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Material para ajudar pessoa com autismo a usar o vaso sanitário

Material de apoio visual para ajudar crianças a usar o vaso sanitário

Sabemos que apoios visuais podem ajudar bastante as nossas crianças, adolescentes e adultos com autismo na realização de suas tarefas no dia a dia. Por isso, elaboramos cartazes ilustrativos para ajudar meninas e meninos a usar o banheiro!

Material para ajudar pessoa com autismo a usar o vaso sanitário

 

 

 

 

 

 

 

 

Os cartazes contêm um passo a passo que poderá orientar as crianças, adolescentes e adultos com autismo na utilização do vaso sanitário. Os cartazes poderão ser afixados em casa, nas escolas, em clínicas e instituições.

Sugerimos que os cartazes sejam colocados na horizontal, com a sequência do passo a passo começando na esquerda e terminando na direita. Temos quatro tipos de cartazes:

  • um cartaz para as meninas;
  • um cartaz para os meninos que fazem o xixi e o cocô sentados;
  • dois cartazes para os meninos que fazem xixi em pé e cocô sentado (nesse caso, temos um cartaz para o xixi e outro cartaz para o cocô).

Para baixar gratuitamente, clique aqui.

Você poderá imprimir o seu cartaz ilustrativo usando a sua impressora no formato “paisagem” e clicando no link acima.

Após afixar o cartaz no banheiro, seria fantástico convidar a sua criança para conhecer as ilustrações e acompanhá-la com empolgação e entusiasmo nas primeiras tentativas, comemorando sempre as iniciativas e tentativas dela!

Você poderá também tornar-se um modelo e encenar de forma divertida e engraçada a observação do cartaz e a execução do passo a passo no banheiro, para que a sua criança visualize como seguir a sequência na prática. Os personagens, músicas e temas favoritos de sua criança poderão também ser levados ao banheiro e utilizados na encenação!

Recomende os novos materiais de apoio para ajudar crianças a usar o vaso sanitário aos seus amigos e colegas pelas redes sociais clicando nos ícones abaixo.

Leia mais dicas sobre como ajudar crianças com autismo a usar o vaso sanitário em nosso blog!

Para conhecer os cursos sobre a nossa abordagem lúdica, motivacional e responsiva e aprender estratégias práticas para auxiliar a vida diária das pessoas com autismo, clique aqui.

Aplicativos para pessoas com autismo

6 aplicativos úteis para pessoas com autismo

Você sabia que muitas famílias e profissionais têm usado aplicativos para pessoas com autismo em seu dia a dia? A seguir descrevemos alguns dos aplicativos para celulares e tablets disponíveis no mercado que têm se mostrado muito úteis para a promoção do desenvolvimento de nossas crianças, adolescentes e adultos com autismo.

Aplicativos para pessoas com autismo para organização da rotina

First Then (em Português, Primeiro e depois)

Disponibilidade: disponível para iPhone e iPod touch.
Objetivos: aumentar a independência da criança, Aplicativos para pessoas com autismoordenar as atividades diárias e diminuir a ansiedade duração a transição das atividades.
Funcionamento:  por meio de uma programação visual específica e com a possibilidade de apoio com mensagens sonoras, o aplicativo oferece suporte às pessoas com autismo através do uso de imagens/falas que informam sobre os acontecimentos diários ou sobre as diferentes etapas necessárias para completar uma atividade específica (por exemplo, usar o banheiro). O aplicativo pode ser exibido em três formatos de tela: tela inteira, tela dividida e tela com lista de tarefas. Na opção de tela inteira, a pessoa com autismo pode visualizar uma imagem grande e, deslizando o dedo à esquerda no visor do aparelho, poderá ver a imagem seguinte. Na opção de tela dividida, a pessoa com autismo visualiza duas imagens dispostas lado a lado com uma seta entre elas que ajuda a acessar a sequência de atividades – o fato de existir essa guia lateral com a sequência de atividades faz com que o usuário possa ser informado sobre as próximas atividades da sua programação. Na opção de tela com lista de tarefas, aparecem quatro imagens associadas à rotina da pessoa com autismo. Esta opção é mais indicada para pessoas que estão já familiarizadas com um sistema de comunicação por troca de imagens ou não são tão facilmente distraídas por atividades futuras.
Possibilidades: os pais ou algum outro responsável podem gravar a sua própria voz para criação das instruções/falas que acompanham as imagens. Estas falas podem ser um excelente instrumento para reforçar a sequência de atividades da rotina e para ajudar a pessoa com autismo no que se refere à aquisição da linguagem. Cada tela poderá conter um check list e este check list poderá indicar quando uma tarefa estiver completa (esta ferramenta pode ser ligada e desligada acessando-se o menu). O aplicativo permite personalizar ainda a agenda usando figuras da biblioteca de imagens do computador, buscando imagens na internet ou empregando imagens existentes nas câmeras do iPhone ou iPod touch. Tendo uma agenda predefinida, o aplicativo permite usar tantas imagens quantas forem necessárias para ilustrar os passos existentes na realização das tarefas.
Outras características: há também a possibilidade de alternar a utilização dos diferentes formatos para a utilização em cada um dos horários do dia, dependendo da preferência do usuário.
Para mais informações, acesse: https://itunes.apple.com/br/app/first-then-visual-schedule/id355527801?mt=8

Minha Rotina Especial

Disponibilidade: oferecido pela App Store e disponível para iPad.
Objetivos: organizar as informações sobre a rotina diária da criança Aplicativos para pessoas com autismo de forma integrada, visualmente organizada e clara, propiciando aprendizados e colaborando para o desenvolvimento. Segundo os criadores do aplicativo – Régis Nepomuceno, que é Terapeuta Ocupacional, e Paulo Zamboni, que é pai de uma criança com autismo – ao conhecer sua rotina, a criança ganharia confiança e autonomia, fundamentais para seu desenvolvimento.
Funcionamento:  os pais, ou algum outro responsável pela criança, registra em fotografias momentos da rotina da criança. Depois, esta pessoa entra em um campo do aplicativo denominado “acesso pessoal”, acessível a partir de uma senha, e elabora a estrutura semanal da criança, com as respectivas atividades de vida diária. O aplicativo tem a aparência de uma agenda e é capaz de organizar a rotina antecipando as atividades que serão realizadas, enviando lembretes sobre cada etapa e, ao final, mostrando um resumo de tudo o que foi realizado.
Possibilidades: é possível personalizar o aplicativo para cada criança com a inclusão de fotos e áudios. Estas ferramentas permitem que a criança se reconheça, identifique as atividades de seu dia a dia e acompanhe os passos necessários para a execução de cada atividade. Ainda é possível inserir na rotina o planejamento de viagens e a antecipação de possíveis imprevistos. Por exemplo, fotos e informações sobre visitas e fatos novos na rotina podem ser antecipados para que a criança não se desorganize com esses eventos. Para os criadores do aplicativo, o Minha Rotina Especial contribui para o planejamento, a organização sensorial e a compreensão das etapas e da complexibilidade de cada atividade.
Outras características: o aplicativo poderá narrar as etapas do dia a dia da pessoa com autismo usando uma voz familiar a ela, o que é útil para crianças com deficiência visual ou para aquelas que ainda não sabem ler. Após a montagem das atividades cotidianas, também é possível imprimir a agenda completa da criança e utilizá-la como um quadro de rotina ou um mural de fotos, que poderão ser afixados em algum local da residência, como o quarto da criança.
Para mais informações, acesse: http://minharotina.com.br

Aplicativos para pessoas com autismo para apoio à comunicação

Tobii Sono Flex

Disponibilidade: disponível para iPad e iPhone e tablets com sistema operacional Android.
Objetivos: viabilizar uma comunicação alternativa para crianças, Aplicativos para pessoas com autismoadolescentes e adultos que ainda não têm total domínio da comunicação verbal. O aplicativo transforma símbolos em falas emitidas com clareza.
Funcionamento:  os pais ou algum outro responsável pela pessoa com autismo encontrarão no aplicativo um conjunto de símbolos – o aplicativo contém 11 mil símbolos, além de 50 frases e expressões de contexto já estruturadas. O adulto poderá usar também a câmera e os álbuns do aparelho para selecionar e criar os seus próprios símbolos personalizados. Após conhecerem juntos os símbolos existentes ou criarem símbolos novos para situações específicas ou necessidades individuais, cada símbolo ou cada vocabulário de contexto, quando for selecionado e tocado, emitirá uma fala que expressará então os desejos e interesses da pessoa com autismo, podendo ser manuseado por ela enquanto instrumento de expressão e comunicação. Ou seja, ao clicar nos símbolos, o aplicativo faz com que o celular “fale” a palavra ou frase relacionada ao que se deseja comunicar.
Possibilidades: o aplicativo possui cinco tipos diferentes de vozes que podem ser utilizados (um menino, uma menina, duas mulheres e um homem). O aplicativo está disponível na Língua Portuguesa.
Outras características: o aplicativo possui uma versão gratuita para experimentação chamada Tobii Sono Flex Lite (esta versão é limitada e mais simplificada, mas pode ser usada para testar o aplicativo).
Para mais informações sobre o Tobii Sono Flex, acesse: https://itunes.apple.com/us/app/sono-flex-bp/id562578933?mt=8
Para conhecer o Tobii Sono Flex Lite, acesse: https://itunes.apple.com/us/app/sono-flex-lite-bp/id562582441?mt=8

Livox

Disponibilidade: disponível para iPad e iPhone e tablets com sistema operacional Android.
Objetivos: viabilizar uma comunicação alternativa para crianças, Aplicativos para pessoas com autismoadolescentes e adultos que ainda não têm total domínio da comunicação verbal. Assim como o Tobii Sono Flex, o Livox transforma símbolos selecionados e tocados na tela do aparelho em falas emitidas com clareza.
Funcionamento: o aplicativo foi criado por brasileiros a partir da iniciativa de um casal que é pai de uma menina com paralisia cerebral. O Livox possui cerca de 12 mil símbolos e um repertório variado de frases e expressões comuns ao cotidiano, funcionando então como um “catálogo de falas ditas em voz alta”, segundo Carlos Edmar Pereira, criador do aplicativo e pai de Clara. O aplicativo oferece uma plataforma amigável com sistema touch inteligente, que ajuda as crianças, adolescentes e adultos a concluírem o toque nos símbolos, corrigindo eventuais imperfeições e possui um conteúdo educacional.
Possibilidades: o aplicativo possibilita o compartilhamento de conteúdo entre tablets, possui algoritmos que adequam o uso do aplicativo às pessoas com outras deficiências (motora, cognitiva ou visual, por exemplo) e ainda disponibiliza um teclado virtual inteligente.
Outras características: o Livox recebeu um prêmio da ONU como o melhor aplicativo de inclusão social do mundo e vem sendo utilizado por famílias e por muitas instituições, tais como a APAE, tendo um alcance estimado no país de 10.000 pessoas.
Para mais informações, acesse: http://www.livox.com.br/

Aplicativos para pessoas com autismo de apoio às atividades pedagógicas

Story Creator (em Português, Criador de Histórias)

Disponibilidade: disponível para quem possui iPhone, iPad e iPod touch.
Objetivos: o aplicativo permite criar de forma fácil e simples histórias Aplicativos para pessoas com autismopersonalizadas, permitindo registrar histórias de vida que podem ser recontadas e compartilhadas com familiares e amigos.
Funcionamento: o usuário inicia a criação de uma história e, para incrementá-la, pode usar fotos, vídeos, textos, desenhos e áudios. Pode-se criar quantas histórias se quiser e cada uma delas poderá ter a sua própria capa. O aplicativo permite destacar os trechos mais importantes da história através de uma ferramenta de highlights por voz. Após a criação da história, ela pode ser compartilhada usando diferentes interfaces ou pode ser enviada às outras pessoas por email, bastando para isso apenas um clique. As histórias compartilhadas poderão ser comentadas, gerando interatividade.
Possibilidades: as fotos utilizadas nas histórias podem ser importadas do Dropbox, Flickr, Picasa ou do Facebook. Cada página da história pode conter textos e trechos de gravações de áudio, sendo que as crianças podem então assistir às histórias narradas com a voz dos pais.
Outras características: o aplicativo possui um mecanismo de backup que garante o armazenamento das histórias já criadas e evita que histórias gravadas sejam apagadas acidentalmente.
Para mais informações, acesse: https://itunes.apple.com/br/app/story-creator-easy-story-book/id545369477?mt=8

Desenhe e Aprenda a Escrever

Disponibilidade: disponível para quem possui iPhone e iPad.
Objetivos: o aplicativo auxilia no desenvolvimento da motricidade fina e ajuda a criança a aprender a escrever palavras, que sãoAplicativos para pessoas com autismo desenhadas na tela do aparelho em formatos divertidos – por exemplo, usando as texturas creme de barbear, ketchup, cobertura de chocolate, giz, lápis, caneta azul, gelatina, pudim de chocolate, xarope, geleia de uva, creme de leite, torta de abóbora, tinta vermelha e pudim de baunilha.
Funcionamento:  a criança desenha as letras na tela e, depois, as linhas desenhadas aparecem próximas às letras padrões, dessa forma, a criança pode comparar seus desenhos aos modelos e aperfeiçoar sua coordenação e habilidade de escrita. O aplicativo também ajuda a criança a se aprimorar chamando a atenção dela gentilmente quando a escrita está sendo feita fora do circuito previsto (a criança tem a chance de tentar novamente). Quando a criança conclui a escrita, o aplicativo oferece um prêmio para motivar a criança a continuar aprendendo. O aplicativo tem 28 opções de fundo  – ou seja, papéis de fundo com texturas e estampas diferentes – e inclui listas de conteúdos variados, com temas tais como letras, números, alimentos, animais, natureza, etc.
Possibilidades: os pais ou responsáveis podem criar listas específicas personalizadas de palavras, por exemplo, com os temas prediletos da criança ou com itens que ela está interessada em aprender no momento.
Outras características: após a conclusão de cada escrita, o aplicativo revisa o conteúdo elaborado, o que oferece um reforço visual ao aprendizado.
Para mais informações, acesse: https://itunes.apple.com/br/app/desenhe-e-aprenda-a-escrever!/id545187337?mt=8

Já utilizou um desses aplicativos? Então, conte a sua experiência para nós!

Aprenda mais sobre o autismo e sobre como ajudar a sua criança em um de nossos cursos. Os cursos são abertos a pais, familiares, profissionais, estudantes e voluntários e as inscrições podem ser parceladas em até 18 vezes.

Como ajudar uma criança com autismo a tomar banho

A hora do banho pode ser um momento divertido e gostaríamos de ajudar você e a sua criança, adolescente ou adulto com autismo nesta tarefa. Leia abaixo algumas ideias e recomendações que podem ser úteis para ajudar uma criança com autismo a tomar banho:

Facilite a transição da criança com autismo para o banheiro

Podemos nos preparar para a transição de atividades e de ambientes oferecendo explicações para a pessoa com autismo sobre a chegada do momento do banho. Por exemplo, podemos mostrar um quadro de rotina visual  daquele dia ou cartões que sinalizem a hora do banho; podemos aplicar o método “3,2,1” de contagem regressiva dos minutos para avisar à pessoa com autismo paulatinamente que a hora do banho está se aproximando ou ainda fazer sinaleiras de cartolina ou E.V.A. com círculos ou barras que vão diminuindo para demonstrar visualmente a passagem do tempo e a aproximação da hora do banho; ou podemos usar músicas, percussões, efeitos sonoros ou gestos para marcar o final da atividade anterior e anunciar que a próxima atividade será o banho.

Nós podemos encorajar o momento do banho com energia e entusiasmo, ao mesmo tempo em que buscamos tornar outras atividades que competiriam com o banho indisponíveis. Após a contagem regressiva, quando chegar o momento da criança com autismo tomar banho podemos desligar a TV ou o computador, fecharmos as portas para os quartos e nos despedirmos das outras pessoas que não participarão do banho conosco.

Torne o banheiro um lugar interessante

Para ajudar a criança com autismo a tomar banho de um jeito que seja prazeroso para ela, o banheiro deve se tornar um lugar em que ela se sinta à vontade. Se a sua criança não se sente confortável no banheiro, tente investigar quais motivos levam a criança a isso. Observe quais estímulos sensoriais podem estar incomodando a criança e tente minimizá-los. Há muitos objetos/luzes/cores/texturas no ambiente? Há algum cheiro ou ruído desagradável? Como a criança lida com a textura da toalha e do tapete? E o odor e a textura dos produtos de limpeza?

Você poderá também usar uma técnica de dessensibilização e levar a criança até mais próximo do banheiro em alguns outros momentos do dia, explicando a importância do banheiro para nos mantermos limpos e saudáveis. Você mesmo poderá ser um modelo social ao longo do dia e explicar que está indo ao banheiro para, por exemplo, escovar os dentes ou tomar banho, e mostrar como isso é bom para a sua saúde e bem estar.

Ou você pode criar histórias sociais com personagens que tomam banho em meio ao conto. Você pode confeccionar páginas avulsas, um livro de histórias ou usar livros que já existem. A história também pode ser dramatizada por você junto a outras pessoas para ajudar a criança a tomar banho. Lembre-se de retirar do banheiro quaisquer utensílios que possam distrair ou trazer riscos à criança. Se a sua criança já apreciar o ambiente do banheiro, veja quais estímulos sensoriais ela mais gosta e valorize esses estímulos durante o banho. A criança pode gostar de tocar a água, o sabonete, a bucha de banho, ver as luzes do banheiro ou brincar com as imagens do espelho. Aproveite isso!

Quando a hora do banho estiver próxima, você pode começar a encher a banheira e adicionar os brinquedos ou objetos favoritos da criança no box do chuveiro ou na banheira. Faça gestos e sons que demonstrem que você está se divertindo no banheiro. Tente tornar o banheiro o lugar mais interessante e divertido da casa nesse momento! Se a criança vier para o banho sozinha, ou até se aproximar ou chuveiro ou da banheira, faça uma festa e a comemore por isso. Se ela estiver brincando com o brinquedo favorito dela antes do banho e demonstrar aceitar a sua participação na atividade, você pode tentar trazer paulatinamente o brinquedo para o banheiro, continuando a brincadeira nesse ambiente e dando início ao banho propriamente dito aos poucos, até como parte da atividade lúdica.

Aproveite interesses e motivações do momento para ajudar uma criança com autismo a tomar banho

Há poucos dias atrás, publicamos um artigo sobre como usar os personagens prediletos da criança em atividades interativas. Essa ideia pode ser útil para você também na hora do banho. Caso a sua criança não esteja brincando com algo que você possa aproveitar e levar até o banho, verifique se há algum personagem, brincadeira, música ou atividade que a sua criança esteja apreciando bastante nos últimos dias. Busque identificar os interesses e motivações recentes de sua criança e tente usá-los para iniciar uma atividade antes do banho. Por exemplo, se a sua criança está gostando de um personagem, comece a encenar o personagem ou a cantar uma música relacionada a ele antes mesmo de começar a levar a criança até o banheiro. Você pode usar objetos, os movimentos de seu corpo ou a sua voz para levar devagarinho para dentro do banheiro esse personagem do momento. Você pode mostrar como o personagem está empolgado com o banho e como ele ficará feliz depois dele.

Crie ou expanda atividades

Uma vez que vocês já estejam no banheiro, busque continuar expandindo a brincadeira e, aos poucos, vá incluindo na atividade as etapas do banho. No caso de nosso exemplo com o personagem, ele pode ajudar a criança a tirar a roupa e a entrar no box ou na banheira, ele pode nadar, mergulhar e interagir com a água, ele pode se esconder ou percorrer o ambiente do banheiro em uma aventura junto com a criança, ajudá-la a usar o xampu e o sabonete e a se secar. Lembre-se de aceitar as colaborações e mudanças que a criança propuser ao longo da brincadeira e a respeitar o seu estado de disponibilidade durante o banho – talvez a criança, em algum momento, queira manipular algum brinquedo ou experienciar aquele momento sozinha.

Utilize apoios visuais, musicais e cinestésicos

Traga para o banheiro uma folha de papel plastificada com as imagens das etapas de higienização do banho para dar previsibilidade de todas as partes do corpo que serão lavadas. Essa previsibilidade da rotina de higienização ajudará a criança a se sentir mais segura e estimulará maior autonomia também. Você também poderá cantar uma melodia conhecida, mas com a letra modificada para narrar as etapas do banho. Um apoio cinestésico para auxiliar a criança a se lembrar das etapas do banho pode ser uma espécie de coreografia que vocês realizam com os passos da higienização enquanto cantam a canção do banho.

Aproximação gradativa ao objetivo

Se a criança tem aversão ou medo de lavar o cabelo pois não gosta da água nos olhos e no nariz, você pode experimentar lavar o cabelo dela utilizando um copo de plástico com água. Leve o copo até a nuca da criança, avise que você molhará a nuca dela e despeje cuidadosamente a água apenas na nuca. Repita o procedimento e, aos poucos, sempre dando previsibilidade do que vai acontecer, despeje a água de pontos cada vez mais altos da cabeça, por trás. A criança tentará inclinar a cabeça para frente para que a água não caia no rosto, mas isso levará mais água ao rosto, então explique desde o ponto da água na nuca, que se ela inclinar a cabeça para trás, a água não escorrerá para o rosto. Avise o que vai acontecer cada vez que você levar o copo com água próximo à cabeça dela, peça para ela inclinar a cabeça um pouquinho para trás, conte até 3 e gentilmente despeje a água por trás da cabeça protegendo o rosto da criança com sua outra mão (ou com a mão dela) para que não escorra nada de água na face. Uma outra estratégia é a criança utilizar óculos de natação enquanto você lava o cabelo dela ou ela mesma lava o cabelo para que a água não escorra em seus olhos. Uma viseira na cabeça da criança também poderia ajudar, pois menos água escorreria nos olhos e no nariz. Notamos que, geralmente, conforme a criança aprende a nadar e a mergulhar, o medo da água no rosto tende a diminuir.

Quanto ao secador, recomendamos uma exposição gradativa à atividade. Procure um secador o mais silencioso possível e utilize primeiro o modo de ventilação fria a uma boa distância da cabeça de sua criança. Quando ela estiver acostumada com isso, calma e confiante na atividade, tente colocar a ventilação na temperatura morna ainda a uma boa distância da cabeça. Aos poucos, aproxime o secador da cabeça dela. No início, pode demorar mais para você completar o banho e a secagem do cabelo, mas com a criança calma e sentindo-se segura, sem ser forçada, ele poderá aos poucos se tornar mais participativa e independente nestas atividades.

Seja calmo e persistente

Em nossa abordagem responsiva, nós buscamos introduzir uma rotina e tornar as atividades cotidianas prazerosas, evitando manipular a criança fisicamente de modo a forçá-la a seguir esta rotina, pois em nossa experiência este tipo de atitude não estimula o tipo de interação social e flexibilidade que nós desejamos promover em nossas relações com elas (para rever os conceitos fundamentais de nossa abordagem responsiva clique aqui). Ao invés disso, nós somos calmos, entusiasmados, persistentes e flexíveis enquanto encorajamos a hora do banho. Apesar de esta abordagem demandar a curto prazo um período de tempo maior para a realização das atividades cotidianas, notamos que, a longo prazo, esta atitude nos ajuda a conseguir muito mais rapidamente a participação espontânea que queremos.

Ou seja, numa primeira tentativa, ao seguir as recomendações acima, o banho da criança pode acabar demorando mais que o esperado, mas você poderá perceber com o tempo que nas próximas vezes o processo poderá ser reduzido, e continuará sendo divertido. Reserve um período no seu dia para o momento do banho e não tenha pressa caso a criança leve algum tempo para engajar-se nele e para concluí-lo nas primeiras tentativas.

Importante: Aprecie esse momento junto com a criança! Apaixone-se pelos interesses e motivações atuais da sua criança e não tenha receio em colocar em prática a sua criatividade e expressividade. Na hora do banho, tente apreciar você também essa atividade. Sabemos que muitas vezes temos um tempo contado durante o dia para o banho, mas tente encontrar algumas oportunidades ao longo da semana em que vocês poderão entrar para o banho com calma e com disponibilidade para apreciar a atividade. Em nossos Cursos de Módulo 1 abordamos outras técnicas que podem ser utilizadas por você em seu dia a dia.

Veja em nosso site a programação dos eventos introdutórios, abertos a pais, familiares e profissionais ligados a pessoas com diagnósticos do autismo. Para ler mais informações sobre outras atividades da vida diária, acesse o nosso site e verifique nossas recomendações sobre alimentação, escovação de dentes e visitas ao dentista.

Compartilhe com a gente as suas dicas e experiências escrevendo um comentário abaixo para o nosso blog! As suas dicas e experiências poderão ser úteis para outros pais, familiares e profissionais. Vamos trocar ideias!

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Como ajudar uma criança com autismo a utilizar o vaso sanitário

Quanto à meta de utilização do vaso sanitário, recomendamos que, se for uma criança, o facilitador encoraje a criança com autismo a utilizar o vaso sanitário através de estímulos divertidos, convites animados, brincadeiras que contribuam para a conscientização da possibilidade de se fazer xixi no penico ou vaso, e de como esta possibilidade pode ser divertida para a criança (ex: teatrinhos com fantoches utilizando o banheiro, músicas favoritas com a letra adaptada para o tema, desenhos, decorações próximas ao vaso, livros e conversas),dando bastante controle para a criança utilizar o banheiro quando quiser, se quiser.

De maneira geral, quando os pais querem ajudar a criança a utilizar o vaso, costumamos recomendar que tirem as fraldas da criança durante o dia quando a criança for permanecer em casa, em local fácil de se limpar episódios de xixi e cocô nas calças e no chão. O melhor lugar para se fazer isso costuma ser o quarto de brincar/interagir, pois acompanhamos a criança durante todas as sessões, e ficamos atentos para os sinais precursores de que a criança está para fazer xixi ou cocô, podendo então convidá-la para o penico ou vaso antes que isso ocorra. Cada vez que a criança faz xixi ou cocô na roupa ou no chão, limpamos sem demonstrar nenhuma reprovação, bronca ou emoção intensa, para não alimentar este ato da criança com uma atitude que pode ser interessante para ela. Explicamos que precisamos parar de brincar um pouco para limpar o xixi e o fazemos tranquilamente. Ao mesmo tempo, incentivamos a criança a fazer no vaso na próxima vez. Por último, e muito importante, comemoramos cada vez que a criança se aproxima ou chega a utilizar o penico ou vaso, fazendo muita festa mesmo para encorajá-la a repetir este ato em outras ocasiões.

Recomendamos também o uso de modelagem (que o pai e/ou mãe contem para a criança que eles também utilizam o banheiro e, se possível, que “mostrem” o vaso sanitário sendo utilizado por eles mesmos ou por irmãozinhos da criança).

Para algumas pessoas, o penico ou vaso de acampamento (“camping potty” – apresenta um bom tamanho para adultos e possui um reservatório selado embaixo) funcionam melhor que o vaso sanitário convencional, seja por estarem no próprio quarto de brincar/interagir, pelo tamanho ou pelo fato de não terem água no fundo.

Com os adolescentes e adultos com autismo, tentamos utilizar as mesmas estratégias, mas conversamos mais com a pessoa sobre as razões higiênicas para a utilização do vaso e até sobre as regras sociais relativas ao fato, e adaptamos tanto a conversa quanto as atividades estimuladoras ao estágio de desenvolvimento social/cognitivo da pessoa e suas diferentes motivações.

Convidamos nossos leitores a deixar suas dicas e experiências sobre esse assunto nos comentários abaixo com o objetivo de ajudar outras pessoas enfrentando esse desafio em casa, na escola ou na clínica.

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O pensamento social como base para o comportamento social

Na edição atualizada e ampliada do livro “Dez Coisas que Toda Criança com Autismo Gostaria que Você Soubesse”, a autora aprofunda a a discussão do tema da interação social explicando como a pessoa precisa aprender a “pensar socialmente” antes de conseguir comportar-se de acordo com as regras sociais.

Veja a seguir um trecho condensado do capítulo 8 do livro “Dez Coisas que Toda Criança com Autismo Gostaria que Você Soubesse – Edição atualizada e ampliada”, de Ellen Notbohm, com a tradução de Mirtes Pinheiro.

Vamos ser honestos. Crianças com autismo ou síndrome de Asperger são consideradas “esquisitas” pela sociedade. O sofrimento que isso causa, tanto para a criança como para os pais, faz com que estes sintam uma necessidade imensa de “consertar” essa faceta do filho. Se competência social fosse uma função fisiológica, poderíamos desenvolvê-la com medicamentos, nutrição, exercícios ou fisioterapia. Se as crianças com autismo fossem curiosas, extrovertidas e tivessem motivação para aprender, poderíamos incluir inteligência social no currículo escolar.

Em geral, nossos filhos não são assim, e consciência social não é um conjunto de habilidades concretas que podem ser enumeradas. Regras básicas de boas maneiras (por favor e obrigado; use lenço de papel, e não a manga da blusa; espere a sua vez) podem e devem ser ensinadas, qualquer que seja o nível de função da criança, mas aprender a ficar à vontade entre outras pessoas no corre-corre e com as nuanças do dia a dia é infinitamente mais complexo. As habilidades sociais são o produto final de um organismo intrincado de elementos de desenvolvimento que denominamos “pensamento social”.

Assim como todos nós temos de aprender a andar antes de correr, temos de ensinar nossos filhos a “pensar socialmente” para que eles possam comportar-se de acordo com as regras sociais, com base em compreensão e intenção positiva, e não apenas por repetição mecânica ou medo das consequências. O pensamento social desafia o seu filho a incorporar contexto e perspectiva às suas ações – analisar os aspectos físicos, sociais e temporais do seu ambiente, levar em consideração os pensamentos e pontos de vista alheios; usar a imaginação compartilhada para brincar com um amigo; e compreender que os outros têm pensamentos e reações favoráveis ou nem tão favoráveis a ele, baseados no que ele diz e faz. O pensamento social é a fonte da qual se originam os nossos comportamentos sociais, e essa inteligência socioemocional pode desempenhar um papel mais importante no sucesso do seu filho no longo prazo do que a inteligência cognitiva.

O primeiro passo para ensinar uma criança com autismo a pensar socialmente consiste em deixar de lado qualquer pressuposição de que ela será capaz de adquirir sensibilidade social simplesmente ao observar pessoas que têm habilidades sociais, ou de que, de alguma maneira, um dia ela vai superar a sua inabilidade social. Até agora, o nosso sistema educacional tem baseado seus padrões curriculares na pressuposição incorreta de que todas as crianças nascem com o “cérebro social” intacto, ou seja, as áreas do cérebro responsáveis pelo processamento de informações sociais, e também num suposto desenvolvimento progressivo das habilidades sociais. Não faz sentido, e é totalmente injusto para com a criança, reagir às suas gafes sociais com base em tais pressuposições e, depois, culpar seu autismo quando nossas tentativas de ensiná-la não surtirem efeito. O que nossos filhos precisam é que mudemos nossa postura e comecemos a construir a percepção social deles em suas raízes.

Quando dizemos que queremos que nosso filho aprenda habilidades sociais, na verdade estamos almejando algo mais grandioso. Queremos que ele seja capaz de se ajustar ao mundo que o cerca, que seja independente na escola, no bairro, no trabalho e em seus relacionamentos pessoais. Mais do que seguir um livro de regras, ser social é um estado de ser confiante que se desenvolve quando as habilidades de pensamento social são cuidadosamente cultivadas, desde que a criança é pequenininha:

  • Tomada de perspectiva: ser capaz de enxergar e vivenciar o mundo com base em outros pontos de vista, e não no próprio ponto de vista, e de encarar essas diferentes perspectivas como oportunidades para aprender e crescer.
  • Flexibilidade: ser capaz de lidar com mudanças imprevistas na rotina e nas expectativas, conseguir reconhecer que os erros não são um resultado final, mas sim parte do aprendizado e do crescimento e que as decepções são uma questão de grau.
  • Curiosidade: despertar motivação para pensar no “porquê” das coisas – por que alguma coisa existe, por que sua existência é importante, por que outros se sentem da maneira como se sentem e como isso nos afeta e nos interessa.
  • Autoestima: acreditar nas próprias habilidades para se arriscar a tentar novas coisas, ter respeito e amor-próprio para conseguir compreender que os atos e comentários cruéis e irrefletidos por parte de outras pessoas dizem mais sobre elas mesmas do que sobre você.
  • Visão abrangente: entender que pensamento social e consciência social são parte de tudo o que fazemos, quer estejamos ou não interagindo com outras pessoas. Nós lemos histórias e tentamos imaginar a motivação das personagens e prever o que elas farão em seguida. Repassamos mentalmente algumas situações, imaginando se agimos ou não de forma apropriada em determinada ocasião. O seu filho pode lhe dizer: “Eu não ligo para esse negócio de socializar, sou feliz sozinho”. Talvez ele esteja sendo sincero naquele momento, e muita gente realmente prefere a solidão à socialização. Mas também é verdade que algumas crianças adotam uma atitude de displicência para não sofrer, pois elas realmente se importam, mas não têm o conhecimento, as habilidades e o apoio necessários para superar suas barreiras sociais e, dessa maneira, conseguir alcançar suas metas e realizar seus sonhos.
  • Comunicação: compreender que nós nos comunicamos mesmo quando não estamos falando. Michelle Garcia Winner (2008), que cunhou o termo “pensamento social” e é considerada uma das principais vozes nessa área, descreve quatro etapas da comunicação que se desenrolam numa sequência linear, em milissegundos, em geral inconscientemente:
    1. Nós pensamos a respeito dos pensamentos e sentimentos das outras pessoas, bem como dos nossos próprios.
    2. Estabelecemos uma presença física para que as outras pessoas compreendam a nossa intenção de nos comunicar.
    3. Monitoramos com o olhar como as pessoas estão se sentindo, agindo e reagindo ao que está acontecendo entre nós.
    4. Usamos a linguagem para nos relacionar com os outros.

Você reparou que a linguagem só entra na equação da comunicação como uma última etapa? No entanto, é essa etapa que nós, pais e professores, costumamos enfatizar. Se você ensinar apenas a quarta etapa, sem as outras três, deixará seu filho ou aluno mal-equipado, vulnerável e correndo um grande risco de ser menos eficaz e menos bem-sucedido em sua comunicação social.

Tratar a criança como se ela fosse igual aos seus colegas da mesma idade e com desenvolvimento típico, sem um ensino direto e concreto dos conceitos sociais, não vai produzir habilidades de pensamento social. Sem esse ensinamento direto, seu filho chegará à idade adulta com os mesmos problemas de comunicação social. Ensinar seu filho a pensar socialmente e ser sociável consiste em um mosaico de milhares e milhares de pequeninas oportunidades de aprendizado e embates que, devidamente canalizados, se fundirão numa base de autoconfiança. É preciso que você, na qualidade de pai ou mãe, professor ou guia, seja socialmente consciente 110% do tempo, que decomponha a rede de complexidades sociais e lhe ensine as nuanças sociais que ele tem tanta dificuldade de perceber.

“Com um passo de cada vez, chega-se ao topo da montanha”, diz o velho adágio. Um dos livros infantis favoritos do meu filho Connor contava a história de Sir Edmund Hillary e seu guia xerpa, Tenzing Norgay, os primeiros alpinistas a chegarem ao topo do monte Everest. Nós conversamos sobre a controvérsia levantada ao longo dos anos de que um deles teve de colocar o pé no topo da montanha primeiro. Em meio à especulação de que Tenzing chegou ao topo um ou dois passos à frente de Sir Edmund Hillary, que era mais famoso, Jamling, filho de Tenzing, falou à revista Forbes em 2001: “Eu perguntei isso a ele, que disse: ‘Isso não é importante, Jamling. Nós escalamos a montanha como uma equipe’.” Assim como Hillary, seu filho está fazendo sua primeira escalada. Seja seu xerpa, ajude-o a perceber que a vista ao longo do caminho pode ser espetacular.

Baixe aqui o eBook gratuito com o trecho condensado do livro das Dez Coisas.

Dicas para festas para crianças com autismo: o dia da festa

Depois de toda a preparação para a festa, finalmente chegou o grande dia. (Veja nossa página sobre a antecipação e a preparação para festas para crianças com autismo.)

Você poderá criar um quadro visual do dia da festa, com todos os acontecimentos. Por exemplo, você poderá usar imagens da criança tomando banho, colocando a roupa já escolhida, entrando no carro e chegando ao local da festa. Você poderá acrescentar que vocês encontrarão os amigos, tios, primos e avós, que comerão coisas gostosas e que abrirão os presentes (caso a festa em questão seja o aniversário da pessoa com autismo ou o Natal). Use fotos e desenhos que facilitem a compreensão dos episódios.

Sabemos que muitas pessoas com autismo têm diferentes padrões de sensibilidade sensorial, então, lembre-se destas sensibilidades e busque adaptar o máximo quanto possível o ambiente da festa. Tem algum alimento cujo odor ou textura incomoda a criança? Como serão os ruídos? Se for possível, deixe estabelecido um espaço ninho (ou seja, um cômodo na casa onde ocorrerá a festa) que poderá conter menos estímulos sensoriais e ser usado para que a criança descanse ou se acalme, se ela precisar. Você pode levar alguns objetos de conforto, como brinquedos ou quaisquer outras coisas de que a sua criança goste e alocá-los nesse espaço, para que ela tenha um ambiente alternativo ao da festa. A ideia não é que a pessoa com autismo deixe de participar da festividade, mas sabemos que a rotina dela estará alterada e o que o ambiente estará repleto de novos estímulos, então, queremos que ela se sinta segura e confortável sabendo que terá um espaço mais tranquilo, se precisar dele.

Caso a sua criança esteja fazendo uma dieta ou tenha restrições alimentares, uma ideia é preparar cuidadosamente os seus alimentos e tê-los à mão na hora da festa. Você poderá escolher as receitas que a sua criança mais gosta ou tentar preparar seus alimentos de forma que eles se pareçam com os quem serão servidos para o resto da família: todo mundo estará aproveitando a parte gastronômica das festividades e não queremos que a pessoa com autismo fique de fora!

Se você sabe que, mesmo preparando os alimentos de sua criança para que sejam muito similares em aparência e sabor em relação aos outros que serão oferecidos na festa, ela provavelmente tentará experimentar os alimentos que não pode ingerir, neste caso procure alimentar sua criança antes de ir à festa ou antes da hora da refeição da família. Alguns pais de crianças com autismo utilizam a alternativa de sediar as festividades de sua família de forma a ter mais controle em relação ao ambiente físico, ao número de pessoas convidadas e à própria comida que será servida.

Procure tornar as festividades uma experiência menos desafiadora para você e para sua criança. Ao invés de forçar a criança a usar uma roupa nova que ela não quer vestir, permita que ela escolha a roupa, mesmo que seja a mesma roupa que ela tem usado regularmente há meses! O conforto de sua criança é mais importante do que o que os outros vão pensar sobre a vestimenta dela na festa. Quanto mais confortável a criança estiver, mais calma ela poderá ficar para lidar com os desafios das festas e para participar da diversão.

Lembre-se de apreciar e comemorar comportamentos e iniciativas positivas de sua criança, adolescente e adulto! Não deixe que o foco esteja apenas em conter eventuais comportamentos inadequados e valorize os talentos e as habilidades que a pessoa com autismo demonstrar!

Festeje!

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Dicas para festas para pessoas com autismo: antecipação e preparação

Uma das dificuldades enfrentadas por pessoas dentro do espectro de autismo é lidar com os imprevistos das festas de familiares, de amigos ou de seus próprios aniversários. Segue abaixo algumas dicas para festas para pessoas com autismo.

Para que a pessoa com autismo possa se preparar para festas, você poderá lhe mostrar um calendário e contar os dias até a festividade. Mostre quantas semanas ou dias faltam, explique onde, quando e com quem vocês estarão, e use elementos visuais para rememorar a ocasião. Você poderá usar figuras de revistas ou da internet, mostrar fotos de outras festas ou colocar músicas que lembrem festas anteriores.

Explique à pessoa com autismo quais as diferenças entre as festividades anteriores e a prevista para esse ano, para que ela não espere encontrar exatamente a mesma comemoração (local, rota, presentes, comidas e pessoas podem variar de uma festa para outro, certo?).

Transmita empolgação e confiança em relação aos eventos e explique que eles são momentos especiais para estar junto da família e dos amigos!

Repita essa antecipação com frequência, para que a pessoa com autismo esteja preparada.

Na véspera da festa, vocês poderão tornar a proximidade do evento mais concreta, e a pessoa com autismo poderá lhe ajudar a escolher os enfeites, as roupas e o presente. Em vez de enfeites mais frágeis e outros adornos que exigirão muitos cuidados, você poderá optar por objetos alternativos, feitos de plástico ou materiais mais resistentes.

Os preparativos poderão tornar-se até uma atividade divertida entre vocês. Pense em coisas que a pessoa com autismo gosta de fazer e veja como encaixar isso numa atividade relacionada à festa. Por exemplo, se a sua criança gosta de desenhar, ela pode confeccionar desenhos para os familiares, que podem ser dobrados, enrolados com fitas e dados de presente. Confeccionar e preparar as lembrancinhas pode ser uma maneira interessante de incentivar a socialização com os outros membros da família: use a simplicidade e abuse da criatividade, lembrando que a experiência será válida se envolver alguma coisa que a pessoa realmente goste de fazer.

Se a criança gosta de determinados personagens, vocês poderão usá-los como parte da decoração, ou você poderá vestir-se como o personagem que, junto com a criança, tem a missão de arrumar a casa para a chegada dos amigos e outros familiares.

Vocês também poderão escolher juntos uma roupa motivadora e confortável e já deixá-la separada, para que a criança, adolescente ou adulto saiba que o dia está de fato chegando.

Em algumas festas temos os fogos de artifício. Para que a pessoa com autismo fique mais tranquila frente a este estímulo, você poderá prepará-la, explicando o motivo e o momento em que as pessoas soltam fogos e mostrando imagens ou vídeos de fogos e festas de Réveillon no Youtube (sem o áudio ou com o volume bem baixo, caso a criança já tenha receio quanto ao barulho). No dia da festa, vocês poderão pensar em usar um grande fone de ouvido, daqueles que cobrem toda a orelha e escolher uma música que a criança goste para colocar durante os fogos. Vocês poderão buscar também um local mais isolado para os minutos de foguetório. Esse local pode ser um cômodo mais protegido da casa ou mesmo o carro da família que, com os vidros fechados, dentro da garagem, poderá abafar os ruídos externos. Caso a criança goste de alguma dessas ideias, deixe tudo previamente explicado para ela, pois isso pode tranquilizá-la!

Troque mensagens e converse previamente com sua família, amigos e com os demais convidados da festa. Enalteça as conquistas e desenvolvimentos recentes de sua criança e explique os atuais desafios. Isso pode ser importante para o dia da festa, pois vocês saberão enquanto grupo o que fazer para prevenir ou lidar com determinadas situações.

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Veja nossa página sobre dicas para festas para pessoas com autismo: o dia da festa.

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Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 17 a 20 de setembro

Investimento por participante:
1º lote: R$1428 até o dia 10/07/20 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 10/08/20 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 08/09/20 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 08 de setembro de 2020 (terça-feira).

Descontos em mais de um curso: Quem se inscrever em 2 cursos, também tem o desconto de 5% somado ao desconto por prazo de inscrição. Quem se inscrever em 3 ou mais cursos tem o desconto de 10% somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral dos cursos. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras.

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.

Descontos por participante:

Turma 1 – São Paulo – 24 a 27 de março

1º lote: R$1428 até o dia 17/12/21 (15% de desconto).
2º lote: R$1512 até o dia 15/02/22 (10% de desconto).
3º lote: R$1680 até o dia 15/03/22 (valor integral).
Inscrições limitadas e abertas até o dia 15 de março de 2022 (terça-feira).

Descontos para grupos: Inscrições para grupos de 2 pessoas têm mais 5% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição, e inscrições para grupos de 3 ou mais pessoas têm mais 10% de desconto somado ao desconto por prazo de inscrição. Somados, os descontos podem chegar a quase 25% do valor integral do curso. Os descontos serão oferecidos no total do carrinho de compras se apenas uma pessoa fizer a inscrição para todos. Para que cada membro do grupo possa fazer o pagamento da inscrição separadamente, mas com o desconto de grupo, entre em contato conosco por email.