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Montando palavras com pulos mágicos – atividade para alfabetização

Montando palavras com pulos mágicos

Interesses:

Participar de jogos e desafios, atividades físicas como pular e receber cócegas, animais.

Metas principais:

Desenvolvimento da leitura e da escrita a partir da utilização de sílabas que formarão palavras.
Atenção compartilhada de 15 minutos ou mais.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto fazer cócegas na criança.

Solicitação (o papel da criança):

A criança ajudar o adulto a montar palavras utilizando sílabas que estarão escritas em pequenas placas. Para a utilização dessa atividade, a criança já deverá ter algum conhecimento sobre famílias silábicas.

Estrutura da atividade:

Liste dois a seis animais que são interessantes para a criança como, por exemplo, pato, gato, rato, sapo, cavalo e macaco. Escreva as palavras em papéis e os coloque numa sacola, para que eles sejam sorteados. Depois, prepare placas coloridas e plastificadas contendo as sílabas que formam as palavras dos nomes dos animais escolhidos. As sílabas devem estar bem grandes e fáceis de ler nas placas (que serão colocadas no chão), pois a criança irá identificá-las à distância. Explique para a criança de forma alegre e entusiasmada que vocês têm várias placas com sílabas diferentes no chão e que estas sílabas vão se transformar em palavras que são nomes de animais quando vocês derem saltos mágicos sobre elas. Explique também que quando vocês formarem o nome de um animal, você vai se transformar no respectivo animal e, com sua forma de se movimentar e seus sons característicos, fará cócegas na criança. Demonstre então como a brincadeira funciona: sorteie uma das palavras da sacola, pule nas placas para juntar as sílabas, fale a palavra para a criança, transforme-se no animal e faça algumas cócegas nela, sem pedir nada em troca. Nos próximos ciclos, sorteie uma palavra, leia a palavra para a criança e mostre a ela o papel (você poderá também escrever a palavra bem grande em um quadro ou cartaz afixado no quarto, de forma a auxiliar a criança a visualizar a palavra que será formada). Convide a criança a procurar pelo quarto as sílabas que formam a palavra sorteada. A solicitação é um convite animado e não uma ordem. Você poderá demonstrar para a criança como pular sobre as sílabas para formar a palavra e convidá-la a fazer o mesmo. Assim que a criança pular nas sílabas formando a palavra, transforme-se no animal e faça cócegas nela.

Variações:

Se a criança não se interessar por receber cócegas, ofereça ações motivadoras diferentes como, por exemplo, desenhe o animal sorteado, faça massagens na criança, rode a criança numa lycra ou a leve para passear em suas costas enquanto você representa o respectivo animal. Se a criança não se interessar por animais, as palavras podem nomear personagens ou meios de transporte que serão representados por você.

Podemos ajustar o grau do desafio dessa atividade pulando em palavras para formar uma sentença. As sentenças podem ser retiradas de letras de músicas, de filmes ou de vídeos que a criança goste. Você poderá escrever a sentença em um quadro ou cartaz afixado no quarto. No caso de sentenças que são falas de personagens conhecidos, represente esse personagem falando como ele. Cada sentença poderá definir que ação divertida você oferecerá para a criança naquele ciclo da atividade.

Aprenda mais sobre o autismo e sobre como ajudar a sua criança em um de nossos cursos. Os cursos são abertos a pais, familiares, profissionais, estudantes e voluntários e as inscrições podem ser parceladas em até 18 vezes.

[cta imagem_url=”/wp-content/uploads/2018/03/banner-cta.jpg” pagina_url=”https://www.inspiradospeloautismo.com.br/curso-inclusao-escolar-para-criancas-com-autismo-modulo-escola-sao-paulo-sp-abril2018/” titulo=”Curso Educação Inclusiva para Pessoas com Autismo – Módulo Escola – Abril 2018″ subtitulo=”O Módulo Escola acontecerá nos dias 6, 7 e 8 de abril em São Paulo” botao=”Inscreva-se agora”]

10 benefícios oferecidos pelo curso Educação Inclusiva para Pessoas com Autismo

Participando do curso, você aprenderá:

1. Como estabelecer uma parceria entre familiares, equipe multidisciplinar, professores, coordenadores e colegas na educação inclusiva

É essencial a consistência do trabalho em equipe com o objetivo de promover o desenvolvimento e bem-estar da criança. Para isso, será mostrado como estabelecer uma relação de trabalho frutífera e dinâmica, entre os familiares, os profissionais da escola e os profissionais da equipe multidisciplinar. A aprendizagem cooperativa entre a criança com autismo e os colegas também será discutida e exemplificada.

2. Quais estratégias o professor regente poderá utilizar para promover a aprendizagem do estudante com autismo

Será mostrado que informações claras e diretas, exemplos contextualizados e significativos para a crianças, a inclusão dos temas de interesse dos estudantes no planejamento das aulas, atividades práticas, o uso de apoios visuais,  música, gestos e objetos facilitam o aprendizado. Além disso, serão oferecidas ideias sobre como nutrir a autoestima e autoconfiança da criança, essenciais para que o estudante mantenha-se concentrado no processo de aprendizagem.

3. Quais estratégias o professor mediador poderá utilizar para também promover a aprendizagem do estudante com autismo

O professor mediador, em parceria com o professor regente, tem o objetivo de facilitar o envolvimento do aluno com a aprendizagem cognitiva, motora e social. A presença do professor mediador é fundamental para a eficácia da educação inclusiva e seu papel será esclarecido durante o curso.

4. Como realizar a mediação da interação entre os estudantes da classe e o aluno com autismo

Para a maioria das crianças com autismo, estar ao lado de crianças com desenvolvimento típico na escola não é o suficiente para que elas consigam participar das atividades em grupo e das brincadeiras lúdicas, assim como para criar e manter amizades. Estratégias para possibilitar a participação em atividades do grupo e o aprofundamento de relações sociais serão apresentadas no curso.

5. Como criar uma rotina personalizada integrada à rotina da classe

Colocando-nos no lugar das pessoas com autismo, alteramos nosso olhar e nossa compreensão sobre os comportamentos e enxergamos novas formas para lidar com os desafios do ambiente e propiciar um dia a dia mais confortável às pessoas com autismo com as quais convivemos. É importante que os profissionais observem e atentem-se para as características pessoais do aluno, verificando como ele se comporta diante dos estímulos do meio físico e social, de seu ritmo biológico, e das atividades pedagógicas, de forma a então se identificar as metas e as estratégias para alcançá-las.

6. Como tornar o ambiente físico da escola inclusivo favorecendo o aprendizado do aluno com autismo

Na educação inclusiva, a escola e a comunidade oferecem o ambiente necessário para que a criança consiga acompanhar e participar ativamente das aulas e atividades. Cada estudante com autismo tem seu conjunto de características únicas, e a organização do ambiente coletivo deve considerar as necessidades individuais dos estudantes.

7. Como preparar materiais pedagógicos acessíveis e inclusivos

Para trazer acessibilidade ao ensino-aprendizagem, a maioria das crianças com autismo se beneficia, pelo menos nos primeiros anos da educação inclusiva, de materiais pedagógicos que acolham seus interesses, suas necessidades motoras e sensoriais, suas habilidades de atenção. A forma como uma informação é oferecida e a forma como se pede que a criança execute uma tarefa específica podem ser essenciais para um resultado positivo.

8. Como proporcionar o grau de desafio adequado nas atividades propostas

Se o grau de complexidade de uma tarefa é alto demais para a criança, a aprendizagem não é acessível e o sentido de auto-competência da criança é prejudicado. Entretanto, se o grau de complexidade da tarefa é baixo demais, a criança pode ficar entediada e não querer participar das atividades. Respeitar o desenvolvimento único de cada criança é uma das missões da escola inclusiva.

9. Quais estratégias poderão ser utilizadas para a avaliação

No processo de ensino-aprendizagem, tanto o componente “ensino” quanto o componente “aprendizagem” devem ser continuamente avaliados para que a criança tenha oportunidades de aprendizagens cada vez mais acessíveis e eficazes. Tanto o planejamento, a execução e os critérios de avaliação devem levar em conta a forma diferenciada como a criança organiza e expressa seu conhecimento e suas habilidades.

10. Como estabelecer regras e limites na escola

O ambiente da escola é, geralmente, um ambiente no qual a criança é exposta a uma maior exposição de limites do que o ambiente do domicílio. A imposição de limites é necessária para que se atenda às necessidades e direitos do grupo, e para a manutenção da segurança e saúde de todos no ambiente. Dicas sobre como estabelecer os limites e sobre como responder aos possíveis comportamentos de protesto relativos a esses limites serão ofertadas no curso. Exemplos de comportamentos indesejados e de imposição de limites na escola serão discutidos com os participantes do curso.

O curso é voltado para pais, familiares, professores e outros profissionais ligados às pessoas com autismo. Confira os próximos cursos e se inscreva: Cursos da Inspirados pelo Autismo

Atividade para educação inclusiva – como ensinar crianças com autismo a identificar vogais

Imitar os Animais

Interesses:

Animais, encenação dos movimentos e sons dos animais, brincadeiras de esconde-esconde e pega-pega.

Metas principais:

Auxiliar no reconhecimento das vogais. Aumentar a participação física da criança na atividade.

Ação motivadora:

Encenação por parte do adulto facilitador dos movimentos e sons dos animais.

Solicitação (o papel da criança):

A criança reconhecer as vogais associadas a cada animal.

Estrutura da atividade:

Observe quais são os animais preferidos da criança e crie apoios visuais contendo a imagem do animal e uma vogal. Logo, teremos cinco imagens de animais diferentes, sendo um animal para cada vogal. Explique para a criança que você poderá encenar vários animais diferentes e mostre a ela as imagens representando cada animal. Coloque as imagens dos animais e suas vogais no chão – para tornar a atividade mais atrativa, use imagens coloridas dos animais e destaque as letras em cada folha.

Após encenar os animais para a criança por algum tempo, o adulto mostrará para a criança que, pisando em cada imagem no chão, um animal diferente aparece. O adulto pode mostrar que, por exemplo, ao pisar na imagem com a letra “E” e o desenho de um elefante, um engraçado elefante será encenado pelo adulto.

O adulto poderá utilizar máscaras, fantasias ou fantoches para tornar a interação com a criança mais divertida. O adulto poderá também fazer suspense ou sons onomatopaicos diferentes durante a encenação de cada animal.

Quando a criança estiver altamente conectada, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto poderá fazer uma pausa e pedir que ela pise sobre uma das letras/imagens para que o respectivo animal seja encenado (por exemplo: “Vamos pisar na letra ‘E’ e o elefante vai chegar!”).

Ao longo dos ciclos da atividade, após solicitar que a criança pule numa determinada imagem/letra e encenar o animal correspondente, o adulto poderá ir em direção à criança de forma descontraída, iniciando uma brincadeira de esconde-esconde ou pega-pega.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade quando a criança já identificar as vogais com facilidade inserindo o uso de um dado para sortear a vogal que deverá ser pisada pela criança (por exemplo, o adulto poderá criar um dado com uma caixa de papel em que cada face é uma determinada letra). Após o sorteio com o dado, o adulto poderá estimular que a criança fale a vogal em voz alta e pise na imagem colocada no chão, para que o adulto então encene o animal correspondente.

Para ajudar a criança a manter-se motivada durante a interação e prolongar o tempo de duração da atividade, podemos proporcionar variações na ação motivadora, oferecendo brincadeiras de cócegas, brincadeiras com pulos ou giros após a encenação de cada animal. O adulto poderá também cantar músicas relacionadas a cada animal com a criança, em vez de apenas encenar o animal da vez.

Caso a criança não se interesse por animais ou pela encenação dos animais, podemos manter a estrutura da atividade original e modificar o tema, seguindo os interesses e motivações atuais da criança. Em vez de animais, cada letra pode estar associada a diferentes personagens de filmes e desenhos, ou a meios de transporte, que serão representados pelo adulto.

Se a criança se interessa por animais ou pela encenação dos animais, mas desejamos trabalhar uma meta diferente da identificação das vogais, como, por exemplo, o aumento do período de atenção compartilhada ou o pensamento simbólico, nós podemos manter a brincadeira, mas modificar o papel da criança na atividade. Além de solicitarmos que a criança pule sobre cada imagem/letra correspondente a um animal, o adulto e a criança podem criar juntos uma história sobre cada animal, podem encenar juntos um pequeno teatro sobre o animal ou ainda fazer desenhos (ou sequências de desenhos) sobre cada animal.

Conheça outras atividades interativas em nosso site para ajudar crianças, adolescentes e adultos com autismo a desenvolver as suas habilidades sociais!

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Como escolher uma escola para a sua criança com autismo?

Listamos abaixo 5 questionamentos que podem ajudar no momento de escolher uma instituição de ensino regular para a sua criança ou adolescente com autismo:

Ponto 1: como a escola se posiciona em relação a receber a criança ou adolescente com autismo?

Embora seja garantida pela legislação, a inclusão de pessoas com autismo no ensino regular vem se desenvolvendo aos poucos no Brasil. Ou seja, embora a Lei 12.764 tenha reforçado os direitos das pessoas com autismo ao ensino regular na Educação Básica e no Ensino Profissionalizante, muitas escolas ainda estão se capacitando e aprendendo sobre o autismo. Não é raro encontrarmos professores que estão recebendo, pela primeira vez, um aluno com o diagnóstico, sendo que, muitas vezes, o processo de inclusão ocorre num esforço conjunto entre professores, pais e os próprios alunos. Então, o que fazer diante desse cenário? Primeiramente, você poderá conversar com profissionais e outros pais em sua região. Depois, você poderá fazer um levantamento das escolas existentes e visitar cada instituição para tentar perceber como está se desenvolvendo o processo de inclusão em cada escola.  E o que pode fazer uma escola se destacar frente às demais? O respeito pela criança ou adolescente com autismo, o desejo genuíno em auxiliar no desenvolvimento daquele aluno, a flexibilidade para trabalhar as adaptações que se fizerem necessárias no ambiente escolar e a capacidade de articular um trabalho em conjunto, dentro da própria escola (com a diretoria e coordenação pedagógica, professores, mediadores e profissionais do atendimento especializado) e fora da escola (com pais e com os outros profissionais que auxiliam a criança) são aspectos importantes. A possibilidade de envolver os demais alunos da classe e seus pais no projeto de inclusão também é um ponto a ser considerado (por exemplo, poderão ser realizadas conversas com os coleguinhas e com seus pais sobre formas de colaborar e conviver com o aluno com autismo na sala de aula e nas dependências da escola). Ou seja, você pode não encontrar entre as escolas da sua cidade uma instituição que já esteja totalmente preparada para receber a sua criança ou adolescente com autismo, mas esteja atento ao posicionamento demonstrado pela escola e por sua equipe. Temos recebido muitos profissionais de escolas que estão participando de nossos cursos para saber como lidar com seus primeiros alunos com autismo, o que tem sido fantástico! São professores que estão buscando entender mais sobre o autismo e sobre as características daquele aluno em específico, para elaborar a partir daí um plano de ensino que seja adaptado e eficaz. Temos acompanhado também muitos pais que encontraram escolas receptivas e com uma atitude bastante positiva frente ao aluno, e que estão compartilhando com estas escolas os conhecimentos já adquiridos sobre o autismo: não tem sido incomum partir dos próprios pais a iniciativa de dividir com a escola livros, filmes e materiais que auxiliem a inclusão do aluno e sua permanência na escola no dia a dia. Há pais que chegam a inscrever professores e educadores em cursos para que eles aprofundem seus conhecimentos sobre o autismo, demonstrando um grande esforço e empenho no processo de inclusão dos seus filhos.

Ponto 2: a escola encontrará meios que possibilitem manter um diálogo constante com a família e com os profissionais que auxiliam a criança ou adolescente fora da instituição de ensino?

Se você já tem em mente algumas escolas que parecem adequadas à sua criança ou adolescente com autismo, cabe então averiguar se os profissionais dessa escola estão motivados para uma comunicação constante com vocês pais e com os outros profissionais que acompanham a pessoa com autismo. Qual a importância dessa comunicação? Antes de tudo, a comunicação possibilita a troca de informações que podem ser cruciais para o cotidiano do aluno na escola. Quais são as sensibilidades do aluno? Quais são os interesses e motivações desse aluno? Como auxiliar o aluno diante de uma sobrecarga sensorial? Quais tratamentos o aluno vem fazendo e quais aspectos têm sido trabalhados nesses tratamentos? O espectro do autismo é amplo de maneira tal que uma criança com autismo pode ser bastante diferente da outra. Ou seja, para que aquela criança ou adolescente possa se adaptar à escola, será necessário que a escola atente-se às suas necessidades individuais. O fato de a escola ou de o professor já ter tido uma experiência prévia com outro aluno com autismo não garante o sucesso na inclusão de um novo aluno, pois os sintomas do autismo podem se manifestar de formas diferentes entre as pessoas com o diagnóstico. Além disso, uma mesma pessoa com autismo pode passar por períodos de maior sensibilidade sensorial, pode demonstrar mudanças em seus padrões de comportamento devido a dietas e tratamentos biomédicos e pode ainda ter altos e baixos em seu continuum de aprendizados, devido ao funcionamento de seu corpo e ao seu estilo próprio de aprendizagem. Logo, se houver uma troca constante de informações, maiores as chances de a inclusão do aluno alcançar mais sucesso. Essa troca de informações pode ainda assumir um papel vital ao fortalecer o vínculo de confiança entre a escola e os pais. E como promover esse diálogo? Através de reuniões periódicas na escola e também do contato mais diário por meio de anotações detalhadas e cuidadosas na agenda do aluno, em ambos os sentidos – tanto os pais e profissionais podem comunicar à escola alterações e fatos observados no dia a dia, como a escola também pode explicitar comportamentos e acontecimentos desenrolados em seus turnos. A comunicação pode ajudar todas as pessoas que auxiliam a criança ou adolescente com autismo a se antecipar e estar mais bem preparados para eventuais momentos de crise, como também pode ajudar a alcançar e reforçar a aquisição de habilidades e sua generalização para os distintos ambientes. Ou seja, a comunicação é um aspecto vital e é bastante importante conversar com a escola sobre maneiras de propiciar a troca constante de informações.

Ponto 3: a escola tem a intenção de promover a interação entre o professor regente, o professor auxiliar/mediador e o profissional do atendimento especial da criança ou adolescente com autismo?


Pessoas com autismo podem ter uma forma de aprender diferente. Elas tendem a absorver melhor informações visuais, podem conseguir lidar com mais facilidade com atividades fragmentadas em pequenas etapas e podem ser extremamente talentosas em áreas específicas, como as que envolvem a memorização de fatos e de sequências numéricas. Devido às características de seu sistema sensorial, o aluno com autismo pode precisar de momentos de pausa e de exercícios, massagens e movimentos. É papel do professor auxiliar/mediador intermediar a relação do aluno com autismo com o professor regente e com a classe e, devido à importância que essa intermediação assume, recomendamos que seja averiguado e discutido com a escola como a interação entre professor auxiliar/mediador e o professor regente ocorrerá. Nas escolas que oferecem um atendimento especializado no contra turno, as estratégias de ensino desenvolvidas pelos profissionais do atendimento especial também devem estar alinhadas às necessidades identificadas em sala de aula regular e aos desafios atuais do aluno. Você poderá procurar saber como a coordenação pedagógica da escola planeja estruturar a relação de sua própria equipe, e como será a integração do mediador com os profissionais da escola.

Ponto 4: a escola considera proporcionar adaptações físicas na classe para a criança ou adolescente com autismo?

Como escolher uma escola para criança com autismo
Um projeto de inclusão deve levar em conta tanto o esforço do aluno em se adaptar à escola, bem como da escola em se adaptar ao aluno. No caso das pessoas com autismo, as adaptações podem incluir aspectos físicos do ambiente escolar, assim como aspectos ligados à metodologia de ensino. Quanto aos aspectos físicos do ambiente escolar, conhecer as características do aluno e tentar minimizar os estímulos sensoriais que podem afetar a sua permanência na escola são os primeiros passos para uma inclusão bem sucedida. Antes de tudo, porém, é necessário conversar com a escola e antecipar possíveis mudanças, que podem ser implementadas conforme os sinais que a criança ou adolescente mostrar no período de adaptação à escola. Estas mudanças podem englobar a posição do aluno na sala (mais próximo do quadro e da professora regente, ou num local mais calmo e silencioso da classe, conforme as suas necessidades), o modelo de mesa e carteira (que poderão ficar mais confortáveis com inclinações diferentes ou com acessórios como almofadas), o uso de quadros de rotinas e de outros instrumentos de apoio visual, a criação de um espaço ninho (onde a criança possa se retirar quando precisar equilibrar-se sensorialmente), etc. Os pais poderão compartilhar adaptações que já são feitas em casa e pensar junto da escola em como implementá-las na classe.

Ponto 5: a escola está disposta a oferecer uma plano pedagógico individualizado para a criança ou adolescente com autismo?


A adaptação da escola não se limita aos aspectos físicos. Muitas vezes é preciso encontrar formas diferentes de atrair a atenção e propiciar engajamento nas tarefas em classe. Pode ser necessário também adaptar o método de ensino, personalizando para aquele aluno a exposição aos conteúdos que estão sendo trabalhados pela turma. Os interesses  e as motivações do aluno podem ser habilmente utilizados para impulsionar a sua participação em atividades acadêmicas. Logo, deve-se investigar se escola está disposta a oferecer um plano de ensino personalizado para o aluno com autismo.

Quer saber mais sobre como escolher uma escola para a sua criança com autismo?

Uma série de reportagens publicadas pela Revista Escola sobre a inclusão escolar de pessoas com autismo ressalta que as instituições de ensino passam por um momento de “construção” e que o processo de inclusão está sendo desenvolvido no dia a dia, o que reforça a necessidade de parceria com os pais. Em um vídeo mostrado nesta mesma série de reportagens, o processo de inclusão do aluno Matheus de 14 anos em uma escola pública é comentado por sua mãe, suas professoras e suas colegas de classe. A professora Márcia Martinelli conta no vídeo, por exemplo, como ela usou o interesse de Matheus pelos números e pelas placas de carro e a sua grande habilidade em memorizá-los para neutralizar os barulhos e a agitação da classe, mantendo Matheus focado dentro da sala. Acesse essa série de reportagens e conheça mais sobre a experiência de Matheus.

No blog Lagarta Vira Pulpa escrito por Andréa, mãe do Theo, há uma relação com indicação de escolas em vários estados do Brasil. Veja as instituições recomendadas pelo blog de Andréa em sua região e troque informações com outros pais e profissionais!

Compartilhe as nossas recomendações com os seus familiares, amigos e colegas nas redes sociais (você poderá usar os ícones das redes sociais existentes abaixo). Para enviar os seus comentários e perguntas sobre o artigo, escreva para a nossa equipe nos campos aqui do próprio blog.

E para conhecer os nossos cursos especiais sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e sobre as nossas estratégias para Inclusão Escolar, clique aqui.

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Criança com autismo e leitura

Como ajudar uma criança com autismo a ler, escrever e interessar-se por matemática

 

Muitos pais enviaram perguntas sobre a estimulação de leitura, escrita e matemática nas sessões responsivas e divertidas em casa. Você pode trabalhar qualquer habilidade, inclusive de leitura, escrita e matemática quando sua criança estiver motivada e envolvida em uma interação social com você. Por exemplo, se sua criança gostar de:

  • Cócegas
  • Leitura
  • Passear de cavalinho
  • Canções
  • Vozes divertidas e atividades de imaginação
  • Dinossauros

Quando você estiver em uma atividade interativa utilizando qualquer um destes interesses acima, espere até que sua criança esteja realmente motivada e conectada, antecipando já com muita expectativa o clímax da parte mais divertida da atividade. Este é o momento ideal para solicitar algo na área das letras ou números, levando em conta o estágio de desenvolvimento de cada criança.

Como um exemplo, estou passeando com a criança no colo pelo quarto todo. Eu posso dar duas ou três voltas sem pedir nada para ela (fazendo pequenas pausas entre cada volta para aumentar ainda mais a expectativa). Quando eu perceber que a criança já está bem motivada (talvez apresente maior contato visual, expressão facial animada, sorridente, etc), eu posso solicitar que ela escreva a letra P no seu “bilhete de passear”, ou que ela faça um círculo em volta da figura de um cavalo (se eu estiver fingindo carregá-la como um cavalinho).

Em um outro exemplo, minha criança está interessada em dinossauros e eu estou fingindo ser um tiranossauro rex que a persegue pelo quarto. Eu pego um número 5 de plástico e digo que vou dar cinco passos gigantes de tiranossauro rex para pegá-la. Eu dou os 5 passos e faço rugidos de dinossauro. Daí eu digo que posso dar 7 passos gigantes para pegá-la. Peço que ela pegue o número 7 de plástico e o dê para mim antes de dar os passos. Eu ajusto a minha solicitação de acordo com o estágio de desenvolvimento de minha criança. Por exemplo, eu tenho 6 bolas de pingue-pongue e minha criança está interessada na atividade com o tema do tiranossauro rex. Eu posso fingir que as 6 bolas são ovos de dinossauro e que se ela estiver perto dos ovos o dinossauro vai rugir, persegui-la e fazer cócegas nela. Depois de fazer isso uma ou duas vezes sem demandar nada da criança para ajudá-la a ficar ainda mais motivada, eu posso pedir que ela divida os ovos por 2, por 3, etc.

Criança com autismo e leituraÉ claro que os interesses e motivações de cada criança serão diferentes. E o estágio de desafio a ser trabalhado com cada criança em relação a letras, números, escrita e leitura também será diferente. É por isso que é tão importante seguir as motivações de sua criança e entender que em muitas ocasiões talvez a sua criança não esteja interessada na atividade que você está propondo.

Se você gostou desse artigo sobre como ajudar uma criança com autismo a ler, escrever e interessar-se por matemática, compartilhe-o com os seus familiares e amigos pelas redes sociais! Conte também para a gente como você tem ajudado a sua criança com autismo a desenvolver habilidades de leitura, escrita e matemática. As suas sugestões e ideias podem inspirar muitos dos nossos leitores!

Lembrete: aprofunde os seus conhecimentos sobre a nossa abordagem e aprenda estratégias práticas para ajudar pessoas com autismo participando de nossos cursos.

Aprendizado social com ajuda de coleguinhas da mesma idade colabora para o desenvolvimento de pessoas com autismo na escola

 

Um novo estudo publicado nos EUA pelo Journal of Autism and Developmental Disorders mostra a eficácia de se promover brincadeiras em grupo de crianças com 5 a 6 anos idade. Durante o estudo, os grupos foram organizados estimulando-se a interação de uma criança no espectro do autismo junto de coleguinhas de desenvolvimento típico.

A recém-publicada pesquisa documenta a existência de benefícios duradouros em programas que recrutam crianças fora do espectro do autismo no jardim de infância e nas primeiras séries do ensino fundamental para ajudar a ensinar habilidades sociais para os colegas que têm autismo. As sessões contendo atividades lúdicas aconteceram no contraturno da escola.

Os pesquisadores começaram propondo as estratégias de intervenção da rede de colegas aos professores, fonoaudiólogos e assistentes de sala de aula. A equipe da escola passou então a supervisionar grupos de brincadeiras que incluíam um aluno com autismo emparelhado com dois ou três colegas com desenvolvimento típico.

As crianças com autismo abrangidas pelo estudo tinham habilidades de comunicação suficientemente desenvolvidas para seguir instruções simples e fazer pedidos com frases contendo ao menos duas a três palavras.

Os grupos de brincadeiras duraram, em média, meia hora e aconteciam três vezes por semana. Após a introdução de um conceito como, por exemplo, o de partilha de objetos, os professores pediam aos colegas de desenvolvimento típico que ajudassem a criança com autismo a fazer o compartilhamento de uma maneira amigável. Por exemplo, durante um jogo que envolvia a partilha de um brinquedo, um dos colegas podia sustentar uma pequena placa ao aluno com autismo dizendo “Por favor, empresta isso?”, ou “Aqui vai”.

Desta forma, as crianças praticaram habilidades sociais tais como fazer requisições, fazer comentários e usar termos como “por favor” e “obrigado”. Os grupos de brincadeiras aconteceram durante os primeiros seis meses do jardim de infância e os primeiros seis meses do ensino fundamental.

Ao todo, 56 crianças com autismo participaram do programa. Para efeito de comparação, os pesquisadores também acompanharam o desenvolvimento social de um grupo de controle contendo 39 crianças com autismo que receberam apenas os serviços padrões de educação especial da escola.

Para descobrir se as crianças estavam usando suas novas habilidades sociais fora dos grupos de brincadeiras, os pesquisadores observaram as suas interações com outros colegas em outras situações. Eles gravaram tais observações em, pelo menos, quatro ocasiões, incluindo o fim do primeiro ano.

“Descobrimos que as crianças que participaram da rede social não só fizeram progressos significativos na comunicação social durante a intervenção, mas também fizeram muito mais iniciações com os seus pares em geral”, afirma Debra Kamps, pesquisadora e diretora da University of Kansas Center for Autism Research and Training.

Para certificar-se de que suas medições foram objetivas, os pesquisadores usaram listas padronizadas de comportamentos indicativos de comunicação social. Eles também pediram aos professores que completassem questionários sobre o comportamento dos alunos.

Os resultados mostraram que as crianças com autismo que participaram dos grupos de brincadeiras em pares iniciaram significativamente mais interações sociais com os colegas do que as crianças do grupo de controle. As crianças que participaram do programa também demonstraram maior desenvolvimento da linguagem e de conversas apropriadas.

Finalmente, as avaliações dos professores sobre as habilidades sociais das crianças que participaram do programa mostraram melhorias significativas no desenvolvimento das habilidades sociais e no comportamento em sala de aula.

Como mais uma prova da eficácia dos grupos de brincadeiras com colegas, muitos dos professores continuaram a usar estas estratégias em suas salas de aula, ilustra Dra. Kamps. “Nós sabemos como fazer isso, e nossa pesquisa nos mostrou que não é tão difícil ensinar as pessoas a fazê-lo”, conclui.

“É emocionante ver estudos que continuam a demonstrar a eficácia das intervenções que incorporam colegas em práticas de tratamento”, comenta Lucia Murillo, diretora-assistente de pesquisa em educação da Autism Speaks, instituição que publicou em seu site uma matéria em inglês sobre a nova pesquisa. Lucia Murillo lembra que as crianças com autismo envolvidas no estudo tinham níveis de linguagem de moderados a elevados e que, por isso, é importante reconhecer que os mesmos resultados podem não se aplicar a todas as crianças no espectro do autismo.

Você já tentou ajudar pessoas com autismo na escola em brincadeiras em grupos? Conte para a gente!

Se você achou que esse post para ajudar pessoas com autismo na escola pode ser útil, divulgue-o aos seus familiares, colegas e amigos pelas redes sociais, clicando nos ícones abaixo.

Como ajudar uma criança com autismo na escola

Inclusão escolar: apresentando sua criança aos colegas e professores

A interação e a comunicação entre Como ajudar uma criança com autismo na escolaa criança, sua família e a comunidade escolar podem trazer muitos benefícios ao processo de inclusão. Isso é o que mostra a história de Mariana Caminha, mãe do Fabrício, de 04 anos. Ela criou um fantástico panfleto com informações carinhosas e dicas preciosas sobre o pequeno Fabrício. O intuito de Mariana é não só facilitar o processo de inclusão escolar do seu filho, mas também divulgar informações sobre o Transtorno do Espectro Autista à comunidade.

O panfleto contém uma linda foto de Fabrício, circundada por grupos de características que podem ser muito importantes em seu dia a dia na escola. Segundo o panfleto, entre os talentos e habilidades de Fabrício sua mãe destaca a sua coordenação motora, a sua capacidade para imitar, dar carinho, memorizar e mexer em aparelhos celulares. Entre seus interesses e motivações estão correr, pular, cantar, subir e descer ladeiras, piscinas e Disney. Ao se comunicar, a mãe explica que Fabrício usa “uh-ô” para suco e “a-uh-da” para ajuda, e ela também esclarece que ele gosta muito das vogais e compreende tudo que lhe é dito. A mãe ainda explica que Fabrício pode dar gritinhos de alegria, pode fazer birra quando contrariado, pode se assustar com cachorros, e tem dificuldades em dividir e permanecer sentado.

Mariana apresenta as informações sobre o filho de um jeito divertido, simpático e afetuoso no panfleto, e espera que o infográfico elaborado por ela possa ajudar outras crianças com autismo. Ela recomenda que o infográfico de cada criança seja editado, impresso e enviado aos pais dos coleguinhas de classe através de um envelope, podendo ser também encaminhado aos professores e à direção da escola da criança. O panfleto pode ser editado para cada criança a partir de um arquivo que pode ser solicitado à Mariana através do e-mail mcaminha@me.com.

Para conhecer melhor a iniciativa de Mariana, você poderá ler uma reportagem publicada no site do Jornal Correio Braziliense e acessar o perfil dela no Facebook através do “Doutores do TEA”.

Para ter mais ideias sobre como ajudar uma criança com autismo na escola, você poderá também imprimir e compartilhar com a comunidade da escola o nosso cartaz com 15 Dicas sobre Inclusão Escolar, ler um texto sobre o Estilo Responsivo na Inclusão de Crianças com Autismo e participar de um de nossos cursos.

Como ajudar crianças com autismo a aprender quantidades – fazendo compras no supermercado

 

Interesses:

Participar de jogos simbólicos; realizar compras de supermercado; nomes de marcas e logos de produtos.
*recomendamos esta atividade para crianças que já apresentem um período médio de atenção compartilhada de 12 a 15 minutos.

Metas principais:

Aprendizado de quantidades.
Uso da imaginação.
Participação física da criança na brincadeira.
Comunicação verbal.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto atua na brincadeira como o cliente do supermercado que levará uma lista de compras.

Solicitação (o papel da criança):

A criança é a proprietária do supermercado e atende o cliente selecionando os produtos na quantidade descrita na lista de compras dele.

Estrutura da atividade:

O adulto explica que a criança será a dona de um supermercado e a convida para conhecer os produtos vendidos lá. A criança então entra no espaço em que será realizada a sessão e encontra prateleiras improvisadas com produtos diversos, que podem ser, inclusive, embalagens vazias e limpas de produtos que ela já conheça. No supermercado, há também um carrinho de compras (que pode ser feito com caixas de papelão ou com recipientes plásticos). O adulto mostra todos os produtos para a criança e explica, fazendo suspense, que vários clientes diferentes vão até aquela loja, e que cada cliente trará uma lista de compras. O dono do supermercado terá que separar os produtos de acordo com a lista de cada cliente.

O adulto anuncia que o primeiro cliente vai entrar. Vestimentas, gestos e uma maneira específica de falar caracterizam cada cliente incorporado pelo adulto. O primeiro cliente mostra a sua lista de compras à criança (cada lista de compras poderá ter as quantidades descritas de cada produto e os desenhos ou colagens de imagens dos produtos nestas quantidades).

A criança é estimulada a separar os produtos nas quantidades descritas e a colocá-los no carrinho. No começo, o adulto poderá ser um modelo de como usar a lista para selecionar os produtos. O adulto poderá demonstrar que será muito legal levar aqueles produtos para casa e comemorar a colocação de cada produto (ou de cada grupo de produtos) no carrinho. Quando a criança tiver compreendido bem a dinâmica da colocação dos produtos no carrinho e encontrar-se motivada a participar, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto passa a solicitar que ela mesma siga selecionando os produtos da lista de compras e colocando-os no carrinho. A solicitação é um convite animado, e o adulto pode selecionar os produtos junto com a criança, se ela demonstrar qualquer dificuldade em identificar as quantidades, comemorando todas as suas tentativas. Quando toda a lista de compras estiver no carrinho, o adulto pode oferecer uma grande comemoração e fazer um enorme suspense sobre como será o próximo cliente. A criança é estimulada a recomeçar a atividade, ou seja, a receber o novo cliente com uma nova lista de compras.

Materiais sugeridos:

Durante a brincadeira, os clientes do supermercado podem utilizar vestimentas que caracterizem personagens ou pessoas que a criança goste. Você poderá aproveitar imagens de revistas ou da internet para incrementar as listas de compras.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade colocando preços nos produtos do supermercado. Se a criança estiver aprendendo operações matemáticas, estas operações também poderão ser praticadas durante a brincadeira. Por exemplo:os produtos poderão ser somados; os produtos poderão ser divididos em caixas para entrega; cada produto, com seu preço específico, poderá ser comprado em quantidades diferentes, fazendo com que a criança pratique a multiplicação.

Caso a criança esteja em um estágio mais avançado da comunicação, o adulto poderá encenar com ela situações sociais envolvendo a ida a um supermercado, como a saudação de chegada e de partida, a solicitação de informação e ajuda durante a seleção dos produtos e o agradecimento pela realização da compra, através de diálogos entre o dono do supermercado e o cliente.

Em casos de estágios ainda mais avançados do desenvolvimento, podemos propor a realização de uma sessão a três (a criança e dois adultos facilitadores). A flexibilidade e a complexidade das operações matemáticas também poderão ser trabalhadas encenando que o cliente da loja, por exemplo, recebeu uma chamada ao telefone (que pode ser encenada pelo segundo adulto facilitador) pedindo que produtos sejam trocados, retirados ou inseridos em maior quantidade na lista de compras.

Se nossa criança não se interessar pela atividade envolvendo a compra no supermercado, podemos adaptar a estrutura da brincadeira e propor a compra, por exemplo, numa loja de DVDs, numa loja de brinquedos, adesivos ou eletrodomésticos, levando em conta o atual interesse da criança. Já fizemos brincadeiras com nossas crianças em que a loja oferecia logomarcas (impressas em papel) de bancos, redes de televisão e montadoras de carros.

Durante os ciclos da brincadeira, caso a criança deseje trocar de papel com o adulto e tornar-se o cliente do supermercado, o adulto poderá alternar o papel.

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Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.