas.

2 – Opte por dividir as atividades, exercícios e tarefas em partes – em vez de pedir que o aluno faça, por exemplo, cinco operações matemáticas ou escreva dez frases de uma vez, sugira primeiro que ele comece com duas ou três.

3 – Comece pelas tarefas mais fáceis e deixe as tarefas mais complexas para o final – isso eleva a autoestima do aluno e o estimula a continuar engajado na atividade. Você pode também optar por começar com atividades que você já sabe que o aluno gosta mais, e ir introduzindo aos poucos as atividades que ele tem mais resistência.

4 – Forneça instruções claras e diretas e use palavras concretas – evite enunciados e solicitações longas e abstratas. Em vez de fazer perguntas abertas, ofereça duas alternativas e deixe que o aluno escolha a que deseja. Você poderá usar ainda músicas, gestos, objetos e personagens para facilitar a comunicação e tornar as interações com os professores e os demais alunos mais divertidas.

5 – Inclua acessórios na rotina – elabore quadros de rotinas visuais e relógios para acompanhar a marcação do tempo e antecipar Cartaz para Projetos de Inclusão Escolar – 15 Dicas para Alunos com Autismoa transição de atividades.

6 – Preveja e antecipe as mudanças na rotina – invista em explicações e avisos sobre as mudanças. Leve o aluno antes para conhecer um novo espaço ou uma nova situação e observe se ele se sente confortável com a novidade.

7 – Seja um modelo social e convide os outros alunos a também agirem dessa forma – dê exemplos de respostas sociais esperadas em situações cotidianas e mostre claramente as emoções que as pessoas sentem em determinadas situações.

8 – Invista na troca de informações com a família e com os outros profissionais que auxiliam o aluno – mantenha anotações detalhadas na agenda diária do aluno e converse com a família sobre habilidades adquiridas e desafios encontrados no dia a dia.

9 – Observe a ocorrência de sobrecarga sensorial – ofereça exercícios físicos, massagens ou objetos de conforto de forma a auxiliar o processamento sensorial.

10 – Identifique os interesses e motivações do aluno – use esses interesses e motivações para despertar  a atenção para as atividades, para facilitar o engajamento nas tarefas e para manter o aluno focado numa tarefa quando a classe estiver mais agitada.

11 – Prepare alternativas para as atividades – planeje um “plano B”, ou seja, uma forma alternativa de apreender determinado conteúdo ou de executar determinada atividade.

12 – Acredite no potencial do aluno – procure soluções criativas para verificar se o aluno tem absorvido o conhecimento, especialmente nos casos dos alunos que ainda não utilizam a comunicação verbal.

13 – Troque questões abertas por questões fechadas (como as de múltipla escolha) e incorpore desenhos, esquemas visuais e ilustrações às questões e explicações.

14 – Use histórias sociais, de preferência ilustradas ou reproduzidas teatralmente, para explicar situações sociais mais complexas como as festas da escola, a chegada das férias ou a troca de professores – todas estas situações podem ser antecipadas, explicadas e ensaiadas através destas histórias sociais.

15 – Não tenha medo de errar – tente encontrar os caminhos que funcionam melhor com cada aluno, lembrando que as crianças com autismo podem diferir bastante entre si.

Quer conhecer experiências de alunos com autismo na escola? Leia a série de reportagens publicadas na Revista Escola sobre o projeto de inclusão do aluno Matheus.

Veja o nosso post com uma imagem ilustrativa das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo. Você mesmo poderá imprimir um cartaz ilustrativo para projetos de inclusão de alunos com autismo usando a sua impressora.

Gostou das nossas 15 dicas de como ajudar seu aluno com autismo? Compartilhe com os seus amigos e colegas de trabalho o nosso artigo pressionando os ícones abaixo (temos ícones para o Facebook, Google+, Twitter e outras redes sociais).

Será um prazer também ler os seus comentários ou suas próprias dicas para alunos com autismo – por exemplo, alguma coisa que funcionou para seu filho ou aluno. Deixe as suas dicas, opiniões e perguntas aqui mesmo, escrevendo no campo a seguir.

Criança com autismo setindo-se feliz

Como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo

Arte, equoterapia, brincadeiras no parque ou sessões no quarto de brincar, todas essas atividades – somadas ao carinho, amor e dedicação de pais e profissionais – são elementos que se misturam na trajetória de três crianças e um adulto com autismo que residem na região centro-oeste do Brasil. Algumas cenas da vida cotidiana de Mariá, Tales, Francisco e Davi foram mostradas numa reportagem televisiva feita por uma emissora do Mato Grosso, e que você poderá assistir clicando aqui.

O objetivo da reportagem é mostrar como crianças, adolescentes e adultos com autismo podem vencer obstáculos e como nós podemos construir uma ponte para a interação social com eles. Acima de tudo, a bonita reportagem nos mostra que devemos ser gratos pelos desafios superados pelas pessoas com autismo; e ainda nos lembra que a esperança e o entusiasmo por parte de pais, familiares e profissionais são aliados valorosos para o desenvolvimento das pessoas com autismo.  Como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo

Na Inspirados pelo Autismo também acreditamos que crenças, sentimentos e intenções podem tornar-se aliados importantes. Para nós, crenças, sentimentos e intenções podem ser revisitadas e trabalhadas para que possamos ajudar, da melhor forma possível, as pessoas com autismo com as quais convivemos. Ou seja, pais, familiares e profissionais têm a oportunidade de se conhecerem melhor e revisarem o seu próprio estado emocional, estando assim mais bem preparados e verdadeiramente inspirados para auxiliar as crianças, adolescentes e adultos com autismo em seu processo de crescimento.

Nós percebemos que a crença na capacidade de aprendizado da pessoa com autismo é o primeiro passo para se estimular o seu desenvolvimento social. A nossa experiência com famílias de pessoas com autismo tem nos mostrado que a adoção de uma perspectiva inspiradora é crucial para a promoção do desenvolvimento destas pessoas. Você pode estar se perguntando: mas, na prática, como se inspirar para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo? Temos em nosso site uma seção sobre esse assunto, chamada Inspire-se. A leitura atenciosa dessa seção vai proporcionar a você diversas ideias sobre como trabalhar o seu próprio estado emocional antes de começar a ajudar a sua criança, adolescente ou adulto com autismo.

pessoa inspirada pela criança com autismoEstarmos gratos e valorizarmos os pequenos desafios superados pelas crianças, adolescentes e adultos é outro exercício que pode ser incrivelmente benéfico ao tratamento. Nós acreditamos que o amor e a apreciação por uma criança, adolescente ou adulto são componentes essenciais para sua educação e desenvolvimento. Notamos que a ciência está começando a compreender a importância destas profundas emoções no desenvolvimento humano, especialmente no desenvolvimento de pessoas com autismo. Para saber como sentir uma maior apreciação e construir um vínculo com sua criança, leia em nosso site a seção Os Sentimentos. Leia a seção com carinho e, se desejar, repasse seu conteúdo às pessoas próximas a você.

Um último princípio fundamental que norteia o trabalho da Inspirados pelo Autismo e que gostaríamos de abordar aqui é a crença de que os cérebros das pessoas com autismo apresentam plasticidade. Isto significa que os cérebros delas aprendem, se desenvolvem e podem ser modificados por cada experiência vivida – assim como qualquer cérebro. Ao oferecermos um ambiente de aprendizado otimizado para as pessoas com autismo, nós podemos ajudá-las a reconstruir os seus cérebros e aprender a superar os desafios relativos a habilidades sociais e de comunicação típicos do autismo. Temos em nosso site recomendações sobre como criar um ambiente otimizado para pessoas com autismo, além de diversas sugestões de atividades que poderão ser desenvolvidas nesse espaço – ou em outros espaços físicos nos quais as pessoas com autismo sintam-se à vontade. Estas são informações que já possibilitam a pais e profissionais iniciar imediatamente a aplicação de nossa abordagem.

Então, crie um ambiente otimizado, escolha uma atividade interativa e observe sempre as suas próprias emoções e atitudes!

Brincando com a criança que tem autismoSermos animados, expressivos e divertidos facilita a construção de uma interação com a pessoa com autismo. Além disso, estarmos atentos aos interesses e motivações da pessoa com autismo e elaborarmos atividades personalizadas que abranjam estes interesses e motivações são outros fatores que podem ajudar no engajamento social das crianças, adolescentes e adultos – estas foram as recomendações dadas pelas psicólogas Jaqueline e Fernanda, de Cuiabá, aos telespectadores da reportagem televisiva feita em Mato Grosso. Estas duas profissionais – junto a outras cinco talentosas consultoras – fazem parte da Equipe de Consultores em Treinamento da Inspirados pelo Autismo. Aguarde por nossas novidades!

 

Gostou da reportagem televisiva? Apreciou as nossas sugestões? Então, acesse as redes sociais e compartilhe este artigo. Ajude-nos a divulgar estas ideias!

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo

Uma reportagem publicada no site da Veja neste mês sob o título “‘Treinar’ pais de criança autista reduz sintomas do transtorno” traz resultados importantes de uma pesquisa realizada com crianças com sinais de autismo em seus primeiros anos de vida.

O estudo foi realizado nos EUA e utilizou o método Infant Start, cuja proposta seria capacitar os pais para que eles, em seu convívio diário com as crianças, possam ajudá-las a desenvolver suas habilidades de comunicação, atenção compartilhada, interação e aprendizado social.

Segundo o site da Universidade da Califórnia, onde o estudo foi conduzido, o método foi utilizado junto a crianças com 6 a 15 meses de idade, durante um período de seis meses. As sete crianças selecionadas para participar do estudo apresentaram sintomas de autismo tais como a diminuição do contato visual e do interesse ou engajamento social , padrões de movimento repetitivos e falta de comunicação intencional.

Autism treatment in the first year of life: A pilot study of Infant Start, a parent-implemented intervention for symptomatic infants“, é de co-autoria dos professores de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da Universidade da Califórnia, em Davis, Sally J. Rogers e Sally Ozonoff e foi publicado on-line no Journal of Autism and Developmental Disorders​.

Rogers, a principal autora do estudo e desenvolvedora do método Infant Start, afirma que “a maioria das crianças do estudo, ou seja, seis das sete crianças, conseguiu alcançar todas as habilidades de aprendizagem e de linguagem quando observadas aos dois ou três anos de idade. Estas crianças praticamente não foram diagnosticadas com autismo até então”, o que demonstra a eficácia do tratamento precoce com a ajuda dos pais.

A participação fundamental dos pais, sob orientação dos profissionais

Para Rogers, os pais, após receberem o treinamento por parte da equipe de profissionais, assumiram um papel fundamental no processo, pois eles estão todos os dias com seus bebês e podem aproveitar momentos cotidianos como a troca de fraldas, a alimentação, as brincadeiras no chão, as caminhadas e as atividades de lazer para colaborarem na aprendizagem dos pequenos. Segundo Rogers, “Esses momentos, os pais podem aproveitar de uma forma que mais ninguém realmente pode”.

A importância da intervenção precoce

De acordo com as informações existentes no site da Universidade da Califórnia, as crianças diagnosticadas com autismo normalmente recebem intervenção precoce com início aos 3 ou 4 anos de idade, seis a oito vezes mais tarde do que as crianças que participaram do estudo. Mas os primeiros sintomas de autismo podem estar presentes durante o primeiro ano de vida da criança, sendo a primeira infância um momento crucial para que as crianças desenvolvam a interação social e a comunicação. Por isso, os pesquisadores e pais de crianças com autismo têm trabalhado para identificar a desordem e começar a intervenção mais cedo.

Ozonoff, que dirige o Instituto MIND e coordena projetos de detecção precoce em bebês com risco de desenvolver autismo, diz que: “Queremos fazer os encaminhamentos para a intervenção precoce logo que há sinais de que um bebê possa estar desenvolvendo autismo”. Mas a pesquisadora reconhece que “Em muitas partes do país e do mundo, os serviços que abordam habilidades de desenvolvimento específico para o autismo não estão disponíveis para crianças tão jovens”, o que sinaliza os desafios no emprego do método.

Como os pais podem ajudar suas crianças com autismo: a eficácia das sessões “um a um” e de se seguir os interesses da criança

O tratamento utilizado no estudo foi baseado na abordagem conhecida como Early Start Denver Model (ESDM), desenvolvida por Rogers e Geraldine Dawson, professora de Psiquiatria, Psicologia e Pediatria da Universidade Duke, na Carolina do Norte.

Tendo o Early Start Denver Model como pano de fundo, os pais foram orientados a apoiar, de forma individualizada, as necessidades de desenvolvimento de seus filhos, além de observar os interesses das crianças, priorizando a criação de rotinas sociais prazerosas. A intervenção teve como objetivos aumentar a atenção das crianças para a voz e os rostos dos pais; aumentar as interações entre pais e filhos, trazendo sorrisos e prazer para ambos; aumentar a imitação de sons e ações intencionais; e fazer uso de brinquedos apenas para apoiar a atenção social da criança, e não competindo com ela.

O tratamento consistiu em 12 sessões de uma hora com as crianças e os seus pais, tendo sido seguido por um período de manutenção de seis semanas, com visitas quinzenais, e avaliações para acompanhamento em 24 e 36 meses.

As crianças que receberam a intervenção apresentaram uma redução significativa na gravidade do autismo entre 18 a 36 meses de idade, quando comparadas com um pequeno grupo de crianças com o mesmo grupo de sintomas e que não receberam a terapia. As crianças que receberam a intervenção tiveram um prejuízo menor quanto aos atrasos de linguagem e de desenvolvimento se comparadas aos dos demais quatro grupos de controle.

As limitações do estudo

Conforme mencionado no site da Universidade da Califórnia, considerando a natureza preliminar dos resultados, o estudo apenas sugere que o tratamento precoce dos sintomas possa vir a diminuir o surgimento de outras dificuldades mais tarde. Assim, a realização de mais estudos controlados seria necessária para testar e a avaliar a possibilidade de emprego do tratamento para um uso geral. No entanto, para os pesquisadores, os resultados deste estudo inicial são significativos e relevantes devido às idades dos bebês, ao número de sintomas e atrasos que exibiram no início da vida, ao número de grupos de comparação envolvidos no estudo, e ao fato de que a intervenção aplicada foi de baixa intensidade, podendo ser realizada pelos pais em suas rotinas diárias.

Rogers salienta que: “Meu objetivo é que crianças e adultos com sintomas de autismo possam ser capazes de participar com sucesso no dia a dia e em todos os aspectos da comunidade em que desejem participar: terem um trabalho satisfatório, atividades de lazer e relacionamentos, uma educação que atenda às suas necessidades e objetivos, um círculo de pessoas que amam, e estarem satisfeitos com as suas vidas”.

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Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

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2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

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Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.